sexta-feira, 29 de outubro de 2010

27/10/2010, uma data mais que especial!



27/10/2010, duas horas da manhã. Em uma noite fria, não esperava pelo pior. Ao atender o telefonema, era o número de minha mãe. Do outro lado da linha minha irmã falava: “Sérgio, nosso pai está passando mal e minha mãe pediu para você vir correndo para cá.” Desliguei e corri para o hospital para escrever uma nova história em minha vida. A despedida desse mundo de meu PAI!

Quando aprendemos história na escola, aprendemos as datas especiais de fatos ocorridos e dos heróis brasileiros e estrangeiros. Este líder merece um capítulo todo especial em qualquer livro de história moderna e do exemplo de pai em um mundo tão escasso de família.

José Fernandes de Farias, conhecido como Farias, foi o construtor de um legado em minha vida. Desde os pedais da bicicleta, para entender o sentido de equilíbrio, às quedas ao andar sem os pedais. A procura de vento ao soltar uma pipa até a viagem dela em pleno azul do céu em uma tarde de domingo com sol olhando o lago Paranoá pela ótica do clube Motonáutica. Meu pai esteve presente em todos os momentos.

Cresci conhecendo os trabalhos de meu pai. Desde o mundo político, a convivência social, religiosa e familiar. Em todos, ele sempre teve tempo. Para ele, não existiam 24 horas em um dia. Quando existisse alguém que demandasse o seu esforço, ele absorvia e garantia a solução para o problema alheio. Um líder nunca desiste de seus objetivos.

Foi assim que ele se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT), fundou o Sindicato dos Servidores Públicos Federais (SINDSEP) e lutou, com coragem e sem medo, contra o governo do Presidente Collor pelos funcionários da CIBRAZEM, hoje CONAB.

Vendo a multidão que se alastrava em romaria ao túmulo de meu pai, vi o tão grande era o seu legado e quanto ele gerou esperanças no coração de muitos homens e mulheres de que ele teve o orgulho e a grandeza de conhecer. Vi o quanto maravilhoso é fazer o bem!

Meu pai se orgulhou de mim a me ver casar com a minha Cleozinha. Desde então ele percebeu que eu tinha me tornado um adulto, cumpridor de minhas obrigações, pois até onde eu demandei de seus préstimos, não existia chuva ou sol que lhe fizesse desistir do seu auxílio para ver o sorriso estampado em meu rosto e a crença que eu estava realizando o melhor para mim. É que ele não se continha em saber que o melhor que eu tinha para ele era tão pouco e para mim era o presente mais que maravilhoso que Deus tinha me dado, a oportunidade de ser seu filho.

Tão fácil entender o amor que ele tinha por mim, mas difícil descrever em palavras os gestos maravilhosos vividos entre nós. Busco no dicionário as palavras e os adjetivos mais lindos para enriquecer nosso amor, mas olho seu sorriso em uma foto de arquivo e vejo que ele gostava da simplicidade. Um beijo e/ou uma expressão do tipo “Eu te amo”, eram o que mais importavam.

Hoje a saudade me consumiu ao ver meu afilhado, José Gilberto, filho primogênito de minha irmã, dizendo-me que estava com sono e queria dormir ao chegar da escola. Ele comeu com uma tristeza enorme e tão singelo foi seu olhar ao dizer que estava com dor de barriga e que eu deveria lhe comprar um remédio que nem seu avô faria se estivesse entre nós. Na verdade ele está com saudade e não sabe externalizar isso, pois ele tem apenas cinco anos e era intenso o convívio entre os dois.

Para completar o dia, ele me observa chorando e diz: “Padrinho, qual a nuvem que o vovô está?”. Não contive o choro e, após escutar minha explicação, ele me perguntou: “Por que você está falando desse jeito?”. Eu falava com a voz embargada pela explicação que acabará de lhe dar. Mas ele disse com a sabedoria de uma criança: “Não chora que ele está com papai do céu”.

Domingo meu pai votaria na Dilma para Presidente. Estou chateado com os rumos que o PT tomou e vivi algumas coisas que me deixaram chateado com o partido, mas não posso ser egoísta nessas horas e pensar apenas em mim. Ele era o meu pai e lutou a vida toda pelos os 80% de aprovação recorde do melhor governo da história brasileira e que estava tão contente ao saber que as urnas refletirão isso no próximo domingo. Diante disso, ao lembrar os porões da ditadura militar que meu pai ficou ao ser capturado pelo DOPS e ser torturado como se fosse um saco de entulho, passando pelas greves contra as extinções de empresas públicas no governo Collor, as privatizações do governo FHC até chegar à eleição de Lula, que ele lutou mais da metade de sua vida, darei o voto à Dilma Rousseff, pois seria o seu voto e a sua fé.

Conversando com um primo meu no velório, vi a importância desses oito anos do governo Lula e a defesa que meu pai fez quando ele o questionou sobre os escândalos de corrupção que existiram e meu pai respondeu: “Luiz, o nordestino hoje come maçã”. Isso desmontou qualquer argumento que meu primo poderia apresentar em seguida. Ele se deu por vencido e convencido que esses oitos anos existiram avanços.

Sem delongas, despeço-me de meu pai nessa vida e com a garantia eterna de sua presença na história brasileira. Defenderei com pulsos firmes a sua trajetória de vida, criando a sua neta não conhecida Lívia Fernandes Farias de Sousa, que se encontra no ventre de minha mulher e ganhará o mundo em janeiro próximo. Prometo ser fiel aos seus passos e com o perdão se algum dia eu deixei de ser a diferença que ele quis que eu fosse nesse mundo.

Agradeço as mensagens de apoio e saudações. Perdi o leitor mais fiel de meu blog. Este mês estou de luto e volto a escrever após a missa de sétimo dia que ser realizará no próximo dia dois (dia de finados). Meu pai faria 64 anos na segunda-feira, mas quis Deus levá-lo antes e encontrar o seu grande amigo Renato, que faleceu um mês antes dele. Com certeza eles formarão uma grande equipe no céu e defenderão novos anjos que aparecerem na nova vida que levarão.

Obrigado Deus pelo presente dado que foi o meu pai e obrigado aos amigos pelo carinho. Até mês que vem com Dilma Presidente e Agnelo Governador, para o Brasil Seguir Mudando.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vergonha nacional!

José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB, é uma vergonha nacional. Quando temas polêmicos apertam seu cinto ele faz questão de esvaziar e falar que é tudo mentira, chamando de factóide.

