quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2010: conquistas e derrotas; 2011 uma incógnita

Como todos os anos, desejamos feliz ano e nos despedimos daquele ano que fica. O passado é como um tênis que, de muito uso, já não é perfeito em sua sola, os cadarços já estão encardidos das vezes que pegamos chuvas e foram secados pelo sol.

Mas, com o espírito renovado, no próximo ano nos esquecemos das pequenas coisas que fizeram nosso tempo evaporar, de tão pequeno fora nosso sentimento. Mas, algumas conquistas jamais serão esquecidas e sempre serão lembradas.

Neste ano eu me casei, jurei amor eterno a minha esposa, cultivei minha nova cria: a minha filha Lívia que está por vir, eu me graduei em ciências econômicas (hoje me dando ao luxo de falar que sou economista e partindo já para voos maiores). Há quantas alegrias me foram reservadas neste ano de 2011, até que...

Meu pai... Oh, quanta saudade! Ele se foi quando menos eu esperava. Foram tantas transformações em minha vida. Tantas alegrias e bênçãos de Deus no meu caminho trilhado e ele foi se despedir no melhor da festa? Por quê? É a pergunta que um dia terei a resposta, mas não agora. No momento ficarei com minhas crenças e buscar o entendimento junto com a natureza, já que a vida é um equilíbrio.

Em 2011 novos textos surgirão. Bons ou ruins, eles estarão aqui nesse blog para serem criticados, elogiados e melhorados, tudo dependendo da participação do meu leitor.

O que lhe desejo não são todos os dias de alegrias, pois a tristeza tem que existir para você perceber que nem tudo na vida é glória. Que ganhe dinheiro e que aprenda que receber é bom, mas reconhecer é melhor ainda. Você não alça sonhos sozinhos. Eles são feitos de uma turbina de emoção e um elo entre todas as partes que compartilham contigo o mesmo anseio e desejo. Saiba reconhecer a participação de todos, para não perder seu maior patrimônio: amigos. Eles fazem toda a diferença. A família deve ser muito valorizada, já que ela lhe entende (descontando às vezes que acontece um atrito, faz parte do jogo e o resultado é muito melhor do que um dia na tempestade). Deus acima de tudo. Ele é aquilo que você acredita, pois não existe vitória sem a força interior. E, antes de finalizar, não se esqueça de uma pessoa importante: VOCÊ. Nada melhor do que contemplá-lo. Pois, afinal, você faz toda a diferença nesse mundo e você pode fazer a sua revolução dá certo, só basta acreditar.

Despeço-me com o agradecimento de sua participação e lhe desejando o melhor que escolher para 2011. Suas forças serão renovadas e novas verdades lhe surgirão. Aprenda a conviver com você mesmo. Forte abraço!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Criei um novo canal de debates

Articulei com dois amigos meu, formados em matemática, a criação de um novo blog para discursão. Indico a todos que quiserem conhecer novos trabalhos que serão formados pelo trio parada dura: Eu, Leonardo e Wesley. Para isso, basta acessar o seguinte endereço: http://economiaematematica.blogspot.com

Assim como vocês me ajudam na melhorara de meu poder de argumentação e nas minhas análises, vamos enriquecer este novo canal de informação.

O espaço é de todos e muito obrigado pelo apoio!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coisa que não dá para entender!

O governo criou o programa “Minha Casa, Minha Vida” para aquecer a economia, visando à demanda agregada para fugir da crise de 2008, e inseriu famílias de baixa renda com elevação dos créditos bancário para financiamento da casa própria.

Você, leitor, sabe de onde vem os recursos para financiamento da casa própria? Da poupança. Ou seja, o próprio pobre financia sua casa ao investir em títulos de baixa rentabilidade e alto grau de segurança. Por que então o governo controla a poupança quando ela se torna mais atrativa? Devido à migração de grandes investidores, caso esse investimento seja mais rentável do que outros títulos de renda fixa, como por exemplo, os Certificados de Depósitos Interbancários (CDB’s), o governo então inibe que a taxa de retorno do investimento em poupança seja mais atrativo e o investidor, detentor de capital, não se sente atraído nessa transação. Uma forma de controle é inserindo alíquotas de imposto de renda antes não praticada nesse tipo de investimento em canais acima de R$ 50 mil.

Para quem não sabe, a poupança é paga por uma taxa referencial, conhecida como TR, mais disponibilidade interna, perfazendo por mês uma taxa de juros algo em torno de 0,55%, totalizando ao ano 6,80% de rentabilidade.

