terça-feira, 30 de novembro de 2010

Atenção, atenção população! Podemos esperar mais corrupção

Não estou prevendo o futuro, mas se fizermos uma regressão na história perceberemos que a corrupção se inicia nas campanhas.

Diante disso, o PT deve R$ 27,7 milhões da campanha de Dilma Rousseff e a de José Serra deve R$ 9,65 milhões. Ambos foram presidenciáveis até um mês atrás. Como serão pagas essas contas?

O PT ganhou o governo federal, logo… enquanto o PSDB ganhou oito governos estaduais, então…

Já conhecemos a história de José Dirceu e companhia e Arruda e companhia. Então, meus amigos, o que pode ocorrer nos futuros governos? Não sei de nada, mas se tiver corrupção lembrem deste artigo e não digam que não avisei!

Governo Federal e suas economias distorcidas

Em artigos anteriores eu proferi um verdadeiro ataque ao estado brasileiro pelas distorções econômicas e as mentiras que os governantes vendem para “tranquilizar” a população que a economia vai bem e os direitos dos cidadãos são respeitados. Vou apresentar duas formas que o governo reduz o bem-estar social e você, meu caro leitor, está sendo enganado por não entender com afinco uma economia de mercado.

O governo editou a Medida Provisória nº 495/10 que modifica a lei de licitações. Essa medida diminui a competitividade e torna os serviços para a população mais caro e ineficiente. Nela, as empresas de produção nacional têm direito em relação à concorrência que utiliza tecnologias externas e que tem um nível eficiente melhor porque não tem 100% de produção nacional. Os preços dessas empresas nacionais, meu amigo, podem ser até 25% mais caro do que uma empresa que oferta melhores serviços e é extremamente mais barata.

Segue dois links para você se ambientar melhor com o assunto lendo os artigos de um excelente advogado que participou do trâmite do processo. Clique aqui para acessar o primeiro artigo e aqui para acessar o segundo.

Essa medida já foi aprovada na Câmara dos Deputados (onde o governo tem a maioria esmagadora e manipula todos com emendas parlamentares). Você sabe o que acontecerá com você se essa lei for aprovada no Senado? Eliminará mais ainda o seu bem-estar. O governo tem em mente ajudar o produtor nacional e não o consumidor. Esse quem deve ser valorizado com bens de melhores tecnologias e mais baratos.

A segunda questão que eu coloco também cabe ao assunto anterior. Mostra novamente como o governo distorce o bem-estar social e enriquece empresas ineficientes que mantém lobby com o estado e se locupletam a custa da sociedade.

O governo brasileiro, para manter a produção nacional ineficiente, prefere comprar armamento destinado às polícias militares de menor tecnologia no Brasil, que utilizam em combate contra os traficantes, do que armamentos mais baratos e melhores (que são utilizados em muitos casos pelos bandidos) vindo de empresas estrangeiras.

Mais uma vez o governo distorce o bem-estar social ao enriquecer certas empresas, protegendo-as com leis que criminaliza o mercado, impedindo que o cidadão brasileiro tenha melhorias em sua vida ao pagar menos impostos e ter um estado mais eficiente.

Esse é o estado brasileiro, sendo conduzido pelos petistas, comunistas, esquerdistas e peemedebistas, que eliminam a eficiência econômica e distorcem a lógica da economia. Depois vão falar que as crises são criadas pelos agentes privados, colocando mais culpa em vossas liberdades e elevando mais ainda a ineficiência dos agentes governamentais.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mirar em bandidos marginais é fácil. O buraco é mais embaixo!

Todo mundo acompanha ultimamente o que está acontecendo no Rio de Janeiro. O que analiso disso tudo é que matar os bandidos marginais é mais fácil para o governo do que interromper de fato esse círculo de crimes.

O tráfico não acabará com a morte desses bandidos, apenas será uma resposta à sociedade que todo sistema está sobre controle, quando não está.

Não estou defendendo os marginais que pegam em armas e colocam em risco várias pessoas que estão às margens da sociedade e que não tem um amparo social digno do estado e dos agentes privados. Coloco em questão os filhos das classes sociais dignas que financiam esse crime e que estão em clínicas enquanto os "imundos" estão em Bangu cumprindo sentenças máximas.