Serra, sua cara é conhecida e a carta foi aberta. Você não consegue enganar o povo por tanto tempo. Por que não responde as acusações que são postas contra você no caso Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto? Por que quer controlar câmbio? A resposta a esta segunda pergunta pode vir da ajudinha para os amiguinhos da FIESP, já que o câmbio é um preço de mercado e controlá-lo facilita as exportações, ainda mais no caso atual que o Brasil possui reservas e o real está supervalorizado, ajudando apenas algumas empresas em detrimento da competitividade nacional que deve existir com abertura comercial.


Não caio em seus contos. A minha irritação com o PT não faz com que eu perca a verdade e o senso crítico. Digo e afirmo: JOSÉ SERRA É UMA VERGONHA NACIONAL!

A cada dia está mais difícil em aceitar o futuro Presidente do Brasil. Espero que das urnas no próximo domingo apareçam coelhos e não ratos fantasiados de bons moços.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pelé é Rei?

Dizem que Pelé é Rei e como bom Rei usará a coroa, mas qual? Nesse sábado último, Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Rei Pelé, comemorou 70 anos de idade e 53 da coroa de Rei do Futebol. Ora, caro leitor, você considera Pelé o Rei do Futebol? Craque indiscutível ele é, não restam dúvidas. Mas quando tratamos de realeza, o seu status não poderia ser questionado como sempre é. Por que então existe oposição ao título conferido?

Avaliemos pela ótica do povo argentino que consideram Maradona melhor do que Pelé. A liderança dele para o povo argentino, com erros humanos assumidos, mas com carisma nata de quem é do povo e nunca o deixou as traças, fazem dele um líder consagrado para aquele país.

Discutindo a visão do povo doméstico, Pelé tem o carisma do povo brasileiro ou a imprensa o criou para ser idolatrado? Vejamos pela ótica do Flamenguista, seu ídolo maior é o Zico; do Corintiano, o Socrátes; do Vascaíno, Roberto Dinamite; do Grêmio, Renato Gaúcho; e por aí vão vários craques consagrados que dificultam elencar todos e pelas lembranças inesquecíveis, assim como o Pelé para o Santos, é o Garrincha para o Botafogo.

Agora, por que Pelé é o Rei do Futebol? Esse título foi concebido a ele após a conquista do Mundial de 1958, com o golaço de placa que marcou na vitória do Brasil contra a Suécia (a anfitriã) por 5 x 2. Também podemos induzir que este título foi a ele concedido porque Ferenc Puskas nunca foi campeão mundial quando ele inseriu o futebol Húngaro, historicamente sem tradição, ao vice-campeonato mundial quatro anos antes após perder para Alemanha em 1954. Aliás, a Alemanha arrasa seleções que apresentam excelente futebol como a Hungria e a Holanda, de Johan Cruijff, em 1974.

Ao se tornar Rei, a pessoa recebe tal titulação quando produz exemplos à sociedade, não apenas no seu habitar natural, no caso do Pelé os campos de futebol, e o quanto agrega valor àqueles que o consideram exemplo de liderança e vocação ao realizar justiças, nesse caso ao povo brasileiro. Uma demonstração de grandeza e realeza, cujo título é apreciado não só pelo seu povo e sim pelo mundo, vem da Inglaterra. Trato aqui de Isabel Marguerite Bowes Lyon, conhecida como Rainha Elizabeth I, Rainha Mãe dos Ingleses.

Este título não lhe foi dado por nada, mas por uma conquista que vem do cerne de uma líder. Ela, filha de condes, nunca pensou ser rainha até se casar como duque de York, o príncipe Bertie. Sorte para algumas em se tornar rainha, sonho de qualquer filha de aristocratas que não pertence à realeza. Mas, para se manter no cargo e ser idolatrada pelo seu povo, necessita de liderança, fibra e trabalho. Isto não faltou a Rainha Elizabeth I quando eclodiu a II Guerra Mundial e ela desceu do alto da realeza para proteger seu povo da fome e das batalhas.

O primeiro ministro Winston Churchill advertiu a Rainha que fugisse para o Canadá com as filhas e protegesse a família. Prontamente a Rainha respondeu: "As meninas não vão sem mim, eu não irei sem o Rei e o Rei não nos abandonará nunca". Ela viu no povo a necessidade da presença real e esteve ao seu lado nos longos dias de guerra. Não a toa que a ela é a Rainha Mãe dos Ingleses.

Agora, voltemos ao Rei Pelé. Qual o valor agregado que as famílias brasileiras tiveram com um Rei nos campos de futebol? Nada mais que espetáculos. Pelé nunca foi atuante para desenvolver o país em incentivar a educação, a prática do esporte ou exemplos de vida. Aliás, ele gerou três exemplos negativos, a de não reconhecer a filha em seu leito de morte, ter um filho envolvido com o tráfico de drogas na baixada santista e prejudicar os times brasileiros ao conceder às empresas os passes de novos talentos do futebol, sangrando o futebol nacional com a Lei Pelé.

O Maradona teve os seus erros humanos, mas soube adorar seu povo e mostrar que o argentino é aguerrido, batalhador e tem senso crítico. Ele é um líder não apenas no mundo futebolístico, com também um articulador político. Se ele ameaçou o Pelé em seu reinado é porque o nosso “Rei” deu margens para isso.

O craque Pelé é indiscutível. O Rei é uma mentira. Não idolatremos uma pessoa do qual esperamos até hoje que construa exemplos a serem seguidos como paz, justiça, igualdade, liberdade e fraternidade, os alicerces da Revolução Francesa e que são alvos dos países de bem espalhados pelo mundo.

Pelé desça já de seu reinado e ande entre os mortais sofridos de nosso país.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lula, sua história lhe confundiu!

Muitas pessoas devem se perguntar, o que está acontecendo com o Sérgio. Ele mudou muito depois que fez economia. Mas não, não mudei! Posso ser a metamorfose ambulante da música de Raul Seixas em termos de defender novas ideias e projetos, como exemplo, as premissas liberais. Mas a minha essência é a mesma de respeitar o próximo, ser democrático, honesto e ético.

Eu gosto da história do Lula e dele particularmente. Não tenho nada contra sua pessoa e tenho até uma enorme admiração, mas foi ele quem mudou e não eu. Continuo em defesa do bem-estar social universal, da liberdade de opinião e de escolhas, em defesa da vida e dos princípios mostrados pelos meus pais. E para onde foi o PT e o Lula depois do governo? Para caminhos antes combatidos, como a aliança com o PMDB de Renan Calheiros, José Sarney, Henrique Eduardo Alves, Michel Temer, dentre outros. O sistema foi mais forte que a ideologia antes defendida.