Agora eu que não entendo. O governo incentiva as famílias a comprarem casa e reduzem a fonte que financia o maior projeto de moradia vendido pelo governo. Vai entender essa conta. Esse é só mais um dos vários problemas que teremos pela frente. Quem acaba sofrendo muito é o pobre que investe e recorre aos mesmos recursos de seu investimento (e mais caro do que está recebendo) para comprar a tão sonhada casa. É assim que começam as bolhas. Que coisa não!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pensar no social é pensar no consumidor!

O governo Lula, em oito anos, favoreceu amigos e alguns produtores brasileiros, em detrimento do bem estar social, e qual é a consequência dessa escolha? Redução da oferta, pois não estimulou a competitividade; aumento dos gastos do estado, para atender a grande demanda agregada (ficando suscetível a choques); inflação, já que continuamos com problema de oferta e o governo continua incentivando setores que sempre são estimulados; e escassez de mão de obra para agregar a produção, a geração de emprego e ampliação da renda.


Enquanto os economistas do governo não mirarem o consumidor nacional, não teremos democracia e desenvolvimento. Guido Mantega mais quatro anos? Coitados de nós brasileiros!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma aula sobre liderança e talento

Esta música é fantástica e o clip mais ainda. Ela se chama Alexander The Great, da banda inglesa Iron Maiden. Conta a história do Rei da Macedônia Alexandre, que pela humildade de seu exército, mas a grandeza de sua liderança, tornou-se invencível. São dois talentos em um só: a banda e a própria história de Alexandre, O Grande!


Resposta aos senhores parlamentares!

Ontem a Câmara dos Deputados, casa parlamentar que representa o POVO, aumentou vossos salários acima dos rendimentos de qualquer trabalhador normal, ou seja, acima do ganho social do povo.

Quanto mais as pessoas sérias desse país (cientistas sociais, intelectuais, classes organizadas, etc.) rebatem os argumentos de vossas excelências e elencam que os gastos do estado estão acima do desejável, os nossos representantes, que vivem em outro planeta, elevam os gastos com aumento dos próprios salários.

Para eles eu deixo um recado.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A diferença entre o capitalismo e o socialismo

Chamou-me atenção o fato de Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, ser escolhido a pessoa do ano de 2010 pela revista norte-americana Time. Ele é o segundo jovem a ser premiado por esse editorial.

Lendo a matéria, deduz-se a diferença clássica entre o capitalismo e o socialismo. O capitalismo respeita as liberdades de escolhas, a imaginação, a criatividade do indivíduo. Na medida em que a pessoa se torna relevante, ela recebe prêmios que os incentivam para continuar agindo em prol de um bem social maior do que suas conquistas individuais.

Já no mundo socialista, o que ocorre? Os grilos cantam quando busco na memória alguma forma de reconhecimento a melhor medicina preventiva do mundo que as pessoas que tornaram isso nada ganharam devido ao governo autoritário de Fidel Castro. Ninguém vós reconhece porque o regime é socialista/comunista.

Fico triste com as pessoas que criticam o capitalismo sem saber o real motivo das críticas. Quem as criou querem defender o seu espaço em detrimento do todo. O capitalismo é feito de escolhas. Têm-se agentes que não são bens sucedidos no sistema. Para perceber isso é só realizar uma reflexão e perceberá que os problemas estão mais presentes nessas pessoas do que em outras variáveis. Muitas não buscam mudar o meio em que vivem e culpam todo o sistema pela sua falta de sucesso. Os prêmios serão entregues aos que conquistarem e não àqueles que caírem de pára-quedas sem saber o que estão fazendo ali.

A liberdade é sua e você tem todo o direito de saber o que é melhor para você! Não joguemos nossas responsabilidades em Deus, no estado, na religião, família e/ou amigos. Façamos nós mesmos e teremos a mesma glória dos grandes líderes e relevâncias mundial. Quantos Marks Zuckerbergs há em você? Pense e reflita, faça por onde antes de reclamar.