Coloco aqui o questionamento: as Unidades de Polícias Pacificadoras, as UPP's, constituem progresso social e econômico para as pessoas simples e inocentes quando o estado ocupa o território? As famílias estarão mais seguradas com a ação do estado? O crime será combatido de fato e de direito que constitua uma sociedade pacífica e livre?

Acabar com o crime é eliminar a indústria e não os operários chãos de fábrica que opera para os capitalistas do tráfico preexistir nesse crime.

O buraco é mais embaixo e o endereço é outro e não somente os morros!

Clique aqui e veja o que acho desse assunto com mais profundidade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que fez o governo mudar de discurso?

Capa do jornal Valor Econômico de hoje (25/11/2010) mostra a “nova” equipe econômica do governo Dilma Rousseff, formada por: Miriam Belchior, a nova gerente do PAC e que levará o programa para o Ministério do Planejamento; Guido Mantega, atual ministro da Fazenda que aprovou vários empréstimos do Tesouro ao BNDES; e Alexandre Tombini, atual Diretor de Normas do Banco Central e será conduzido à Presidência do órgão. Todos com o discurso bem afiado que é da austeridade fiscal.

Inicialmente a minha mira estará para os ministérios do Planejamento e Fazenda, devido ao estilo dos novos gerentes. O novo presidente do Banco Central será poupado dessa análise, devido ele ser a única “cara nova” da equipe econômica.

O que seria austeridade fiscal para o ministro Guido Mantega e para Vossa Excelência Miriam Belchior? O primeiro elevou o endividamento do estado brasileiro de uma forma pouco racional. Empréstimos aprovados que migraram do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que foram aportados por grandes empresas para financiar “novos” negócios de incorporação, com taxas subsidias, que oneram a população e desviam o mercado, reduzindo a competitividade. A segunda porque não tem um plano coordenado eficiente de progresso econômico com as obras do PAC. A construção do trem bala é um péssimo exemplo de que a condução desse programa está mirando nos focos errados de evolução econômica.

Estou me tornando chato ao repetir a mesma ladainha de sempre por culpa do governo central. Todo economista sabe que a economia gira como moeda de troca, ou seja, que toda oferta cria sua demanda ou a ordem inversa. A diferença entre os pensamentos econômicos é que a escola clássica reza que a oferta gera a demanda ao produzir produtos e competi-los no mercado, tendo como meta a maximização dos lucros, enquanto a demanda nasce com a função utilidade do consumidor sobre os bens ofertados em cada economia. Então o consumidor tenderá maximizar sua utilidade. Desta forma, avalia-se que a oferta gera a demanda em um sistema de preços de equilíbrio que alocarão esses produtos.

Noutro extremo surge a escola heterodoxa, conhecida como pensamento keynesiano, que acredita que a existência de estímulos governamentais elevará a demanda agregada equilibrando a economia no curto prazo entre oferta e demanda de bens produzidos. Aqui é onde surge o problema maior. Essa escola eleva o endividamento do estado e os dois ministros são keynesianos.

Quando surgiu a crise econômica de 2008, os gastos do estado, sem especificação de receita e tratada por regime de caixa, foram avançados, principalmente com custeio. A elevação de salários públicos e os programas de incentivos sociais, tipo Bolsa Família, foram fatores incoerentes que se apresentaram em tempo de crise. Será que eles acreditaram que a função consumo representada no cálculo do Produto Nacional Bruto (PNB) tinha que ser mais valorizada que outras variáveis como o investimento, por exemplo?

A primeira medida foi aumentar os gastos com custeio do estado e diminuir tributos a setores sorteados e não para economia como um todo. Os concursos públicos foram mais que duplicados, sufocando ainda mais as contas do estado. Quero deixar claro que não sou contra a contratação do estado desde que exista a finalidade para tal. Temos que ter em mente que a contratação de funcionários públicos gera custos contínuos, impactando no fluxo de caixa do estado cada vez mais crescente. Para isso, deve-se ter uma política coordenada e atividades estratégicas contempladas que valorize o bem-estar social com respeito à liberdade de mercado e corrigindo suas falhas.

Não acredito que esses dois ministros atingirão a ótica de uma economia pujante, com austeridade fiscal e sustentabilidade na economia do estado, equilibrando receita e despesa governamental. Vocês acreditariam com um histórico como esse apresentado acima? Eles querem corrigir o problema que eles mesmos criaram. Como pode agora o criador eliminar a criatura a não ser com a morte? A população brasileira que deveria ser a maior interessada nessa questão não gostar de discutir temas político ou econômico e ficam a ver navios com temas como a volta da CPMF ou elevação da taxa de juros devido a fatores inflacionários, achando tudo tão normal. Pagar a conta agora virou tema simples para o Brasil.