Desse caminho todo o PT e o Lula me mostraram uma coisa, que nenhuma esquerda tem salvação e que são autoritárias por natureza. Foi isso que aprendi em quatro anos de estudos em economia e com a história da humanidade. Nem direita e nem esquerda radicais têm a cura para a sociedade. Todas são corruptas em suas estruturas.

Hoje eu vejo meus pais que são verdadeiros guerreiros e me ensinaram desde criança o dom da honestidade, o amor ao próximo, a cristandade e me pergunto se estou errado ao ser contrário a candidatura presidenciável de Dilma Rousseff e opositor do PT quando todos, sendo eu a única exceção, acreditam que ela é a esperança e continuidade de um governo que tem aprovação recorde. Para mim, Dilma não é Lula e Lula não é Dilma.

Lula tem história e colheu os frutos das lutas que sempre travou pela democracia e hoje faz questão de confrontá-la. Os amigos de Lula hoje não são os que conquistaram junto com a estrela do PT os direitos das classes sociais de um passado que foi castigado pela ditadura em detrimento da riqueza de um grupo restrito que até hoje conduz a política nacional.

Eu não mudei. O PT e o Lula sim. E essa mudança é difícil de aceitar e a esquerda abriu meus olhos. Ela não pode mentir pra sempre, uma hora ela aparece e mostra o bicho que sempre foi e que estava escondido.

Não olhem para mim e digam que eu sou incoerente. A coerência permanece em minha raiz e nas teses que defendo. As opções foram apresentadas e eu fiz uma escolha: a liberdade em termos de bem-estar econômico, social, partidário, opinião e de um Brasil plural e melhor literalmente afirmando.

PT e Lula, as suas bandeiras não são mais as mesmas há muito tempo. Não serei agora incoerente e defender teses que considero atrasadas para o meu país como a valorização de Jader Barbalho, José Sarney e a turma do descaso e do eu primeiro. Do outro lado também temos muitos personagens antiquados, mas eu sempre esperei isso deles e não do PT e do Lula.

A conclusão final é de que a esquerda e o PT estão mortos no meio da estrada esperando do Brasil a continuidade de um governo realizado para amigos, autoritário por natureza e que pode tudo, até o Presidente deixar de ser Presidente para se tornar o cabo eleitoral número um deste país, nunca antes na história. É este o meu desabafo e agradeço a verdade surgir em meus olhos para ver até onde vai à ganância de um grupo que um dia julguei sincero.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

As faces da política brasileira

Veja como é a política brasileira. Os candidatos defendem a democracia e quando é para mostrá-la, as esconde. Contarei dois casos, um mais que explícito e que vem a este debate com o meu ponto de vista e o outro é o que fiquei sabendo de um estrategista da campanha de Joaquim Roriz (fonte segura) e que trabalha todos os dias em seu escritório político situado na mansão do Park Way.

O primeiro tema abrange a campanha presidencial e o fato ocorrido nesta semana pelas campanhas, principalmente do PT. A divulgação de panfletos da Igreja Católica contra a Dilma, que deveria ser um ato democrático, ocorreu na verdade uma opressão do estado quando proibiu sua divulgação. Em seguida a prisão do dono da gráfica que a CNBB contratou para divulgar seu material, colocando em xeque a liberdade de contrato e opinião. A última foi à briga entre militantes no Rio de Janeiro provocado pelo PT do Rio que não respeitou o ato democrático do adversário em fazer campanha em um reduto pró-Dilma. Até uma repórter saiu machucada naquela confusão.


O outro tema é de bastidor. Um estrategista da campanha Roriz conversou comigo ontem e disse-me que a Weslian irá apenas ao debate da TV Globo (o último debate do segundo turno) e que estão preparando um dossiê forte contra a campanha petista em Brasília e que será revelado neste fim de semana e será o tema debatido para a última semana de campanha. Ele me falou que a família Roriz já aceitou a derrota, mas que o Agnelo não terá uma vitória tão simples assim. A articulação girará em torno de Gim Argello.

Fora este fato, flagrei um ato pró-Weslian, utilizando-se do aparato estatal conduzido pelo atual governador Rogério Rosso aqui no Setor Comercial Sul, centro de Brasília. A candidata promete anistia de multas de trânsito a todos os condutores, afirmando que essa indústria não educa em nada e apenas retira recursos do cidadão. Então, nosso excelentíssimo governador mandou sua comitiva de policiais militares aplicarem multas em todos os carros que estacionaram de forma irregular no coração da Capital Federal. Com a multa no carro, quem sabe o eleitor vote em Weslian.

Não sou contra a aplicação de multas, até porque quem as leva sabe o motivo de recebê-las. Mas trabalho aqui tem dois anos e nunca vi uma ação como àquela. As vésperas da eleição, os dias se tornam um verdadeiro vale tudo!

Aqui estão dois centros de opiniões. Em âmbito federal e local o sangue está quente e os candidatos recorrem às baixarias de campanha para fazer o jogo sujo. E ainda dizem que no Brasil a democracia é respeitada. Coitado do povo que não conhece sua soberania!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tropa de Elite mostra o osso duro de roer!

O filme “Tropa de Elite 2” dá um tapa na cara de qualquer brasileiro que tenha decência e vergonha na cara. Todo o organograma do crime foi constituído e as pessoas que me conhece há anos sabem do que estou falando. Sempre utilizei o exemplo das drogas e traficantes do morro como os marginalizados do processo, mas ao se pensar pouco além, chegaremos aos laboratórios e aos atravessadores dessa indústria e isso foi tratado no filme.

Darei um enfoque econômico para este desequilíbrio demonstrado na longa metragem de José Padilha. Imaginemos no tráfico uma economia de mercado e não trataremos aqui pela questão marginal, mas sim pelas premissas econômicas. Toda a oferta é estimulada por uma demanda e isso estimula o produtor a investir em novos processos e ampliar sua produção, já que existe um sistema de preços que aloca este mercado. Voltemos então à economia clássica que reza que a oferta existe devido à demanda.

Quem demandará então? No filme “Tropa de Elite 1” este tema foi amplamente levantado e debatido. A classe média, principalmente a mais alta, é responsabilizada pelo enorme financiamento ao mundo do crime, ao consumir os seus produtos ilícitos, valendo-se de valorizar esta cadeia produtiva. O final disso tudo é mais que conhecido, todos os jornais noticiam mais de uma vez por dia.

