quinta-feira, 28 de julho de 2011

Como competitividade faz bem para todos!

Olhando Santos x Flamengo ontem pelo campeonato brasileiro, puder perceber que o meu ideal em defesa do livre mercado e da competitividade faz bem. Quem pagou ingresso não tem o reclamar.

Sei que os santistas não ficaram muito satisfeitos com o resultado, até porque perder nunca é legal, ainda mais de virada. Mas, como eu sou um bom flamenguista e um simples economista, não tem como não analisar o jogo pela ótica da liberdade e do talento individual regendo a orquestra em um esporte coletivo.

A habilidade de Neymar e Ronaldinho Gaúcho dá riqueza ao espetáculo. Eles mostraram habilidades superiores aos outros vinte jogadores que estão em campo, isto tendo um Ganso e Thiago Neves no elenco de ambos os times, que serviram de excelentes músicos solistas aos regentes da orquestra. A habilidade do talento experiente x habilidade nascente de um jovem sonhador! Que espetáculo grandioso em um campo que consagrou o Santos de Pelé.

Os torcedores tiveram, como consumidores, o ingresso valorizado. Já que o preço pago foi determinado pelo nível de satisfação e gosto de cada um, que não foram forçados a ver o jogo, e pagaram porque acreditaram e viram um grande espetáculo.

A pintura dos gols do Santos, principalmente o primeiro gol do Neymar, o terceiro do Santos, a ousadia do Ronaldinho Gaúcho, responsável por um lindo gol de falta batido com inteligência, mereceram o valor do ingresso e algo mais.

Isto mostra que o verdadeiro espetáculo existe quando se valoriza as habilidades individuais e o arranjo coletivo dos times em uma disputa sadia e competitiva. Poderia ser fácil assim também na cabeça de nossos governantes, que são os juízes do espetáculo, a se comportar que nem o Sr. André Luiz de Freitas Castro, que não foi maior que o talento e julgou apenas a justiça do jogo, ou seja, as falhas de mercado: as faltas do jogo!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pasmo!

Estou pasmo! O nível de cobiça do estado brasileiro em pensar nos seus bolsões e dos empresários que sugam do estado para manter seu status, pois em uma economia de mercado uma empresa ineficiente não sobrevive, a não ser com ajuda dos “papais” do estado, chega ao cumulo do absurdo ao variar em quase três vezes o preço de um mesmo bem comercializado no exterior que, ao adentrar solo brasileiro, se torna 189% mais caro.

Por que não existe respeito ao consumidor, cumpridor do pagamento de impostos e que luta para garantir o seu sustento e de familiares no Brasil? Inadmissível essa situação. Estou cansado de ser taxado de otário.

Senhores governantes, principalmente o policy marker tupiniquim, Sr. ministro da Fazenda, Guido Mantega, cujo sobrenome não falta adjetivos para incompetência, pense um pouco no consumidor e deixe de defender seus amiguinhos da FIESP, que só visam o próprio bem-estar e não da economia como um todo. Deixe o consumidor assumir o controle e ter o direito de escolha. Acorde, antes que seja tarde demais!

Caro leitor, se não acredita em mim, faça você mesmo sua análise (clique aqui). Um jogo do vídeo-game XBOX, conhecido como Final Fantasy XIII, custa nos Estados Unidos (lembre: um país em crise) R$ 58,16 (já está convertido o preço e incluso o frete, ou seja, já é o preço final) e no Brasil, na loja mais barata, não sai por menos de R$ 134,91. Faça a conta e verá que o preço é de quase 132% mais elevado no Brasil.

Política Industrial no Brasil, vindo do governo, não existe e nunca existirá. Sabe por quê? Porque a relação de trocas na economia é realizada por estímulos privados entre produzir e consumir. Os agentes são livres para escolherem o que produzir e o que comprar. Então, vamos abrir o olho povo. Afinal de contas, somos todos CONSUMIDORES e queremos o nosso direito de escolha e governo algum pode nos tirar isso!

terça-feira, 19 de julho de 2011

O dilema entre poupar e investir

Na teoria Keynesiana, o fluxo circular da renda é estimulado pela demanda agregada. Assim, as variáveis reais como consumo, investimento, gastos públicos e o resultado das transações correntes (exportações líquidas), conjugado com as modalidades da moeda, influenciam o crescimento econômico em períodos recessivos. Para atingir este equilíbrio em determinada economia são utilizadas duas políticas anticíclicas conhecidas como fiscal e monetária.