Pense bem! Você já viu algum alcoólatra ou dependente químico ao deixar de “sê-lo” depois de um tratamento não sofrer de abstinência ou voltar para o mesmo circulo do vício? A abstinência é a economia brasileira ou a volta de mais políticas keynesianas para destruir de vez o que já está destruído: o estado de bem-estar social brasileiro.

Depois não me venha dizer que não avisei que o causador das crises é o estado que interfere nas liberdades dos agentes econômicos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Governo Federal não realiza o dever de casa

Como o governo federal não realiza o dever de casa, que é a elevação na meta de superávit primário para diluir a dívida pública, fator gerador de sobras orçamentárias para investimento e redutor da taxa de juros, provocará novas distorções no câmbio e reduzirá ainda mais a folga fiscal que desonera o setor produtivo para recuperação da indústria nacional, aconselho, meu amigo, a investir em títulos pós-fixados, principalmente os atrelados a SELIC, conhecidos como Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

Eu explicarei melhor o parágrafo anterior. Com aumento dos gastos públicos (pequena parcela será destinada para investimento), a promessa do governo federal em reduzir os juros se torna escassa. Desta forma, a valorização do câmbio é uma tendência, forçando a intervenção do governo em elevar as alíquotas de IOF em rendas fixas de curto prazo. Outro fato é a perseguição do centro da meta inflacionária nos moldes atuais de 4,5% ao ano, razão que justifica uma taxa de juros ainda mais elevada devido à inflação das commodities, já que o dólar está desvalorizado frente outras moedas, principalmente dos países emergentes como o Brasil.

A manutenção de Guido Mantega a frente do Ministério da Fazenda é um prejuízo social em longo prazo. Ele é um desenvolvimentista a moda antiga, que reduz a austeridade fiscal, elevando os dispêndios dos gastos públicos (de forma errada, já que tem elevado os gastos correntes) e não tem meta para um ajuste fiscal equilibrado.

Portanto, após essa análise conjuntural, percebe-se que se elevarão os gastos com custeio da máquina pública (contratação desenfreada de servidores públicos para vários elefantes ministeriais, por exemplo), reduzindo-se a meta primária forçada no Orçamento Geral da União (OGU), resultando no aumento no endividamento do estado. Surge outro problema caso o governo eleve o financiamento estatal com divisas, principalmente em dólar. Quando se der a valorização desta moeda teremos uma política restritiva em longo prazo.

Que comecemos a respeitar a equivalência ricardiana para não sofrermos depois com crescimentos pífios e aumento nas alíquotas tributárias brasileira. A sociedade padecerá pela escassez de produtos, fator gerador da elevação nos preços praticados no mercado pressionando ainda mais a meta inflacionária e a elevação da taxa de juros, respigando principalmente nas economias marginais, que perceberão suas lucratividades reduzidas, impactando em novos investimentos (se não quebrarem pelo aumento nas obrigações tributárias), secando a fonte geradora de poupança doméstica, afetando a camada mais pobre da sociedade.

Depois os esquerdistas falam que sou pessimista e culpa-me pelos meus argumentos em defender a lógica do mercado. Não é o mercado o causador das crises. É só fazer um esforço e avaliarão que o inimigo é outro: O ESTADO.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Artigo publicado

Prezados amigos,

Escrevi um artigo sobre o impacto de políticas macroeconômicas na economia local do Distrito Federal.

O artigo foi aceito pelos editores e encaminho o link para quem quiser ler.


Obrigado a todos que me apoiam!
Sérgio Ricardo

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Se os preços das passagens de ônibus fossem flexíveis, melhoraria o sistema?

Muitas pessoas discutem o motivo do transporte público urbano das grandes cidades serem de péssima qualidade. Esse tema é instigante e chamou a minha atenção hoje por várias razões que revelarei aos meus amigos leitores logo abaixo.

Assistindo ao Bom Dia Brasil, deparei-me com o comentário da “sapiência” na área econômica, Miriam Leitão, comentando reportagem que tratava de empreendedorismo e que acabará de apresentar a vida de uma mulher que utiliza três ônibus para ir de sua casa ao trabalho, acordando todos os dias às 03:30 hs da madrugada para chegar ao serviço às 06:00 hs. A conclusão proposta pela jornalista é que o governo melhore a oferta de ônibus para suportar a demanda de trabalhadores que utilizam rotineiramente esse serviço público.

