Faz tempo que não
escrevo por dois motivos: o primeiro pelo tempo que está escasso e o segundo é
porque não vejo diferença entre escrever no início do mês ou em seu término, as
notícias não mudam. Ok! Que seu tempo está escasso, mas por que você escreve que
o noticiário não muda no decorrer dos dias? Simples! Quando a imprensa não fala
de crimes, fala o mesmo de sempre sobre economia e política. Como sou economista,
escreverei um pouco mais sobre ela.
Vou tratar aqui
da nova teoria criada pelo Partido dos Trabalhadores. Trata-se da eficiência em
relação ao marketing político – que cria um rebanho de fieis que não pensam ou
não querem pensar – e da ineficiência em relação à política economia – gerando vários
desequilíbrios, penalizando principalmente os mais pobres, e são justamente
eles o principal capital eleitoral deste partido.
Vamos partir
primeiro para a política economia, para depois entrarmos na seara do marketing
político e notar como esses stalinistas vendem uma Brasília amarela ao preço de
Camaro.
O PT aprendeu que
um pouco de capitalismo não é de todo ruim e aprendeu também que ele pode ser usado
desde que o partido esteja no controle e suas técnicas aliem-se com as melhores
práticas de marketing político. Esta teoria é o que conhecemos de capitalismo
de estado. Mas criou uma nova roupagem para a teoria.
Matéria publicada
no Correio Braziliense de hoje, no caderno de economia, trás o resultado do
IBGE sobre o crescimento do PIB e PIB per
capita em todas as regiões do país. O destaque da matéria é que trata da
queda do PIB no DF, mas isto não impactou na diminuição de sua renda per capita,
sendo esta a maior do país.
Vamos pensar:
Brasília tem o maior PIB per capita
do país, 93,4% superior ao segundo colocado que é o estado de São Paulo, o que
deveria ser o mais rico em termos de produtividade per capita por ser residência do principal núcleo privado da
economia, sendo que a principal produção de Brasília é burocracia. Por quê?
Muitos falarão
que isto é justificado por causa da quantidade de habitantes a mais na cidade
de São Paulo em relação ao DF ou outras simbologias do tipo. A minha explicação
é que esse câncer é provocado pelo estado gordo que está sendo criado pelo PT.
Quando se
apresenta uma notícia como essa, vários estudantes universitários e secundários
virão uma vantagem maior em buscar um emprego público, devido ao salário de
entrada superior a iniciativa privada e a falsa estabilidade vendida pelo
governo. O que ocorre então na economia? O setor privado demanda novos
trabalhadores qualificados, mas, devido ao peso da carga tributária e do risco
moral de se contratar um novo trabalhador que não atende aos requisitos
pretendidos e pelos altos custos da demissão, oferecem salários que não estão
compatíveis com os que são ofertados aos funcionários juniores do estado.
Após esta explicação
inicial, vamos entender o motivo da nova teoria econômica criada pela equipe do
PT, já que não existe literatura respeitável para tal, apenas suposições e, se
existir, está trancada a sete chaves nos cofres do tesouro.
O partido controla
as estatais para manter o controle político e econômico e escolhe poucas
empresas que se passam como defensora do capitalismo de mercado, mas sempre que
vão à bancarrota correm a Brasília para pedir ajuda, e oferece incentivos para “manterem”
a economia em “pleno vigor” e bancarem a finança do estado para garantir os
acordos gerados com o sindicatos das categorias de funcionários públicos
(percebam que só as categorias que são bancadas pelo estado é que fazem greve).
Esta conjuntura de fatores distorce a estrutura de capital, entesourando o
dinheiro para que ele seja controlado pela equipe fiscal, Ministério da
Fazenda, e pelo Banco Central.
O problema é que
existem na academia muitos intelectuais que acreditam nestas distorções da
equipe econômica, abraçam a ideia e as vendem aos estudantes sedentos por
informações a “importância” de se aprender tal teorema. Como alguns professores
têm titulações que merecem setor grau de respeito, os alunos imprimem que o
conteúdo aprendido será importante em sua prática diária no trabalho, em
conversas com os amigos ou em publicações em jornais, revistas ou rede sociais.
Pronto, a
bagunça está feita e para fechar com chave de ouro é necessário criar uma
roupagem bacana para vender esta ideia para a sociedade em geral. Aqui entra o
marketing político!
O PT aprendeu
fazer propaganda política como ninguém. Vendem que ascendeu não sei quantos
milhões de pessoas à classe média, sendo que o salário da própria classe média
foi achatado nos últimos anos – é só observar os noticiários e ver o quanto a
família brasileira está endividada com a promessa de “dinheiro fácil” – e que
os corruptos do partido não existiram e que isto é perseguição política por
parte de uma imprensa “golpista”, financia um grupo de ideológicos de esquerda ao
manter blogs em defesa do governo com recursos do estado, fora outras mazelas
criadas pelo governo.
Como vários
estudantes ingressaram na faculdade com os vouchers oferecidos pelo Ministério
da Educação, os currículos dessas universidades são altamente controlados pelo
MEC que sinaliza que a educação tem que seguir um viés ideológico. Então, os
alunos não buscam o senso crítico contra aquele que lhe paga o jantar. Uma
pena!
Toda essa
estrutura montada pelo estado prejudica, não somente a economia, mas a
filosofia, a educação e a formação dos nossos jovens e também de nossa sociedade
em geral.
No final do Século
XX e início do XXI muitos acreditavam que o Euro daria certo na junção e
correção das economias dos estados membros. Hoje o que vemos é uma crise sem
limites, sendo que o funcionalismo público vem pagando a contar do chá agora,
depois que os empregos privados, que são os primeiros a serem prejudicados e
que não tem o mesmo ibope da mídia, serem eliminados por não garantirem a
receita do estado.
O engraçado é que no mesmo jornal trás a informação divulgada pela Receita Federal sobre a queda no nível de arrecadação dos tributos. E aí, o que você me diz? Estamos mais próximos de Hong Kong ou da Grécia? O que você quer para o seu futuro? Pense nisso!
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