O agente que coordenará essas ações é o estado. Portanto, as escolhas de nossos líderes serão aquelas que influenciarão as ações de outros agentes econômicos, quais sejam: governos de países estrangeiros e os agentes privados (nacional e internacional) que negociam nessa economia.

O dilema de Keynes é estimular a economia em período recessivo, ou seja, quando a economia entra em decrescimento após períodos sucessivos de ascensão. Para isso, a visão keynesiana é baseada no resultado do Produto Nacional Bruto (PNB). Se ele tiver em um período de quedas, a hora é de acender o sinal amarelo e criar linhas de estímulos que recupere a economia para o patamar superior ou idêntico ao anterior às quedas.

O problema da visão keynesiana para clássica está na formação da poupança. Como fazê-lo? Para os economistas keynesianos a formação da poupança vem da propensão marginal a consumir decrescente. Citarei um exemplo para entendimento da visão de Keynes sobre o assunto. Imagine que você se casou e precisa investir em sua casa. Você comprará os móveis e para isso empenhará sua renda na mobília. Se ganha X, no primeiro salário você consumirá 100% dessa renda para comprar a geladeira, fogão, máquina de lavar e a cama. Após o seu segundo salário, você comprará o sofá, o armário do quarto e da cozinha. No terceiro mês, você comprará a mesa de jantar e a televisão e assim sucessivamente. Imaginemos que os bens custem o mesmo preço, ou seja, todos serão precificados como Y. Desta forma, o seu salário X é igual a 4Y.

Pelo exemplo percebemos que a taxa de poupança é de 25% ao longo do tempo. Desta forma, o seu consumo corresponde a 75% de sua renda e isto faz girar a roda da economia. A poupança que foi proporcionada a partir do segundo mês pôde ser inserida na economia de várias formas, como capital para investimento ou especulativo. Depende das ações dos agentes, que podem ser estimulados pelos instintos animais de ganhar dinheiro sem limites.

Para os keynesianos, essa reserva de poupança só foi gerada pelo estimulo ao consumo. A propensão a consumir criou os mecanismos da poupança e essa nova formação será reinvestida ou consumida, depende de cada um.

Pensemos um pouco com a racionalidade. Se a demanda por poupança aumentar, a taxa de juros tende a subir, já que o capital poupado tem reservas que não acompanham a formação dessa demanda. Na economia real keynesiana, com estimulo extra do governo na impressão de moeda e na elevação dos gastos, este problema está resolvido, logo a taxa de juros no segundo momento tende a cair, já que a demanda pela poupança diminui com o novo estoque de moeda em circulação, desestimulando a formação de poupadores para ampliar o nível de consumo presente.

Logo, ao imprimir moeda, o governo estimula os gastos e não a formação de poupança. O novo dinheiro é confundido com formação de capital adquirido pela economia produtiva e cria uma poupança artificial que poderá ser destinada ao consumo sem formação bruta de capital fixo, ou seja, sem formação de novos estoques econômicos. As empresas absorvem o novo capital e direcionam para novos investimentos a um nível de preço superior ao anterior, já que a demanda gerada com a nova moeda faz com os preços reais sejam substituídos por valores nominais e a curva de inflação acompanha esse fluxo.

Não foi gerada uma nova poupança, mas sim um novo ordenamento econômico de consumo presente em vez do consumo futuro. O dinheiro novo nada criou! Para isso, Keynes afirmaria que os homens não teriam informação suficiente para perceber os preços reais e somente valores nominais e os preços então serão rígidos. O estímulo econômico criado no curto prazo gerado diluirá a recessão e a economia voltará a operar em um perfil de crescimento, graças aos estímulos estatais.

O que sabemos que no segundo tempo teremos uma virada econômica e a farra passada cobrará o seu preço. A inflação sairá do armário e mostrará que o erro da não prática de uma economia real, baseada em preços reais, terá impacto negativo na economia.

A premissa básica do investimento e consumo advém da poupança. Novos projetos só surgirão em uma economia real quando o que for adquirido em termos monetários tenha servido de trocas nos bens e serviços reais gerados pela economia e não por medidas paliativas, como impressão de moedas e estímulos públicos para consumo presente, sem formação de renda em um tempo passado.