Sendo o transporte público rodoviário uma concessão do estado à iniciativa privada, o governo deveria fiscalizar os serviços e cobrar das empresas que operam no setor a ampliação das frotas e a melhora na qualidade dos serviços.

Olhando pela ótica da teoria econômica, o que acontece com este mercado para ele ser tão ineficiente? É o que pretendo responder ao utilizar a visão ortodoxa da economia clássica.

A questão intrigante é que os preços desse mercado não são flexíveis. Mas, de quem é a culpa? Do governo. Por quê? Porque ele transmite a concessão à iniciativa privada e define as estratégias desse mercado, com a ameaça de intervenção quando o setor não é eficiente para a população. Duas formas de coação são o controle de preços e a pressão sobre a produtividade dos trabalhadores nessa economia.

Se o governo abrisse processo licitatório para contratar empresas que ofertam melhores ônibus e retirasse o monopólio das organizações que atuam há mais tempo no mercado e já se “acostumaram” com os ganhos em um mercado fechado com poucas empresas atuando, diminuindo a oferta de bens e serviços, resolveria parte do problema.

Se os preços fossem determinados pelo mercado e o governo fosse mais ágil no processo licitatório, o que ocorreria? Inicialmente os preços aumentariam, afetando diretamente os rendimentos do trabalhador. Como preço é um fator atrativo de mercado, outras empresas se interessarão por participar do processo licitatório e ofertarão novos ônibus. Com a demanda reduzida e com uma oferta maior de transporte rodoviário, os preços tenderão a reduzir para atrair consumidor, elencando então a uma trajetória de equilíbrio entre oferta e demanda.

Recapitulando: o governo flexibiliza o preço da passagem de ônibus e abre processo licitatório para novas empresas atuarem nesse mercado. Os preços inicialmente aumentarão, elevando as expectativas de novos empreendedores nessa economia. Dessa forma, as empresas que estão no mercado melhorarão a oferta de bens e serviços (aumentando a quantidade e a qualidade dos ônibus com melhores tecnologias para operarem no mercado), reduzindo-se os preços, por fim, para buscar a demanda perdida com o aumento inicial nos preços das passagens.

No final das contas, o mercado estaria com uma oferta melhor de ônibus qualificados e aprovados pela população e em um nível de preço equilibrado, de acordo com a oferta e demanda de bens e serviços rodoviários.

Outra forma de diminuir a demanda por transporte público é descentralizar os grandes centros urbanos, que contratam trabalhadores em toda a cidade e em suas regiões periféricas. Se ampliarmos a oferta de bons empregos em cidades circunvizinhas às grandes metrópoles, diminuiríamos a quantidade de mão de obra nos grandes centros urbanos e descentralizaríamos a produção, pois a maioria da população de uma metrópole é residente de regiões distantes. O resultado desse contexto é a geração de renda e emprego à população como um todo.

Resumindo: é fácil resolver o problema. Para isso acontecer, a vontade política tem que existir e a população aceitar o desafio. No primeiro momento haverá uma piora no bem-estar social, mas os retornos futuros serão garantidos em médio e longo prazo. O lance que o governo não joga limpo e condena os empresários, como se eles fossem os únicos culpados pela ineficiência no sistema.

sábado, 13 de novembro de 2010

Falta de competitividade gera prejuízos sociais

Muitas pessoas acreditam que uma grande empresa resolve as distorções sociais ao gerar empregos em grande escala. Esta afirmativa distorce a verdade dos fatos. Uma grande empresa se existir no mercado sem competição tenderá ao monopólio e reduzirá a eficiência econômica.

Até aqui não existe novidade. A motivação para escrever este artigo foi dada por um motivo real: a falta de competitividade eleva os preços e aumenta a pobreza. A lógica para isso é analisarmos os supermercados existentes em Samambaia, local de minha moradia.

Existem atualmente duas grandes redes varejistas nessa cidade: Tatico e Caíque; e três médias varejistas: Super Bom, Super Cei e Comper. Para deslocar à concorrente você tem que ir de carro, pois não estão tão próximas. O que se entende dessa análise? Além dos preços tenderem para uma cartelização, o custo com combustível, deslocamento e tempo de espera para encontrar um bom lugar para estacionar o carro, dificultam a minimização dos custos, maximizando o estresse temporal.