O socialismo pune sua liberdade e por mais que você seja um diferencial você será punido pela vala comum. No capitalismo você colhe prêmios. É só fazer por onde e será valorizado. Pense nisso antes de criticar. A culpa não é do sistema, antes de culpá-lo pense o que você faz para torná-lo diferente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O portal da cidade de Aracruz aprovou meu artigo

Escrevi em artigo recente que foi publicado no Web Artigos. Um portal da cidade de Aracruz, no Espírito Santo, o aprovou e publicou na sessão de economia em seu portal. Clique aqui quem quiser acessar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Apêndice do artigo: a inflação e a demanda interna

Para quem gosta de matemática mais avançada, fiz uma análise do meu artigo anterior. Eu mesmo montei o exemplo e apliquei a teoria economia.

Deixo em aberto para críticas e sugestões. Afinal de contas, eu não sou nada sem a vossa opinião.

Os cálculos estão disponíveis em versão PDF (clique aqui para baixá-los).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A inflação e a demanda interna


Conversava com um ilustre economista um dia desses e debatíamos o problema econômico enfrentado atualmente pelo Brasil. Na conjuntura mundial atual vivemos uma “guerra cambial” provocada, como afirmam alguns especialistas, pelas moedas Yuan e Dólar estarem desvalorizadas. Vamos entender o motivo de ocorrer isso e o seu impacto direto nos preços domésticos brasileiros utilizando à microeconômica.

A economia é interagida pelos meios de trocas. Imaginemos dois países que produzem o bem minério de ferro e computador. Ambos são dependentes desses bens e criam mecanismos para elevar a produtividade, só que a particularidade de cada país torna o país mais produtivo em um dos bens, demandando o excedente por meio de relações comerciais entre eles. Agora aplicaremos como premissa básica que as importações e exportações líquidas desses países estejam equilibradas no início de nosso exemplo. Na economia de equilíbrio existem várias teorias que remontam o que descrevi acima como o modelo Heckscher-Ohlin e/ou mesmo o modelo clássico de vantagens comparativas, proposto por David Ricardo, dentre outros.

Como os economistas vivem de hipóteses, aceitaremos para o modelo proposto as seguintes afirmações: o país A é mais produtivo que o país B em minério de ferro, enquanto o inverso é conhecido para o bem computador; para cada produção de computador é necessário 1.000 kg de minério de ferro; só existem esses dois bens como meio de troca; a equivalência em produção de computadores do país B em relação ao A na mesma quantidade de horas trabalhadas é na paridade 3 para 1; e, por último, que o país A produza na mesma quantidade de horas trabalhadas quatro vezes mais minério de ferro do que o país B.

Diante dessas informações teremos a seguinte conclusão: em quatro horas de trabalho o país A produziu 16.000 kg de minério de ferro e quatro computadores; enquanto o país B produziu 4.000 kg de minério de ferro e doze computadores. Agora coloque a mesma quantidade populacional nos dois países. Se cada pessoa demandar computador e no momento de nossa contagem existir 100 pessoas em cada país, duzentos computadores deverão ser produzidos para atender toda a demanda, não existindo excedente ou escassez desse bem.

Para a economia fluir no equilíbrio, usarei uma matemática simples e didática. Chamarei de X o bem computador e Y o bem minério de ferro. Diante dessa análise teremos a seguintes expressões:

Demanda do país A: X + 4Y = 100
Demanda do país B: 3X + Y = 100

Fazendo as contas teremos que X = 300/11 e Y = 200/11. Analisando esses resultados perceberemos que X é maior do que Y em 100/11 unidades. O que concluir disso? Que a demanda é maior para computadores do que para minério de ferro. Daí que surge o problema!

Como o mundo demandará mais computadores, este, portanto, valorizar-se-á no mercado e agregará mais serviços que influenciam na sua produção em detrimento do minério, que é apenas um insumo a mais na confecção de um computador.

No segundo momento o país A perceberá que produzir computador é um bom negócio e incentivará seu país, distorcendo toda a relação comercial que estava em equilíbrio, aumentando a oferta de computadores inferiores em relação aos que são produzidos no país B. Este último perceberá que a oferta de minério diminuiu na medida em que o país A demandou mais tempo para produzir computadores, elevando os custos e, consequentemente, o preço final do bem. Ou seja, pela obsessão do país A, a economia sai de um nível de bem-estar social equilibrado para uma marginalização social. Os países estarão piores.

O que tiramos dessa análise? Que o olho grande desequilibra e diminui a riqueza dos países. A China tem bens inferiores que muitos países no mundo, principalmente os que são ofertados pelos europeus, japoneses e americanos, mas mantém sua taxa cambial desvalorizada (política de câmbio fixo) para ofertar ao mundo produtos de baixa qualidade. Com as elevadas importações de produtos chineses ao resto do mundo, a sua economia doméstica fica totalmente vulnerável por pressões inflacionárias e desequilíbrios fiscais, aumentando o controle estatal, principalmente na administração de preços de bens ofertados à demanda interna daquele país.