Não existe economia sem poupança. Assim como não existe o consumo sem a geração de riqueza, não existe investimento sem poupança. Os empreendedores só investirão em novos projetos se existir uma economia real e de mercado por trás das trocas mútuas entre os homens. Por isso existe um sistema de preços que alocará os bens e serviços produzidos com a demanda por esses bens. Toda forma contrária a isso é especulação e a economia nunca se tornará orgânica.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por que o Brasil é corrupto? (versão 2)

No texto anterior eu explanei minha visão sobre a geração da corrupção, que está baseada no custo da oportunidade em administrar os recursos que não foram adquiridos do trabalho dos burocratas do estado e sim da boa fé da população em empenhar seus recursos em pagamento de impostos.

Outra forma de corrupção é o controle dos meios de produção e ideias. Na medida em que são geradas informações assimétricas, a população sobrevive de um método conhecido como Seleção Adversa. Em economia, este termo define uma falha de mercado, já que uma parte detém o monopólio da informação e a parte interessada, na maioria dos casos o consumidor, não obtém o conhecimento e será passado para trás, caso aceite a troca proposta pelo dono da informação, conhecido como privilegiado.

Fico revoltado da forma como o consumidor brasileiro é tratado. São muitas notícias diárias que me fazem pensar o motivo de termos tantos atrasos. Podemos elevar nossa economia por alguns dígitos a mais na contabilidade do PIB, mas capengamos em nossos direitos fundamentais, na razão entre pagar e receber o que dê direito.

Se essa razão for menor do que um, demonstra que um país recebe muito mais benefícios do que paga; Se for igual a zero, o país dá justamente aquilo que recebe sobre seus recursos; e se for maior do que um, o país é passivo de alta corrupção, já que paga mais do que recebe. O primeiro caso se encaixa perfeitamente em países escandinavos e, infelizmente, o Brasil faz parte do terceiro grupo, juntamente com os países mais pobres do globo, como os do continente africano, por exemplo.

A demonstração é que cada R$ 100,00 gerado pelo trabalhador brasileiro, R$ 36,00 são remetidos diretamente para o governo. Quase 40% de tudo que os brasileiros produzem são destinados aos cofres do estado que escolherá por você o que melhor fará sem a sua participação ou consentimento.

É o que vemos nos debates mais aflorados pelos políticos brasileiros, que alocam mais recursos para realizar propagandas esparsas sobre a copa do mundo e as olimpíadas, quando ainda temos vários problemas estruturais e que são mais que necessários para o real modelo de desenvolvimento almejado pela população nacional, que referenda votos nos candidatos que prometem benfeitorias públicas para estimular o interesse dos agentes privados em investir e gerar riqueza.

Percebemos a corrupção quando visualizamos nossas autoridades tolhendo o seu direito de escolha e de crítica. Quando pretendem derrubar as ideias contrárias, alijando a liberdade de pensamento e posição, como pretende o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sr. Ricardo Teixeira, ao limitar as ações de seus oponentes.

Agir com a força institucional e a lei só diminui o debate. O engrandecimento só surgirá com o respeito à liberdade individual de opinião e quando o contraditório for uma virtude. Pena que nossos governantes não respeitam os governados que se sentem acuados. Temos bons exemplos para olharmos mais adiante, como no caso da revolução francesa. Basta apenas ação!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Por que o Brasil é corrupto?

Para responder a esta pergunta, muitos vão falar que é devido ao povo que não sabe votar, ou que os políticos não inventaram nada e aprenderam tais atos por intermédio da cultura brasileira, etc. Todas essas e demais explicações são do senso comum, mas poucas pessoas percebem tão claramente o problema estrutural que estimula o brasileiro à corrupção.

O Brasil é um país que credita ao estado a formação de seu povo. Para citar um exemplo, todos deveram tornar servidores para que elevar o “desenvolvimento” social, ou receber bolsas porque somos incapazes de andarmos com as nossas próprias pernas.

A verdade é que quanto mais estado, mais cara se torna a vida do cidadão comum e, conseqüentemente, o direito a liberdade individual reduzirá com passar do tempo.

Não digo que devemos eliminar o estado, mas que precisamos colocar certos limite e que ele responderá nos bens que são tipificados como públicos, ou seja, que não rivaliza e não excluem nenhum cidadão. Agora, as oportunidades são privadas e a escolha de seus destinos deve a cada um por direito.