Não só essa análise tem que ser levada em conta, mas o custo logístico também é um fator que inibe a redução dos custos operacionais. Pelo grande deslocamento de uma rede a outra, as empresas fornecedoras repassam uma planilha de gastos altíssimos de transportes que comporão a definição do preço final do produto ao consumidor.

Utilizando a Teoria dos Jogos para entender este mercado, notamos que os preços são determinados pelas principais redes, ou seja, Tatico e Caíque. As outras acompanharão o mercado e buscarão o lucro de sobrevivência. Fato que é transposto as redes menores distribuídas nos comércios locais de cada quadra.

Como a planilha de custos das grandes redes são menores devido os fornecedores repassarem descontos de fornecimentos a essas redes devido a quantidade de produtos na formação do estoque e que elas protegem os fornecimentos das outras empresas, pois não teria lógica atuarem em um mercado tão pequeno, elas controlam os preços e recomendam ao mercado a garantia de lucro. Se reduzirem o preço elas se manterão, enquanto as menores serão eliminadas devido as baixas lucratividades, repassando seus produtos ao preço de custo.

A população de Samambaia acredita que está ganhando com os preços abaixo do mercado em ofertas de marcas desconhecidas e de pior qualidade que são vendidas nessas redes, sendo que na verdade o bem-estar delas são reduzidos e a lucratividade das grandes redes ampliadas.

Como resolver essas distorções? Abrindo o mercado. Como o governo pode ajudar e resolver essa distorção? Reduzindo os custos logísticos ao resolver os problemas de infraestrutura, diminuindo os tributos para o setor produtivo, investindo em subestações da rede elétrica em Samambaia para não ficar na dependência e sobrecarregando a subestação de Taguatinga (problema seria resolvido se a CEB fosse privatizada) e incentivando a formação de novos negócios eliminando a burocracia e os custos cartoriais.

Como não existe competição e os preços são controlados pelas maiores redes, a população de Samambaia não percebe o quanto está sendo enganada e acredita que os preços baixos de marcas desconhecidas é uma vantagem comparativa em relação, por exemplo, ao Plano Piloto, que vende o papel higiênico Neve ao mesmo preço que é ofertado no Tatico e que a população de Samambaia acredita que estará sendo compensada ao comprar o papel higiênico Soft Blanc, extremamente mais barato e de qualidade inferior, cujo tempo de consumo é menor do que teria se comprasse o Neve, compensando seu preço maior ao tempo de duração.

A situação utilizada acima é hipotética e não estou fazendo propaganda de nenhuma marca. Foi apenas ilustrativo para o leitor perceber o quanto é enganado pelo sistema oligopolizado implantado nessa cidade.

Portanto, ao escolher um representante, a população deve reivindicar que as liberdades individuais sejam respeitadas. O cidadão deve entender o que é melhor para ele e para a sociedade como um todo e não acreditar em políticas públicas falsas e empresários forasteiros que pretendem reduzir o nível de bem-estar social para elevar os lucros.

Ignorância não significa falta de titulações

Muitos creditam ignorância as pessoas que não possuem uma titulação. Mas afinal, por que as pessoas para se valorizarem correm atrás de títulos? Se pegarmos alguns exemplos de sucesso, não encontraremos nenhum título que fazem delas grandes pessoas.

Sílvio Santos é um exemplo. Ele não tem curso superior e confiou em pessoas com títulos e reconhecimento em mercado para tocar os seus negócios. Deu no que deu! Existe um velho ditado que diz que o boi só engorda aos olhos do dono e ele foi aplicado nesse caso. Recorri ao Silvio Santos porque ele é a notícia do momento devido ao insucesso do banco PanAmericano, mas não é só a ele que aplico o meu questionamento. Poderia aqui citar o presidente Lula e o vice Alencar, alguns bons jornalistas, como Marília Gabriela e Jô Soares, Paulo Skaf, presidente da FIESP, dentre outros.

Não sou aqui a verdade e não tenho grandes títulos. Sou apenas um pensador que formula ideia e que tem coragem de escreve-lá, que posso ser pior até do que você leitor. Mas, o que me chamou atenção nesses últimos dias é perceber que pessoas melhores do que eu e que possuem mais títulos se mostram mais ignorantes do que as que não têm, ao expelirem ódio e preconceitos. Tenho como exemplo, o caso da estudante de direito do interior de São Paulo contra os nordestinos por não aceitar a vontade da maioria na democracia.