Os Estados Unidos produzem bens desde os primários aos de altas tecnologias. Eles são a principalmente economia mundial. O PIB americano corresponde a 1/4 da economia do resto do mundo. Eles sofrem atualmente com a deflação doméstica e índices inflacionários no momento seriam bem sucedidos e também a abertura do país ao turismo. Diante disso, eles elevam a oferta de dólares pelo mundo, desvalorizando sua moeda, para ganhar em competitividade e atratividade, com vistas à recuperação de sua economia doméstica. Só que no momento o seu principal oponente é a China.

Diante dessa conjuntura, o que o Brasil tem a ver com isso? Tudo! Somos uma economia emergente e nossos bens vão de comuns (commodities) a de baixa qualidade ou artesanal. Competimos mercado com os produtos chineses e perdemos em competitividade na conjuntura atual. Não produzimos bens de alta definição tecnologia que nos coloque em posição de destaque aos olhos do mundo. Como commodities é o nosso principal mercado, com a elevação na oferta de dólares e o câmbio desvalorizado, fora os fatores climáticos, subiram os índices de preços domésticos, principalmente os não administráveis, como salão de beleza, restaurante serve service, por exemplo, que não são competitivos com bens importados, elevou os custos dos serviços impactando indiretamente no IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo – índice oficial de inflação), além dos combustíveis, que por serem commodities e está supervalorizado atualmente estimaram os custos logísticos das empresas.

Conversava com esse estimado economista e ele me disse, e concordo com ele, que o nosso principal problema é de oferta e não de demanda. Só vermos o crescimento populacional  de 1970 pra cá, quanto o Brasil tinha uma população na faixa de 90 milhões e hoje tem 100 milhões a mais, ou seja, mais que 100% de crescimento em 40 anos. Diante disso, o governo gerou algumas benevolências que ampliou a demanda agregada e não incentivou o aumento da oferta (fazendo a reduzir ainda mais com a geração de oligopólios com captações de empréstimos no BNDES) provocado por políticas fiscais tortas, principalmente no governo Lula. E a presidente eleita ainda mantém o Guido Mantega, o causador de todos os nossos males, mais quatro anos no cargo.

A “guerra cambial” não é culpa da economia de equilíbrio racional, mas sim do simples desejo de quando a farinha é pouca, o meu pirão primeiro. O desejo da ganância política, que se pode dizer assim, é a geradora dos desequilíbrios econômicos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Arte da Guerra e o confronto carioca

O general chinês Sun Tzu escreveu uma verdadeira obra que lidera qualquer cabeceira e nos ensina a arte de uma guerra. Podemos utilizá-lo no dia-a-dia e entender fatos recorrentes quando defrontamos com situações de conflito.

Em uma de suas passagens, mas propriamente no terceiro capítulo que diz sobre as estratégias de luta, Sun Tzu diz:

“Na prática da arte da guerra, a melhor coisa é render o país inimigo, inteiro e intacto; não é benefício danificar e destruir. Portanto, da mesma maneira, é melhor capturar um exército inteiro do que destruí-lo, capturar um regimento, um destacamento ou uma companhia inteira e não destruí-los.”

Traduzindo essa escrita, o exército dominador não pode acabar com o inimigo senão você estará fadado ao fracasso na operação, já que demonstrará arrogância e provocará a irá do derrotado.

Outra passagem trás a seguinte leitura: “vencerá aquele que souber quando lutar e quando evitar a luta”.

Dentre estas e outras afirmações, podemos comparar à operação no morro do Alemão as escritas antigas desse grande sábio. Será que os governantes e as forças policiais e militares estão bem articuladas para vencerem esse crime especificamente?

A lei do valor reza que a geração da escassez torna o bem mais valioso. Quando mais presente for o bem, mais comum e menos valorizado ele se torna. Dessa forma, ele deixará de ser único e será aprendido pela concorrência, prejudicando sua qualidade e facilitado suas estratégias de disputa.

O que quero dizer com isso? A imprensa apresenta todos os dias às operações militares para combater o tráfico, com entrevistas e vídeos motivadores do BOPE, apresentando a estratégia de ação contra os bandidos no complexo do Alemão.