Hoje em dia é fácil falarmos que o melhor dos mundos é o socialismo, já que muitos “intelectuais” escrevem que as crises são frutos do modelo capitalista. Só que a pergunta que não adoça a boca é do tipo de capitalismo: o idealizado pela escola austríaca, mas propriamente por Hayek, que rezou pelo mercado livre, ou por Keynes, o pai da macroeconomia, que elevou a ação de controle do estado?

O capitalismo que domina o mundo é do controle estatal, que monopoliza a estatística e cria mecanismos para defender ações de políticas que ordena a sociedade do pico da pirâmide à base social.

Os jovens brasileiros não se preparam para pensar o futuro, porque o governo promete algumas garantias, criando linhas de incentivos que reduzem a produtividade, que é a fonte propulsora de geração da riqueza, e elevam os custos de entrada no mercado de trabalho com a política de salário mínimo, penalizando justamente quem pretende ganhar um espaço no mercado de trabalho.

Tudo na vida é um trade off entre escolhas. Exemplo: imagine que eu tenha a opção de escolher o carro A, que tem ar condicionado, banco de couro, mas que gaste o dobro de gasolina que o carro B, que não tem ar condicionado e o motor é bastante inferior ao do carro A. Se eu escolho o carro A, posso ter mais conforto e prazer em dirigir e isso pesará muito em escolher o carro A, se observarmos somente uma avaliação fria sobre a arquitetura e estrutura dos carros. Agora, se eu morro a 45 km de meu local de trabalho e o melhor transporte para minha locomoção é o carro, qual dos dois eu levarei? Creio que fiz você pensar um pouco na resposta, já que o carro B é muito mais econômico que o carro A, ainda mais com uma gasolina na casa de R$ 3,00 e que carro é carro. Os dois levaram o portador ao destino. Desta forma, percebemos que cada escolha gera uma renúncia. Não podemos ter tudo que queremos!

O trade off mais famoso é referente ao trabalho e lazer. Com certeza, se perguntarmos para toda população, 99,9% dirão que preferem o lazer ao trabalho. Dessa forma, tenderão maximizar o lazer e minimizar o trabalho. O trabalho gera dor e o lazer gera prazer. Só que existe uma diferença: você ter prazer com os seus recursos ou ter com o de terceiros? Com certeza com o de terceiros é bem mais proveitoso, já que eu não precisarei passar pela dor para alcançar meu prazer. É o custo da oportunidade, só que fere a questão ética de não respeitar o direito alheio. Se eu trabalhei, eu adquiro o direito ao lazer e não gostaria que ninguém me furtasse tal direito.

Como no Brasil sempre exportamos nosso prazer aos outros, que nos prometem o paraíso em um quadro e na realidade vivemos o inferno. Nosso voto é o bem valorizado por àqueles que a maioria escolhe para tomar conta do que a maioria acredita que deverá ser melhor para todos. Mas, como o esforço para alcançar a pirâmide social não é maior do que o trabalho laboral em atividades privadas, que cobram resultados e criam indicadores de produtividade para conhecer do ferramental braçal que a empresa possui, muitos endereçam para este caminho.

Um exemplo claro é dos “tiriricas” que existem no Congresso Nacional. Temos uma eleição nivelada por baixo e que as escolhas, dentre os piores, deverá ser extraída sobre o melhor “qualificado” para que transforme algo ruim em alguma coisa pouco melhor.

Não podemos culpar apenas a antropologia social, a formação do povo, ou algo do tipo, sem analisarmos o modelo que é posto à população brasileira e que a maioria referenda.

As liberdades individuais não são respeitadas e vivemos um coletivismo sem igual, diminuindo o campo do debate a defesa de grupos organizados para punir quem pensa o contrário. Não precisamos ir longe para analisar a pobreza de ideias que vive o povo brasileiro, principalmente nos temas mais polêmicos existentes, como a lei da homofobia, do código florestal, entre outras, que quem se põe contrário ao que esses grupos impõem merece ser execrado da sociedade. Hoje em dia não podemos ser contra o homossexualismo, pois seremos tachados de homofóbicos, sendo que eu posso respeitar o direito do outro em fazer o que bem entender de seu corpo e não achar certo que eles se achem superior a quem pensar diferente e partir para imposição.

Antes de condenarmos a corrupção simplesmente, avaliemos o modelo que está sendo referendado no Brasil e as “bondades” que a população recebe sem ter gerado a riqueza necessária para curtir o “lazer” sem atividade laboral real.