Eu discuto política no campo das ideias e não em contextos de baixo calão, que prejudicam a honra de quem não é ideologicamente partidário da minha linha de raciocínio.

Eu leio vários blogs, artigos, jornais e assisto vários programas televisivos que tratam dos interesses republicano para uma nação desenvolvida, e vejo pessoas apreciáveis perdidas quando rebaixam o debate e desprendem ódio contra os iguais.

Não estou aqui para julgar quem quer que seja. Eu aprecio a democracia pela liberdade que temos para escrever aquilo que achamos interessante e que pode de alguma forma ajudar para formação de uma sociedade justa, ética e desenvolvida. Não sou partidário das ofensas e preconceitos, como o próprio nome diz: PRECONCEITO. Ou seja, conceito pré formado, sem base nenhuma investigativa.

É apenas um desabafo. Nada mais que isso! Acredito que para empreender, inovar e transformar não são necessários títulos – eles são importantes, mas não significam que as pessoas que os têm são melhores das que não têm – e sim grandes ideias e soluções práticas, sempre com respeito a ética e bons costumes. A vida é o maior laboratório em que todos têm os mesmos direitos ao buscar dias melhores.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Principais problemas econômicos enfrentados pelo Brasil

Muitos acompanham pelos jornais que o Brasil vive uma guerra cambial e na reunião do G20 – que reuni as principais economias do mundo – o governo brasileiro defende que os Estados Unidos e a China não provoquem distorções no comércio internacional ao desvalorizar suas moedas, tornando seus produtos mais competitivos em relação ao resto do mundo, e dominem o mercado.

Antes de entrar nessa seara, vale entender o que ocorre na atual conjuntura econômica mundial, mas especificamente o que pressiona a valorização do Real. Disso, imagine o que pensam os Estados Unidos e a China para compreendermos o atual cenário.

Os Estados Unidos da América não sanou sua crise doméstica e divide com o mundo o erro de uma política monetária adotada no governo Obama, que elevou a oferta monetária, emprestou dinheiro para bancos e seguradoras falidos, além da indústria automobilística americana com a promessa da garantia de emprego, quando os americanos demandam mais carros com tecnologia japonesa. Agora compreenda meu caro leitor, os agentes econômicos ianques adotam as expectativas racionais, até porque toda a população conhece o mercado de ações e tendem a estudar o assunto, principalmente os fundos de pensões, compartilhando que as agências de classificação de risco de respeitabilidade internacional elevaram o grau de segurança para se investir no Brasil, ou seja, minimizou o Risco Brasil. Diante deste cenário, com uma oferta maior de dólares naquele país, resultando na diminuição de sua taxa de juros, os títulos brasileiros se tornaram mais atrativos, já que nossa taxa de juros real é uma das maiores do mundo e somos um país emergente. O que fará então um americano para alavancar sua poupança? Este é um dos pontos da guerra cambial.

Agora encaremos a visão da China. Os principais clientes internacionais dos chineses são justamente os Estados Unidos e a União Européia. O americano vive uma crise de desconfiança, não acreditando em seu PIB potencial para expandir seu crescimento, levando o país para o desemprego e consumo de bens importados, sendo a China o seu principal investidor  externo. A Europa também atravessa uma crise provocada na Zona do Euro pelas economias médias para os padrões europeus: Grécia, Espanha e Portugal. Um desequilíbrio na política fiscal desses países demandou poupança externa e, novamente, a China foi acionada. Por qual motivo então a China se tornou um agente relevante? Pela política de câmbio fixo. Portanto, com um mundo em crise, desvalorizando-se o Yuan aumentará a oferta de produtos chineses espalhados pelo mundo. Com uma mão de obra chinesa barata e o Yuan declinado, dilui-se o PIB per capita chinês em uma política expansionista, tornando a economia doméstica mais pobre.

Como eu digo sempre, o câmbio não é o problema. O problema são os governos que não deixam a economia atingir seu equilíbrio natural de oferta e demanda. Tanto os governos americano, chinês e brasileiro.

O problema do Brasil para o Real está tão valorizado se deve a participação maciça do estado na economia de mercado, onerando e burocratizando o setor produtivo, elevando o endividamento público justificado pela alta taxa de juros, encarecendo o crédito e o endividamento das famílias, com um BNDES tendencioso e oligopolizado, reduzindo assim as expectativas de crescimento em longo prazo.