Bandido não é burro e não dorme, já que qualquer hora seu reino poderá ruir. Eles estão de olho em cada passo dado pelos militares para combatê-los e estão articulando pela dissimulação para iludir as autoridades e se equipar e preparar para o fortalecimento e novos combates.

O tráfico não acabou com essa operação. Os bandidos apenas mudarão de endereço e os que foram presos e morreram terão substitutos tão logo essa história esfrie e a imprensa deixe a retórica do caso Tim Lopes no esquecimento e na memória.

Não estou aqui condenando o combate. O que relato é que está faltando mais sabedoria e sobrando emoção na operação que comove a todos que assiste pela imprensa a espera de uma nova reportagem que traga a história da conquista do morro pela polícia e os relatos dos moradores da comunidade com sede de esperança e dias melhores.

Três ditos populares são propícios ao momento: 1) “Quem tem pressa compre cru”; 2) “Não confie na sorte. O triunfo nasce da luta”; e 3) “Cautela nunca é demais”. Portanto, conquiste o território e ensine a comunidade outra verdade. Mas não force uma mentira como se fosse a única saída. Anos que a comunidade vive no marasmo e chegou à hora de conhecer o outro lado da rua. Não é momento de vacilo, autoridades!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Atenção, atenção população! Podemos esperar mais corrupção

Não estou prevendo o futuro, mas se fizermos uma regressão na história perceberemos que a corrupção se inicia nas campanhas.

Diante disso, o PT deve R$ 27,7 milhões da campanha de Dilma Rousseff e a de José Serra deve R$ 9,65 milhões. Ambos foram presidenciáveis até um mês atrás. Como serão pagas essas contas?

O PT ganhou o governo federal, logo… enquanto o PSDB ganhou oito governos estaduais, então…

Já conhecemos a história de José Dirceu e companhia e Arruda e companhia. Então, meus amigos, o que pode ocorrer nos futuros governos? Não sei de nada, mas se tiver corrupção lembrem deste artigo e não digam que não avisei!

Governo Federal e suas economias distorcidas

Em artigos anteriores eu proferi um verdadeiro ataque ao estado brasileiro pelas distorções econômicas e as mentiras que os governantes vendem para “tranquilizar” a população que a economia vai bem e os direitos dos cidadãos são respeitados. Vou apresentar duas formas que o governo reduz o bem-estar social e você, meu caro leitor, está sendo enganado por não entender com afinco uma economia de mercado.

O governo editou a Medida Provisória nº 495/10 que modifica a lei de licitações. Essa medida diminui a competitividade e torna os serviços para a população mais caro e ineficiente. Nela, as empresas de produção nacional têm direito em relação à concorrência que utiliza tecnologias externas e que tem um nível eficiente melhor porque não tem 100% de produção nacional. Os preços dessas empresas nacionais, meu amigo, podem ser até 25% mais caro do que uma empresa que oferta melhores serviços e é extremamente mais barata.

Segue dois links para você se ambientar melhor com o assunto lendo os artigos de um excelente advogado que participou do trâmite do processo. Clique aqui para acessar o primeiro artigo e aqui para acessar o segundo.

Essa medida já foi aprovada na Câmara dos Deputados (onde o governo tem a maioria esmagadora e manipula todos com emendas parlamentares). Você sabe o que acontecerá com você se essa lei for aprovada no Senado? Eliminará mais ainda o seu bem-estar. O governo tem em mente ajudar o produtor nacional e não o consumidor. Esse quem deve ser valorizado com bens de melhores tecnologias e mais baratos.

A segunda questão que eu coloco também cabe ao assunto anterior. Mostra novamente como o governo distorce o bem-estar social e enriquece empresas ineficientes que mantém lobby com o estado e se locupletam a custa da sociedade.

O governo brasileiro, para manter a produção nacional ineficiente, prefere comprar armamento destinado às polícias militares de menor tecnologia no Brasil, que utilizam em combate contra os traficantes, do que armamentos mais baratos e melhores (que são utilizados em muitos casos pelos bandidos) vindo de empresas estrangeiras.

Mais uma vez o governo distorce o bem-estar social ao enriquecer certas empresas, protegendo-as com leis que criminaliza o mercado, impedindo que o cidadão brasileiro tenha melhorias em sua vida ao pagar menos impostos e ter um estado mais eficiente.