Mas agora a trama avançou para entendermos este mecanismo por dentro. O que leva a este fim traumático para toda sociedade? O jogo sujo do poder. Não existe ética e sim interesses. Afinal de contas os agentes vivem de estímulos, mas poderiam ao menos ser sadios?

O fato é que o político mantém a sobrevivência do tráfico para os seus filhos consumirem e receberem de volta o benefício pago por meio da propina, que rendem dividendos políticos e páginas em livros de história. Eles têm o domínio de toda a situação, pois são os poderosos do sistema e com eles vem toda a indústria que alimenta este comércio ilegal. Aos filhos as clínicas de recuperação e aos traficantes os presídios de segurança máxima.

Mas, por qual motivo, razão ou circunstância existe toda essa organização? Primeiramente pelo fato do eleitor brasileiro ter aprendido “educação” em escolas precárias, sem infra-estrutura ou planejamento pedagógico, não ter acesso a bibliotecas e ter que reivindicar qualquer direito em associações de velhos grupos organizativos conhecidos que, em muitos casos, estão como todos os seus dirigentes corrompidos já que o direito a democracia não existe, que é o respeito à minoria, e minam as novas organizações sociais que defendem a liberdade.

Segundo, porque vivemos em um estado grande e que necessita de um pool partidário para garantir que as premissas básicas sociais maquiadas possam ser garantidas e que concentra todo o poder nesses grupos organizados que constituem células na imprensa, em organizações não governamentais, nas igrejas, universidades e por aí vai. Usurpam o verdadeiro poder do povo com mentiras e fantasiam a insegurança, para prometer segurança, a falta de senso construtivo, para prometer educação, as doenças sociais, para prometer saúde, e por aí vão se constituindo falácias e prometendo o céu em tempos eleitorais.

Sabe por que um policial recebe baixos salários? Porque o governo controla todo o sistema para estimular que esses policiais, que realizariam melhores serviços se fossem melhores remunerados, sintam-se estimulados a se vender ao crime e com isso ofertar caos à população que demandará mais ainda serviços do estado, o tornando grande e improdutivo.

Ô osso duro de roer. Enquanto isso, meu amigo, curtiu já o novo pagode ou funk que rola nos morros cariocas? A periferia precisa ser ouvida em suas vozes a falar de bundas e gostosas, criando um verdadeiro desejo sexual na sociedade. Fico então com os meus textos chatos e vamos levando a vida nas palavras de Zeca Pagodinha: deixa a vida me levar!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A sede do poder que enoja


Agnelo não é o meu candidato dos sonhos, ainda mais petista coligado com um partido que sente o sangue do poder de longe e não tem escrúpulos para atingi-lo que é o PMDB. Parece mosca que fareja de longe a carniça. Mas para impedir os gangsteres rorizista, vale tudo!

Mas pela banda podre, mudar o time é a melhor opção para o time perdedor. Afinal, o que é a torcida? Nada! Nesse jogo o time são os partidos e a torcida o povo.

Vamos dá um basta nessas pessoas que transformam o Distrito Federal em curral da própria fazenda, que considera o povo como gado e acham que podem tudo. A política do DF está podre na essência, mas só temos duas opções, e por isso temos que usar o velho bordão do voto útil para impedir a destruição da capital federal.

domingo, 17 de outubro de 2010

Por que a economia brasileira cresceu em curto prazo?

Muitos me consideram chato ao questionar alguns resultados apresentados pelo governo federal em relação à economia atual. Mas, os resultados foram atingidos pela forte intervenção do estado na economia brasileira e eu explicarei o método utilizado pelo governo.

A teoria adotada pelo estado para resultados em curto prazo são as premissas keynesianas. Um aumento no gasto público ou uma redução de impostos, em âmbito de política fiscal, ou uma redução de depósitos compulsórios elevando a oferta de moeda, política monetária, à economia alcança objetivo de curto prazo, e isso foi feito pelo governo brasileiro.

Até aqui tudo bem. O lado ruim desta moeda é o aumento da dívida pública. O governo brasileiro adotou a política fiscal como o norte para sair da crise financeira detectada no ano de 2008 e a considerou uma “marolinha”. De fato foi, em curto prazo, mas por quê? O estado brasileiro consome muito da riqueza nacional e abdicar disso eleva o nível de poupança das famílias e das empresas, que reflete no consumo.

Mas, se o governo tem contratos com os outros agentes econômicos e ele abdica em curto prazo, o que ocorre então? Elevação da dívida pública brasileira, que reflete na alta da taxa de juros, já que o governo se obriga a constituir superávits primários e controla o índice de inflação, necessitando também se financiar para cumprir os acordos. O gráfico abaixo reflete justamente o que estou escrevendo.


Fonte: Ministério da Fazenda

Então, meu caro leitor, não se espante quando o próximo presidente, seja quem for, realizar ajustes fiscais nas contas públicas, diminuir gastos correntes do governo (são necessários e mais que urgentes) e ver programas sociais minguarem.

Serra promete elevação do salário mínimo, décimo terceiro no programa bolsa família e aumento de 10% nas aposentadorias com essa conta pública provocada pelo governo Lula, que agora quer controlar câmbio. São promessas que se transformam em demagogia. Dilma promete ampliar o programa bolsa família, continuar com o estado indutor da economia, elevando os créditos do BNDES a sorteio das empresas que oligopolizam o mercado, reduzindo a eficiência e a concorrência e com certeza manterá essa política que só reflete resultados no curto prazo. Sei não. Está difícil com as duas caras que são apresentadas para a população.

Enquanto isso! Continuo sendo o chato da história. O governo Lula eleva a dívida, gasta mal e aumenta o tamanho do estado, reduzindo eficiência econômica mais tem uma aprovação recorde pelo motivo de programas sociais que poderão minguar em um futuro próximo. É esperar pra ver no que vai dá!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Petrobrás: do povo ou ao povo brasileiro?

Quando os presidenciáveis debatem a privatização da Petrobrás, pergunto-me se ela é realmente ou não do povo brasileiro? Segue a resposta brilhante de meu professor, Adolfo Sachsida, sobre este tema tão regado de falácias e discursos superficiais.

O texto está na íntegra e corresponde a parte grifada.


"Por que a Petrobras não pode ser privatizada?

Vendo o debate presidencial temos a falsa impressão de que a Petrobras é dos brasileiros. Não, não é. Quem ganha com a Petrobras não é o povo brasileiro, quem ganha com a Petrobras são os acionistas da empresa e seus funcionários (que muitas vezes recebem salários muito acima do que seria de se esperar em empresas privadas).