Não sou contra o câmbio valorizado, desde que estejamos em uma economia de mercado. Mas não sou partidário dos CNA’s e FIESP’s da vida pressionando o governo para o controle cambial para aumentar as exportações brasileiras. Com o Real apreciado, temos maior oferta econômica, reduzindo-se os preços e melhorando o bem-estar social.

Se a lógica da teoria econômica está invertida no Brasil atualmente, principalmente pelos indicadores da inflação oficial, o IPCA, há algo de estranho no ar. Cadê a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) para nos explicar o ocorrido?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tributo ao meu pai!

Ultimamente eu tenho me esforçado a escrever ideias construtivas que elevem o debate de temas necessários ao desenvolvimento do povo brasileiro, mas ao lembrar do meu maior exemplo a saudade me consome e não tenho mais talento para escrever qualquer coisa que esconde o que sinto por dentro.

Desta forma, transmito um lindo filme que mantém vivo o que meu pai me ensinou e deixou de herança para mim. Obrigado a todos pelas mensagens e votos de carinho que tenho recebido constantemente.

Um abraço!
Sérgio Ricardo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Por que os economistas teimam em elevar a taxa de investimento?

A teoria economia reza que taxa de juros é uma função inversa da taxa de investimento. Também sabemos pela teoria econômica que a taxa de juros é a variável de equilíbrio que orienta a economia real com sua dinâmica monetária, de tal forma que a moeda garanta valor a economia para responder ao movimento de troca entre mercados.

Diante dessas premissas viabilizamos os debates econômicos quando os especialistas indicam que a taxa de juros está alta e impacta diretamente na linha produtiva de uma economia. Primeiro em relação ao câmbio, que é o preço de mercado que dinamiza a relação comercial com resto do mundo; segundo que ela interfere no setor produtivo, estagnando o crescimento da produção nacional; e, por último, na relação dívida pública pelo Produto Interno Bruto (PIB). Assim sendo, construiremos nosso modelo com essas variáveis macroeconômicas.

Atualmente vemos as autoridades da área econômica do governo revelando que no mundo se vive uma guerra cambial, mas o câmbio é uma variável endógena. Em outras palavras, o câmbio não é resolvido por uma política de estado, já que ele responde as estratégias do governo. A única forma de controlar câmbio deu no que deu. Crises e mais crises no Brasil, principalmente na década perdida (anos 80). Então como resolver o problema que muitos especialistas dizem que impacta também na industrialização brasileira?

Analisando o gráfico abaixo, percebemos que a teoria econômica está mais que certa quando trata de funções inversas a taxa de juros e de investimento. As informações do gráfico foram extraídas do portal do IPEADATA e foram calculadas as variações de 1970 a 2009 da taxa de juros real e de investimento proporcional ao PIB.
 


Notemos pelo gráfico que a variação na taxa de investimento manteve-se mais estável ao longo do período, com uma tendência reduzida ano após ano. Salvo a década de 70 que o Brasil apresentou taxas chinesas no crescimento do PIB e o forte investimento público, que logrou o tão conhecido jargão do ex-ministro da Fazenda Delfim Neto de inchar o bolo para depois reparti-lo. Nessa década também temos o eminente ex-ministro da Fazenda do governo Geisel, Mário Henrique Simonsen, que controlava o câmbio com uma calculadora HP, sendo o Policymaker das diretrizes econômicas.

O que ressaltamos do gráfico é o descontrole que o país apresentava na taxa de juros real. Com o forte déficit em transações correntes, que geraram o famoso déficit gêmeo (déficit no setor público e na conta do setor externo), tivemos uma desestabilização da moeda, com fortes índices inflacionários, fato que desvirtuou a taxa de juros nos anos 80 e início dos 90, regularizado a partir do plano Real.

Também percebemos pelo gráfico que os aumentos em investimento acima da média estão nos anos que apresentam as menores taxas de juros reais, conforme constatado na teoria econômica.

A economia é uma ciência que estuda os comportamentos dos agentes econômicos (governo, famílias e empresas) e a administração dos recursos escassos. Mas quais são os recursos escassos do Brasil? A poupança doméstica é um desses fatores. Sem ela, o nível de investimento doméstico é reduzido, elevando os déficits em transações correntes para ampliar a oferta econômica e o crescimento das empresas residente no país.