Esse é o estado brasileiro, sendo conduzido pelos petistas, comunistas, esquerdistas e peemedebistas, que eliminam a eficiência econômica e distorcem a lógica da economia. Depois vão falar que as crises são criadas pelos agentes privados, colocando mais culpa em vossas liberdades e elevando mais ainda a ineficiência dos agentes governamentais.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mirar em bandidos marginais é fácil. O buraco é mais embaixo!

Todo mundo acompanha ultimamente o que está acontecendo no Rio de Janeiro. O que analiso disso tudo é que matar os bandidos marginais é mais fácil para o governo do que interromper de fato esse círculo de crimes.

O tráfico não acabará com a morte desses bandidos, apenas será uma resposta à sociedade que todo sistema está sobre controle, quando não está.

Não estou defendendo os marginais que pegam em armas e colocam em risco várias pessoas que estão às margens da sociedade e que não tem um amparo social digno do estado e dos agentes privados. Coloco em questão os filhos das classes sociais dignas que financiam esse crime e que estão em clínicas enquanto os "imundos" estão em Bangu cumprindo sentenças máximas.

Coloco aqui o questionamento: as Unidades de Polícias Pacificadoras, as UPP's, constituem progresso social e econômico para as pessoas simples e inocentes quando o estado ocupa o território? As famílias estarão mais seguradas com a ação do estado? O crime será combatido de fato e de direito que constitua uma sociedade pacífica e livre?

Acabar com o crime é eliminar a indústria e não os operários chãos de fábrica que opera para os capitalistas do tráfico preexistir nesse crime.

O buraco é mais embaixo e o endereço é outro e não somente os morros!

Clique aqui e veja o que acho desse assunto com mais profundidade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que fez o governo mudar de discurso?

Capa do jornal Valor Econômico de hoje (25/11/2010) mostra a “nova” equipe econômica do governo Dilma Rousseff, formada por: Miriam Belchior, a nova gerente do PAC e que levará o programa para o Ministério do Planejamento; Guido Mantega, atual ministro da Fazenda que aprovou vários empréstimos do Tesouro ao BNDES; e Alexandre Tombini, atual Diretor de Normas do Banco Central e será conduzido à Presidência do órgão. Todos com o discurso bem afiado que é da austeridade fiscal.

Inicialmente a minha mira estará para os ministérios do Planejamento e Fazenda, devido ao estilo dos novos gerentes. O novo presidente do Banco Central será poupado dessa análise, devido ele ser a única “cara nova” da equipe econômica.

O que seria austeridade fiscal para o ministro Guido Mantega e para Vossa Excelência Miriam Belchior? O primeiro elevou o endividamento do estado brasileiro de uma forma pouco racional. Empréstimos aprovados que migraram do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que foram aportados por grandes empresas para financiar “novos” negócios de incorporação, com taxas subsidias, que oneram a população e desviam o mercado, reduzindo a competitividade. A segunda porque não tem um plano coordenado eficiente de progresso econômico com as obras do PAC. A construção do trem bala é um péssimo exemplo de que a condução desse programa está mirando nos focos errados de evolução econômica.

Estou me tornando chato ao repetir a mesma ladainha de sempre por culpa do governo central. Todo economista sabe que a economia gira como moeda de troca, ou seja, que toda oferta cria sua demanda ou a ordem inversa. A diferença entre os pensamentos econômicos é que a escola clássica reza que a oferta gera a demanda ao produzir produtos e competi-los no mercado, tendo como meta a maximização dos lucros, enquanto a demanda nasce com a função utilidade do consumidor sobre os bens ofertados em cada economia. Então o consumidor tenderá maximizar sua utilidade. Desta forma, avalia-se que a oferta gera a demanda em um sistema de preços de equilíbrio que alocarão esses produtos.

Noutro extremo surge a escola heterodoxa, conhecida como pensamento keynesiano, que acredita que a existência de estímulos governamentais elevará a demanda agregada equilibrando a economia no curto prazo entre oferta e demanda de bens produzidos. Aqui é onde surge o problema maior. Essa escola eleva o endividamento do estado e os dois ministros são keynesianos.

Quando surgiu a crise econômica de 2008, os gastos do estado, sem especificação de receita e tratada por regime de caixa, foram avançados, principalmente com custeio. A elevação de salários públicos e os programas de incentivos sociais, tipo Bolsa Família, foram fatores incoerentes que se apresentaram em tempo de crise. Será que eles acreditaram que a função consumo representada no cálculo do Produto Nacional Bruto (PNB) tinha que ser mais valorizada que outras variáveis como o investimento, por exemplo?