A fala dos candidatos à presidência dá a falsa impressão de que se a Petrobras não pertencer ao governo então a riqueza simplesmente desaparece. Isso está completamente errado. A riqueza não é criada ou desaparece dependendo do status de uma empresa ser pública ou privada.

Privatizar a Petrobras não faz com que a riqueza desapareça, faz sim com que desapareçam os cabides de emprego que são usados como moeda de troca pelo partido no poder."


Podemos extrair desta análise que a Petrobrás privatizada a população brasileira teria realmente o ganho econômico que se espera de um país que paga tributos e espera que o contrato social que o estado se destina a promover seja respeitado ao oferecer serviços públicos com eficiência.

O que vemos hoje é apenas um brasileiro, o senhor Eike Batista, enriquecendo muito com a exploração de petróleo e as principais concorrentes da Petrobrás, as americanas ExxonMobil e Chevron, sendo suas parceiras comerciais na exploração de petróleo e elevando vossas lucratividades.

Se o jogo não é limpo, o melhor caminho é a privatização. O mesmo  ocorrido com a empresa Vale do Rio Doce. Com essa privatização, o Brasil colheu um melhor nível de eficiência produtiva com geração de emprego e renda, melhor capacitação profissional, qualidade em serviço, avanço tecnológico e concorrência com multinacionais em todo o mundo, resultado que espelhou um melhor desenvolvimento econômico. A Vale hoje é desejo de oportunidade de muitos jovens que se inscrevem em seus programas de trainee e buscam melhor qualificação profissional.

Para quem quiser conhecer melhor o trabalho de meu professor, acesse: www.bdadolfo.blogspot.com

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

José Serra desculpe-me, mas vai aprender economia!

O presidenciável José Serra teima em dizer que é doutor em economia, mas qual economia? Pare de dizer que o câmbio é um problema! Hoje ele usou o exemplo da Miriam Leitão para falar com enorme “sabedoria” sobre a política industrial no Brasil. Novamente usando o exemplo do sapato chinês.

Meu Deus do Céu! Pare com essa falácia. José Serra, você não é bom economista nem aqui, nem mesmo na China. Então pare de difamar a classe com falácias. Se o câmbio interfere no mercado de calçados é porque este utiliza pouco valor agregado em relação, por exemplo, a indústria de Tecnologia da Informação, que importa software e que demandará maior valor agregado, gerando novos empregos. O PIB não deixará de refletir isso!

A economia é dinâmica. Este tipo de pérolas utilizadas em seu programa mostra que você quer fazer um governo para os amigos. Pare com isso! É hora de combater essas falácias. Votar no Serra é uma desgraça. A economia não é vista só por uma ótica. Ela tem que ser vista como um todo.

Para quem não sabe o que é taxa de câmbio eu vou explicar. Taxa de câmbio regula a entrada e saída de divisas em um país. O sistema que aloca os preços nesse mercado. Você a utiliza para converter a moeda do país doméstico em moeda estrangeira para comprar benfeitoras fora. Esse sistema existe para melhorar o bem-estar econômico da sociedade. Se o câmbio está desvalorizado, o país tende a exportar mais. Quando está valorizado, como no caso recente, o país doméstico tende a importa mais. É o efeito inverso, mas a economia como um todo não deixa de ganhar.

Então, por favor, candidato José Serra, pare de falar besteira. O câmbio não é problema. O problema está em você falar besteira em vez de responder o que realmente interessa ao verdadeiro desenvolvimento econômico para o povo brasileiro.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma nova variável exógena ao modelo de desenvolvimento

A Ciência Econômica é instigante por natureza. Seus amplos modelos de desenvolvimento proferidos por grandes cientistas como Robert E. Lucas, Milton Friedman, John Maynard Keynes, David Ricardo, Adam Smith, Paul Krugman, John Nash (matemático), Paul Douglas e Charles Cobb (estes últimos eram engenheiros e contribuíram para pesquisas em microeconômicas produtivas), dentre outros grandes nomes da literatura econômica que fizeram ou fazem parte dos estudos dessa maravilhosa ciência se esqueceram de mensurar uma variável nova que só o Brasil conhece e que revelarei a vocês.

Na conjuntura econômica, um bom economista pode recorrer à conta de produção e encontrará, em sua forma geral, a geração da riqueza (variável endógena) na economia, conhecida popularmente como produto, uma identidade com a somatória das variáveis exógenas: consumo (das famílias, governo e empresas), investimento – Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mais Variação de Estoque (VE), gastos governamentais e saldo de transações correntes do país (conta do comércio exterior). Ou seja, o equilíbrio entre demanda e oferta dessa economia. Sendo a demanda a obrigação da oferta, contabilmente revelada pela demanda no lado direito do lançamento contábil como crédito e a oferta no lado esquerdo como débito dessa conta.

Saindo um pouco desse papo economês, pois não quero inventar a roda, instigo os macroeconomistas de plantão a pensarem em uma nova variável exógena que influencia o debate de uma economia forte e pujante que demanda a sociedade brasileira nos próximos quatro anos: o nível de religiosidade do povo brasileiro.

Os economistas recorrem aos cálculos marginais para encontrar a produção ótima que minimiza custos e aumenta o lucro. Essa lógica revela as estratégias das empresas para se desenvolverem e crescerem economicamente. Por exemplo, uma unidade a mais na linha de produção influenciará no nível de custos e lucratividade da empresa.

Os presidenciáveis José Serra e Dilma Rousseff são economistas que pisam em ovos em temas relacionados ao cristianismo ou voltados a religião, como o aborto. A questão para isso é: cada unidade a mais de religiosidade no Brasil, será que os votos direcionados aos candidatos têm retornos de escala? É isso que eles pensam em frações de segundos quando respondem temas dessa natureza. Será se renderá votos ou não?

Estamos com necessidades urgentes a serem executadas nos próximos quatro anos que guiarão o norte do novo estado brasileiro que receberá os dois principais eventos mundiais: as olimpíadas e a copa do mundo. Precisamos de pressa para avançar em projetos de infraestrutura, desenvolvimento econômico, geração de empregos de formação continuada, nível educacional de resultados em escala e saúde como propulsora de bem-estar social. Mas, a agenda dos candidatos à presidência está demasiadamente recheada de temas como o aborto e a dimensão da vida e o quanto a religião influência o brasileiro.