Olhando pela conjuntura atual, os economistas do governo colocam no câmbio a culpa por este mal. É daí que nasce o erro. No Brasil, o estado é o maior propulsor da economia. Logo, para ampliarmos o crescimento econômico, elevaremos, por conseguinte, o endividamento público, principalmente das estatais.

Os recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) são direcionados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fomentar a economia de uma forma racional. Quando esses recursos estão escassos, o BNDES recorre ao Tesouro Nacional, ou seja, da arrecadação tributária, cuja finalidade é emprestar, com taxas subsidias, às empresas que necessitam ampliar o seu parque industrial. A ideia do banco deveria elevar o nível de competitividade à formação de novos negócios. Portanto, a realidade brasileira é outra. Nos últimos anos o banco foi utilizado para emprestar recursos para empresas incorporarem outras empresas de mesmo ramo, reduzindo a competitividade e aumentando o oligopólio.

Entendo que, após essas explicações, a futura Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, reduza os gastos correntes do governo, diminuindo a participação do estado na economia de mercado, ou seja, reduzir-se-á a dívida pública, cujo efeito refletirá na diminuição da taxa de juros, elevando a oferta monetária, gerando poupança para elevar o nível de investimento privado no país, aumentando a oferta de bens, reduzindo os preços devido à competitividade, avançando no progresso do bem-estar social e, por fim, com uma taxa de juros menor o câmbio se normalizará de acordo com a taxa internacional de juros do mercado, diminuindo a especulação nos títulos de renda fixa, por exemplo.

Este, portanto, é o dever de casa que o futuro governo deve realizar. Ampliar o nível de investimento privado, reduzir burocracia, estimular novos negócios com vista ao aumento da oferta, reduzindo então os preços, partindo assim para um estado próspero de uma economia pujante e os agentes logrando os verdadeiros benefícios sociais.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

De luto mais uma vez

Este texto foi escrito por um grande amigo. Na verdade, um grande irmão que eu ganhei. Esdras é filho do Tio Renato, grande companheiro e amigo de meu pai que foram colocar em prática as estratégias de lutas ao lado de nosso pai eterno DEUS!

Obrigado, meu amigo, pela mensagem e a compartilho com todos os meus leitores do blog. O que levamos desta vida são as amizades que fazemos.


DE LUTO MAIS UMA VEZ

Por Esdras Pereira

Após 44 dias do falecimento de meu pai deparo-me novamente com a infalibilidade da vida humana. Morreu essa madrugada, de maneira inesperada por um ataque fulminante ou qualquer explicação clínica dessas, o grande amigo intimamente chamado “Farias”. Farias foi sem dúvida o amigo e companheiro de meu pai por grande parte de sua vida. Cursaram a universidade juntos, sonharam e  trabalham por mais de 20 anos lado a lado. Nossas famílias se tornaram uma só e por isso hoje choro as lágrimas de quem perde mais que um grande amigo, de quem perde um parente.

Lembro-me de todas as vezes que fui ao trabalho de meu pai, das festas da empresa, das comemorações de aniversários em casa onde Farias sempre chegava com seu sorriso bonachão e sua barba branca. Lembro-me de ficar bravo com meu pai por ele passar horas no telefone conversando com Farias, como adolescentes tramando suas estratégias. Lembro-me das brincadeiras com Sérgio e André enquanto criança, da alegria e confusão da adolescência e da felicidade de vê-los hoje tão bem. Lembro-me de Kely em seu casamento, de seu primeiro filho e mais recentemente da felicidade de Farias e Alice durante o casamento de Sérgio. 

Durante toda a doença de meu pai, Farias ofertou toda sua amizade e de forma sempre alegre buscou passar as melhores energias a meu pai e minha família. Diante de toda a dor da perda, Farias se demonstrou o fiel amigo que auxilia desde os trâmites mais simples aos aspectos burocráticos da morte. 

Agradeço hoje a oportunidade de ter assistido boa parte dessa amizade verdadeira entre meu pai e Farias, de aprender o valor dos amigos-irmãos e de ser parte dessa história. Obrigado Farias pelo seu apoio, por sua generosidade e paciência comigo. Obrigado pela honra de tê-lo como meu amigo nessa hora de dor. 

Vai lá companheiro, aqui ficaremos com grandes saudades e seguiremos construindo a vida na simplicidade e no amor que você e meu pai nos ensinaram.