- Quanto tempo se leva para julgar os envolvidos no "mensalão" do Lulão?
- Há quanto tempo temos a CPI do Carlinhos Cachoeira? Neste mesmo tempo, o que já foi decidido?
- Quanto tempo se leva para destituir do cargo um parlamentar envolvido em escândalo?
- O que acontece com os ministros que estão envolvidos em corrupção?
- Onde foi parar o caso do DNIT e dos amigos de Luiz Pagot?
terça-feira, 26 de junho de 2012
O Paraguai e a nossa ética
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Minha tréplica para uma bela discussão que começou hoje no facebook
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Uma verdadeira aula social
Semana passada, observamos pela televisão uma idosa revelar que sacou a sua arma (herança de família) e matou um criminoso conhecido da polícia rio-grandense por uma série de crimes. Antes de qualquer análise, ela não saiu de sua casa para matar alguém que estava passando pela rua e, sim, alguém que invadiu sua casa quando ela estava a descansar em seu quarto. A questão colocada na mesa é: a senhora acertou por agir assim? Ela cometeu qual tipificação criminal ao defender sua propriedade e, principalmente, a sua vida?
Ao analisar a questão, perceberemos que a atitude desta senhora nos revela que vivemos um grande problema de conflito social encarado pela nossa sociedade, induzido pelas regras do “politicamente correto”.
Pensemos logicamente nesta questão da seguinte forma: se a senhora não matasse o bandido, ela estaria morta, deixando dor e saudades aos familiares, e o bandido estaria a solta, continuando o seu processo de crimes, e fazendo, quem sabe, novas famílias tristes. Agora, como a senhora o matou, a única perda foi a vida de uma pessoa que era uma ameaça social. Então, o que ela fez foi um grande serviço a sociedade como um todo.
A liberdade de escolha dela, entre viver e morrer, fez com que o bem-estar social de toda a sociedade fosse elevado. Aqui a máxima da frase “bandido bom é bandido morto” prevaleceu!
Caso ela tivesse entregado sua arma na Campanha do Desarmamento, qual o debate nós estaríamos vendo agora? Nenhum! Apenas a revolta da família clamando às autoridades públicas por justiça. E este tipo de manchete já recheia os televisores de todos os brasileiros todos os dias no período da tarde e, infelizmente, não damos a mínima por isto nos poluir a mente e nos sentirmos inertes por total falta de segurança.
O que essa senhora nos deu de presente foi um grande debate em torno da proibição do porte e uso de armas de fogo por parte dos cidadãos de bem que querem apenas defender a sua propriedade de vândalos e primar pelo direito de escolha a própria vida.
O “politicamente correto” transformaria isso em uma calamidade pública, pois, dizem eles, isto gera mais violência e a sociedade estaria menos protegida. Pela questão lógica da ação de dona Odete, a senhora corajosa, esta ação elevou – e não reduziu – o bem-estar de toda a sociedade, já que é um bandido a menos estuprando as nossas filhas, esposas, mães, roubando nossos filhos quando vão à escola, matando pais de família, que acordam cedo para trabalhar, etc.
O que devemos agora é discutir esta ação em esfera federal e revogar a lei que trata o porte de arma pelo cidadão comum um crime e reduzir a burocracia para se ter acesso a uma arma de forma legalizada. Os bandidos não seguem essas regras e estão bem armados.
Por que teimamos em inverter nossos valores sociais como se isso fosse exemplo de prosperidade? Para se ter crescimento, a premissa básica é o direito a liberdade de escolhas e propriedades. O excesso de leis nos desprotege ao invés do discurso que vendem de proteção.
domingo, 3 de junho de 2012
O problema da obrigatoriedade do voto
Você quer votar? Tem um candidato definido? Se você respondeu a estas duas perguntas sem pestanejar, parabéns! Você tem consciência de seu voto e, mesmo que ele não seja obrigatório, você vai abrir um espaço em sua agenda para depositá-lo na urna. Agora, meu amigo leitor que respondeu não a uma das perguntas, existe um grande problema na lei que obriga o voto. A obrigação do voto gera mais desvios do que solução para o regime democrático.
O brasileiro passa quarenta horas semanais em uma atividade laboral, fora os estudos, que estão, na maioria dos casos, no contra fluxo do horário tido comercial. Quando chega o final de semana, a maioria dos brasileiros optam por ficar em casa com a família, sair com os amigos no sábado e curar a ressaca no domingo, dentre outras atividades que não foram elencadas.
Em todas as opções existem um trade off (a escolha de um renuncia o outro) entre sair para casa de um familiar ou ficar em casa, por exemplo.
Toda obrigatoriedade tira da pessoa o poder de decisão. É assim que as ditaduras funcionam. O seu poder de escolha não existe e isto impede que você planeje seu futuro de uma forma diferente e aprenda as respostas dos acertos e dos erros de suas escolhas.
A obrigação deriva da má qualidade de nossos políticos, que não buscam merecer o voto de seus eleitores trabalhando em projetos que envolvam e criam consciência nos eleitores para eles optarem por ir à zona eleitoral e depositar seu voto ao renunciar o domingo de sol para ir ao clube com a família.
A obrigatoriedade faz com que os recursos privados sejam canalizados aos partidos políticos com reais condições de vencerem o pleito, já que os eleitores são envolvidos no processo e, em contrapartida, imputam aos políticos projetos de curto prazo para que os eleitores tenham a mínima sensação de melhoria em seu bem-estar.
Esses recursos, devido a este mesmo espaço de tempo mínimo do mandato, elevam a propensão da corrupção, já que o custo de oportunidade em se ter uma melhora na lucratividade nos negócios das empresas que bancaram a campanha do administrador eleito são maiores do que a punição dos envolvidos em escândalos devido às fragilidades das leis.
Para o eleitor, que teve a obrigação de votar, ele deve acompanhar as ações do candidato eleito. Mas, devido ao pouco tempo que sobra entre a sua vida profissional e o seu lazer, o que resta ao eleitor é ser procurado daqui a quatro anos novamente para depositar na urna o seu voto.
Essa obrigação gera projetos mal feitos, leis sem sentido e muitos recursos públicos desperdiçados ou roubados dos cidadãos e sendo canalizados diretamente para a conta dos corruptos e corruptores.
A melhoria na qualidade de nossos políticos e de seus projetos só existirá com a liberação do voto como escolha do eleitor. Ele tem que ter o poder de decisão, entre sair de sua casa e ir votar no candidato de sua preferência ou sair com os amigos para um churrasco de domingo.
O bom exemplo da banalização de nosso processo eleitoral aconteceu na última quinta-feira no programa do Ratinho quando o ex-presidente Lula pediu votos ao candidato Fernando Haddad. Esse estado de coisa só existe pela obrigatoriedade do voto. Os políticos se sentem o dono do processo e o eleitor o rebanho sendo levado para o curral. Ou buscamos nossos direitos a liberdade ou continuaremos sendo descritos em cada palavra da música “Vida de gado” do grande Zé Ramalho.