Antes de qualquer comentário sobre se sou a favor ou contra o aborto, deixo claro minha posição: sou totalmente contra. O que pretendo com este artigo é buscar o verdadeiro debate que os candidatos devem ter para assumir um país da grandeza como o Brasil em projetos que elevem o nível de competitividade das empresas, com abertura comercial, avance em políticas públicas que externalize positivamente o ambiente de negócios que fomentam a economia como um todo e que desate o nós que impedem a melhora eficiente das instituições públicas. O tema do aborto pode ser debatido como outros temas que necessitam de atenção, mas não tão especial como ele está sendo tratado. Somos um estado laico e o direito constitucional tem que ser valorizado.

Voltando a religião e seus cálculos marginais, como os candidatos encaram este tema sem que a curva seja decrescente e lhe renda perca de votos? Eu não sei dizer. Nos livros textos de economia essa variável exógena não fazia parte do contexto e não sei como o modelo responderá se essa variável persistir na agenda dos dois candidatos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Dor de cabeça


Reformas urgentes Brasil! Dilma não é essa liderança. Estou cansado de ver a nossa economia ser deteriorada e comemorarmos desenvolvimentos econômicos de curto prazo e não estruturais como esses provocados pelos keynesianos do governo. Temos que mirar no verdadeiro ajuste fiscal de reduzir gastos correntes do governo, criar um estado eficiente e reduzir taxas de juros.

Nossa economia segue derretendo e comemoramos crescimentos temporários e maquiados. Vamos discutir o que realmente interessa e pararmos com ideias vazias. O estado é laico e não podemos mirar apenas na religiosidade para defender a vida. Reformas estruturantes já!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Falácias, falácias, falácias...

Os keynesianos do governo não se cansam de falácias. O caminho agora é controlar o câmbio elevando a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros. Será se é o câmbio o problema? Claro que não. O problema é o governo interventor conduzido pela Vossa Excelência, Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Assistindo as pérolas jornalísticas que analisam política econômica, por exemplo: George Vidor, do Globo News, e Miriam Leitão, do Bom Dia Brasil, propagando essas falácias, fico entristecido porque vendem uma inverdade para população brasileira.

Assisto todos os dias ao jornal Conta Corrente, do Globo News, conduzido pelo jornalista Guto Abrantes e analisado pelo George Vidor (citado acima), contando sempre com a presença de um convidado para avaliar a economia nacional. Na maioria das vezes, os convidados são economistas-chefes de bancos privados brasileiros e, claro, defenderão esta política economia do estado brasileiro. Por quê? Porque são os bancos os maiores ganhadores.

Vamos ao fato. O governo brasileiro é deficitário, ineficiente e gasta mal os recursos públicos que são gerados na economia de carga tributária altíssima para manter três níveis de governos sustentados pelo povo: municipal, estadual e central (união). Como é deficitário recorre a títulos públicos para se financiar (critério abaixo da linha) e eles estão em sua maioria compondo patrimônio dos bancos. Para isso o governo tem que elevar a taxa de juros atrativa que garanta rendimentos futuros a esses agentes. Este é o primeiro ponto.

O segundo fato é que taxa de juros não atraem apenas os bancos e sim investimento externo especulativo. Com o real valorizado e um estado deficitário que paga um valor maior que o resto do mundo pela emissão de seus títulos, os agentes são racionais e buscam otimizar recursos, injetam divisas no Brasil. Como o governo não faz o dever de casa, quer controlar a entrada dessa divisas com elevação da alíquota de IOF. Câmbio é uma medida de preço que controla entrada e saída de divisas, só isso. Ele não é o problema!

Essas contestações geram instabilidade de investimento, elevação do endividamento público e piora na eficiência econômica. Quando o câmbio está valorizado, outras economias ganham com as importações, ampliando a indústria nacional de geração de tecnologia, expande a oferta de bens e serviços, reduzindo os preços e gerando empregos. E não os eliminando, como falou a “sábia” Miriam Leitão está manhã ao telejornal Bom Dia Brasil.

O lance que esses jornalecos só usam a cabeça porque está acima do corpo, mas não pensam holisticamente em ciências economia. Se o mercado de sapatos perde concorrência com os sapatos chineses (exemplo usado pela jornalista), o mercado de tecnologia da informação ganha com a importação de ferramentas de software (para citar um exemplo). Ou seja, novos empregos estão sendo gerados. Para isso a indústria demandará outro nível de qualificação técnica para suportar esta nova economia, com a contratação de engenheiros, analistas de sistemas, etc. O que falta no Brasil é melhorar o nível do processo educacional.

Os agentes são racionais e otimizam suas expectativas. Logo, nada é perdido. O PIB é a apuração da riqueza produzida em um país. Se um mercado está em expansão e outro em crise, o mercado se ajustará, mas não influenciará em curto prazo de tal forma o PIB como o governo e os jornalecos produzem diariamente devido as adaptações normais da economia.

Uma economia de mercado defende o efeito substituição. Vou citar, por exemplo, a indústria do frango e da carne de porco. Quando teve a gripe aviária, o governo tentou por tudo garantir a expectativa das pessoas para consumir frango, mas se esqueceu que a carne de porco gerou os empregos e cresceu quando o mercado de frango passava pela crise. Para efeito no PIB há impactos normais de curto prazo, porque os trabalhadores migraram para outro mercado e passaram por um período de adaptação. Isto se deve ao efeito substituição. Mas em longo prazo a economia se estabiliza.

A oferta e demanda é uma mesma moeda de troca. Os agentes são racionais e só produzirão na medida em que são geradas as demandas. Mas o que vemos no Brasil são ineficiências econômicas geridas pelo governo e não pelos agentes. Se o câmbio está valorizado, os preços nacionalmente tendem a reduzir, e no Brasil ocorre o contrário. Mais uma vez os keynesianos atrapalham a economia de mercado. Que acabem as falácias...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ser liberal

Quando digo que sou liberal é devido as grandes complexidades que existem no Brasil relacionados a legislação e formação de negócios.

Segue uma entrevista fantástica do advogado Rodrigo Alberto Correia da Silva, do escritório Correia da Silva Advogados. Eu acompanhei uma palestra dele fantástica sobre a nova legislação de contratação de serviços por parte do governo. É um excelente pensador.

Aproveito o ensejo e lembro que o governo Lula não facilitou a burocracia. Pelo contrário, aumentou ainda mais!

Bom vídeo a todos e que propunho um ótimo debate sobre o assunto.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ana Carolina símbolo Farias

Muitos acharão o título chamativo e com certeza prestarão atenção em cada palavra escrita. São para essas pessoas que eu escrevo este testemunho. Um retrato real de uma pessoa guerreira, que para indivíduos medíocres que tem um bom poder aquisitivo descreveriam que o futuro de Ana Carolina seria o retrato da maioria das famílias brasileiras pobres que esperam todos os dias ajuda de pessoas de bom coração ou do estado, mas não! Relato um caso diferente da força de vontade a construção de um objetivo de vida.

Ana Carolina símbolo Farias vem do princípio que a família Farias faz o que o nome teima em não seguir. Farias é o tempo verbal no passado, mas o presente é meta e perseverança. Remoto aos tempos de meus pais, que fizeram de cada suor o fruto determinante para que hoje eu possa escrever um pouco dos conhecimentos adquiridos em minha trajetória de vida. Das dúvidas no nordeste brasileiro a formação de engenheiro, meu pai, e psicóloga, minha mãe, bem sucedidos aqui em Brasília.

Aqui transporto uma história recente de mais uma personagem dessa família grandiosa, do qual sou orgulhoso de participar. O nome dessa guerreira é Ana Carolina. De estágio a funcionária, mas não simples assim.

Ela, uma menina de 16 anos com personalidade formada de mulher guerreira, iniciou estágio de ensino médio na Procuradoria-Geral da República (PGR), mas conhecido como Ministério Público, de onde surgiu a devoção e o projeto de vida.

Ana Carolina passou fome e sede e teve que escutar de muitos, que só pensam no curto prazo, que a distância dela com a família para estudar era desculpa em não aceitar as condições de vida que tinha. Quantas injustiças foram cometidas. Morava então na casa de uma amiga na asa norte, carregando consigo a tristeza e a descrença em dias melhores. Ela foi tida em alguns momentos como “péssima” filha que fugirá de sua realidade, sendo que na verdade ela mudaria tudo a sua volta.

Hoje aos abraços e beijos da conquista, ao suor amargo de uma vida sofrida, mas firme como bambu a ajudar sua família, essa guerreira colhe o fruto do esforço plantado. Seus progenitores guerreiros como são, sentiam a falta da filha amada, que processou em sua mente a determinação de se tornar servidora pública da PGR, pois lá gostará de trabalhar e prometeu voltar. Para muitos concurseiros bom salário e uma vida mansa a manter advindas de famílias de classe média em busca da tão sonhada “estabilidade”. Enquanto para Ana Carolina era obsessão. Lá fez amigos e o trabalho a inspirava a ser tão grande quanto o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel.

Faculdade a de fazer, mas como? Primeiro obstáculo a vencer é se tornar servidora pública do Ministério Público aos 19 anos. Quantas incertezas. Ainda mais que a prova será realizada pelo Centro de Promoção e Seleções (CESPE), da Universidade de Brasília (UnB), o tão temido instituto que elabora excelentes provas. E agora? Para Ana Carolina este foi o de menos. O maior obstáculo foi se distanciar da família nos últimos três anos de sua vida para estudar. Tem dificuldade maior do que essa? Ver sua mãe chorando e não poder falar nada porque seus planos vão por água abaixo e ninguém acreditando que você está lutando, batalhando? O conteúdo da prova é o mínimo.

Escreve-se então no cursinho para as provas da PGR e começa a batalha dia-a-dia. A cadeira de estagiária era o sonho da funcionária. Tão cedo começou seu caminho. Um dia fui buscar minha sogra no serviço, o mesmo almejado pela minha prima, e para minha surpresa elas se conheciam. Vi quantos livros carregava e saia do trabalho na asa norte, como recepcionista de uma clínica de saúde, para ir à biblioteca da PGR para estudar. Passarei, era a frase mais anunciada por ela.

Ao desenhar este cenário, você leitor, com certeza, já conhece o final. O Farias está apenas no sobrenome. Ana Carolina passou! Das glórias vividas nas batalhas de cada dia, a guerra vencida com honro.

Agora o próximo sonho é a faculdade de direito e a promotoria. Futuramente mestrado e doutorado para, em fim, torna-se uma excelente professora universitária a ensinar aos nossos jovens que a vontade fala mais que a dificuldade. Que teimar é a maior vitória que ela pode conquistar. Quantas pessoas julgaram-na sem saber? Quantos preconceitos ela passou? Não era hora de desistir, quando de muitas palavras era a primeira a ser lembrada.

Pois bem Ana Carolina, seu exemplo de vida me orgulha bastante. Acreditar em seu potencial foi à melhor condução que teve para atingir o primeiro passo de seu objetivo. Eis de aprender muito com você. Aos seus pais a glória da criação. Devo mostrar-me como exemplo ao ter em sua mãe uma segunda mãe que me ensinou nos meus primeiros passos.

Como diz o trecho da música “Stairway to Heaven” (Escadaria para o Paraíso), da banda Led Zeppelin: “Há algo que sinto quando olho para o oeste e meu espírito chora ao partir...”. Você viu a luz que lhe guiou e chorou muito ao deixar a família, pelo menor espaço de tempo que seja. Siga e você se dará bem! Já mostrou que é capaz e o seu exemplo mostrou que tudo que sonhamos é o que nos faz viver, é o que nos faz lutar. Porque tudo que se quer se tem e nada é preciso para começar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os erros do Lula, Dilma e PT

Cantei a pedra antes das urnas, mas propriamente no dia 24 de setembro (veja aqui). A Dilma foi um erro político do Presidente e do PT. Este foi o primeiro de muitos. Esboço 13 erros capitais que ocorreram no primeiro turno e que levaram ao segundo:

1) A Dilma nunca participou diretamente de uma eleição e não sabia o sabor da disputa. Enfrentar as ruas não é o mesmo do que ser um técnico do governo a assessorar o Presidente e sim a verdade de olhar na cara do eleitor e mostrar o tamanho de sua luta de vida e o que de fato isto influenciará na vida deles nos próximos quatro anos.

2) O Presidente tem esta popularidade não é de hoje. Isto faz parte de uma construção de anos. Lula já disputou cinco eleições e experimentou nas urnas a vontade popular. O desempenho dele se deu de forma orgânica edificada em cada canto do país, com acordos políticos e um amplo apoio social de entidades não governamentais, associações, etc. A própria história do PT mostra isso!

3) A Dilma não é um simpatia natural, mas nem o Serra é. O que conta são as experiências administrativas e o poder de liderança. O alcance da liderança da Dilma está na composição partidária e nos resultados do governo Lula.

4) A Dilma teve que se justificar nos últimos dias de campanha em temas relevantes, como a legalização do aborto e sua cristandade, despertando desconfiança no eleitor em um país constitucionalmente laico, mas socialmente cristão.

5) O Presidente partiu para ofensiva contra a imprensa e não teve sabedoria para compreender que as imagens são editáveis e que podem surtir efeitos negativos, comprovados ao abrir as urnas.

6) O Presidente foi arrogante com a oposição anunciando a extirpação de um partido legalmente constituído tão explorado pela mídia jornalística e que lhe rendeu índices chavistas, não aceitos pela população brasileira. O discurso é regado de ódio contra um expoente democrata Jorge Bornhausen, que há quatro anos deferiu palavras preconceituosas contra o Presidente e seu partido quando disse que eliminaria esta raça ao tratar de Lula e do PT.

7) Dilma não recebe os programas humorísticos de grande audiência como o CQC e o Pânico (para citar dois exemplos). Pode parecer simples, mas o público que os assiste, principalmente o CQC, é muito politizado e que mede na balança os principais presidenciáveis e leva para a urna um acontecimento de momento que o desagrada em certas atitudes dos candidatos.

8) Os votos em Marina Silva eram das pessoas que não queriam o plebiscito anunciado por Lula contra Fernando Henrique e sim que o Brasil não pode ser como uma laranja e o eleitor a faca que separa dois extremos, mas uma pluralidade de ideias e projetos de desenvolvimento nacional.

9) A Dilma tem que mostrar mais a sua cara para população e não apenas  nos avanços do governo Lula. O eleitor vota em projetos futuros e não no que está dando certo. O que tem progresso tem que ser continuado, mas o que não está? Quais são os projetos dos candidatos para mudar este cenário? Como ela abordará temas complexos com as reformas política e tributária?

10) Existe um núcleo conservador no Brasil, que tem muito poder, que estava em campos opostos a Dilma na ditadura militar quando ela não buscou um meio pacífico de democracia, como nos moldes do Lula, Eduardo Suplicy, para citar dois exemplos. Ela fez sua base política no PDT de Brizola e na defensa das lutas armadas. Hoje, muitos a comparam as FARC. Como mudar este discurso? Qual a verdadeira ideologia Dilma que o eleitor votará? Ela deverá responder estas perguntas para garantir segurança ao eleitor no sufrágio universal de 2º turno.

11) O PT se perdeu em buscar uma liderança construída de sua base política compactuada com o grupo político do ex-ministro José Dirceu, que hoje só tem status dentro do partido e não do senso comum. Quem dominará é o Dirceu?

12) O PT coligou-se ao atraso político brasileiro, como os vertentes José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo, dentre outras peças. Além de perder o discurso, o partido da presidenciável aceitou partido que tem como expoente o Tiririca como o mais votado e puxador de votos, até de quadros que considero bons dentro do PT e que possui um discurso político mais coerente.

13) Por fim, o mais grave de todos. Os escândalos de Erenice Guerra e sua família. Como pode a principal assessora da presidenciável constituir uma quadrilha a roubar os cofres do estado? Qual a moral e a ética dessa gente? Viraram discursos apenas? São questionamentos sérios, até porque aqui em Brasília o candidato eleito de maior envergadura proporcional no Brasil, José Antônio Reguffe, venceu por defender a bandeira da ética e a postura positiva que teve na Câmara Legislativa do Distrito Federal ao respeitar a coisa pública, que morfologicamente originou o nome República.

São treze as razões que a Dilma perdeu no primeiro turno, além da arrogância, que deverão ser respondidas neste segundo turno. Os eleitores precisam saber em quem eles estão votando. Até porque o Lula não é Dilma e Dilma não precisa ser Lula para o Brasil seguir mudando, conforme o slogan de campanha.

sábado, 2 de outubro de 2010

A grande família Roriz!

Excelente vídeo. A hora da vitória é agora!
Divulgue aos seus amigos que votam nesse tipo de gente.
Temos que dá um basta na família Roriz!


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Definido os meus votos!

Prezados amigos que me acompanham no meu blog. Hoje abrirei a minha urna e mostrarei os meus votos. Todos foram bem estudados e tenho a justificativa para cada um deles. Segue abaixo com as devidas explicações. Eu não fico em cima do muro.

Para presidente: Marina Silva (43)

Ela está no meio do fogo cruzado da demagogia do Serra e da intolerância da Dilma. Ela não é a melhor candidata, mas tira essa polarização que existe entre PSDB e PT. Meu voto vai para ela porque ela suspira algumas reformas importantes que devem ser executadas no Brasil para funcionar uma economia de mercado que respeite as liberdades dos agentes e conserve a democracia de fato, que é o respeito às minorias (coisa distante da cartilha do PT).

Para governador: Memórias póstumas a Newton Lins (17). Indicativo a Agnelo (13)

Newton Lins foi a minha decepção. O meu voto iria para ele, mas preferiu abster da campanha indicando o voto ao Agnelo. Desta forma, para extirpar a volta da turma de Joaquim Roriz, votarei no Agnelo a contragosto. Sei que a turma dele não é de muita confiança, mas...

Para 1º Senador: Gerônimo (178)

Ele não vai ganhar, mas é de um partido liberal. Tem como companheiro de partido Newton Lins e não faz parte da banda corrupta que se apossou de Brasília nos últimos dezoito anos.

Para 2º Senador: Cadu Valadares (432)

É candidato a senador pelo partido verde e é outro que não vai ganhar. Levará meu voto porque acredito na força da democracia e não podemos aceitar que a Dilma tenha maioria no poder legislativo, não dando espaço para o verdadeiro debate nacional. Não voto nulo porque acredito na instituição do sufrágio universal como direito constituído no Brasil.

Para Deputado Distrital: Wasny de Roure (13222)

Um dos poucos petistas candidatos, pois tenho carinho por alguns poucos da turma de meu pai. Só por isso respeito o PT, por essas figuras grandes que conheço como o meu Pai e o Wasny. Por isso meu voto vai para ele. É uma pessoa ideológica que ainda acredita que poderemos alcançar a democracia de fato, com respeito às instituições e as garantias individuais de liberdade dos cidadãos.

Para Deputado Federal: Reguffe (1234)

Voto pela moralização. Ainda por saber que ele não fez nenhum projeto relevante para o Distrito Federal de uma economia de fato (só apenas em seu gabinete) e que não tem nenhum projeto em mente, acredito que pelo menos ele será um zumbi a incomodar muita gente. Por isso meu voto vai para ele. Mostra-se bastante ético e atuante.

Aí estão os meus candidatos nessas eleições. Em um mar ruim para pescar, os únicos peixes que encontrei foram estes. Deixo em aberto as críticas e sugestões de meus amigos para enriquercermos o debate nesta reta final.