A primeira medida foi aumentar os gastos com custeio do estado e diminuir tributos a setores sorteados e não para economia como um todo. Os concursos públicos foram mais que duplicados, sufocando ainda mais as contas do estado. Quero deixar claro que não sou contra a contratação do estado desde que exista a finalidade para tal. Temos que ter em mente que a contratação de funcionários públicos gera custos contínuos, impactando no fluxo de caixa do estado cada vez mais crescente. Para isso, deve-se ter uma política coordenada e atividades estratégicas contempladas que valorize o bem-estar social com respeito à liberdade de mercado e corrigindo suas falhas.

Não acredito que esses dois ministros atingirão a ótica de uma economia pujante, com austeridade fiscal e sustentabilidade na economia do estado, equilibrando receita e despesa governamental. Vocês acreditariam com um histórico como esse apresentado acima? Eles querem corrigir o problema que eles mesmos criaram. Como pode agora o criador eliminar a criatura a não ser com a morte? A população brasileira que deveria ser a maior interessada nessa questão não gostar de discutir temas político ou econômico e ficam a ver navios com temas como a volta da CPMF ou elevação da taxa de juros devido a fatores inflacionários, achando tudo tão normal. Pagar a conta agora virou tema simples para o Brasil.

Pense bem! Você já viu algum alcoólatra ou dependente químico ao deixar de “sê-lo” depois de um tratamento não sofrer de abstinência ou voltar para o mesmo circulo do vício? A abstinência é a economia brasileira ou a volta de mais políticas keynesianas para destruir de vez o que já está destruído: o estado de bem-estar social brasileiro.

Depois não me venha dizer que não avisei que o causador das crises é o estado que interfere nas liberdades dos agentes econômicos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Governo Federal não realiza o dever de casa

Como o governo federal não realiza o dever de casa, que é a elevação na meta de superávit primário para diluir a dívida pública, fator gerador de sobras orçamentárias para investimento e redutor da taxa de juros, provocará novas distorções no câmbio e reduzirá ainda mais a folga fiscal que desonera o setor produtivo para recuperação da indústria nacional, aconselho, meu amigo, a investir em títulos pós-fixados, principalmente os atrelados a SELIC, conhecidos como Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

Eu explicarei melhor o parágrafo anterior. Com aumento dos gastos públicos (pequena parcela será destinada para investimento), a promessa do governo federal em reduzir os juros se torna escassa. Desta forma, a valorização do câmbio é uma tendência, forçando a intervenção do governo em elevar as alíquotas de IOF em rendas fixas de curto prazo. Outro fato é a perseguição do centro da meta inflacionária nos moldes atuais de 4,5% ao ano, razão que justifica uma taxa de juros ainda mais elevada devido à inflação das commodities, já que o dólar está desvalorizado frente outras moedas, principalmente dos países emergentes como o Brasil.

A manutenção de Guido Mantega a frente do Ministério da Fazenda é um prejuízo social em longo prazo. Ele é um desenvolvimentista a moda antiga, que reduz a austeridade fiscal, elevando os dispêndios dos gastos públicos (de forma errada, já que tem elevado os gastos correntes) e não tem meta para um ajuste fiscal equilibrado.

Portanto, após essa análise conjuntural, percebe-se que se elevarão os gastos com custeio da máquina pública (contratação desenfreada de servidores públicos para vários elefantes ministeriais, por exemplo), reduzindo-se a meta primária forçada no Orçamento Geral da União (OGU), resultando no aumento no endividamento do estado. Surge outro problema caso o governo eleve o financiamento estatal com divisas, principalmente em dólar. Quando se der a valorização desta moeda teremos uma política restritiva em longo prazo.

Que comecemos a respeitar a equivalência ricardiana para não sofrermos depois com crescimentos pífios e aumento nas alíquotas tributárias brasileira. A sociedade padecerá pela escassez de produtos, fator gerador da elevação nos preços praticados no mercado pressionando ainda mais a meta inflacionária e a elevação da taxa de juros, respigando principalmente nas economias marginais, que perceberão suas lucratividades reduzidas, impactando em novos investimentos (se não quebrarem pelo aumento nas obrigações tributárias), secando a fonte geradora de poupança doméstica, afetando a camada mais pobre da sociedade.

Depois os esquerdistas falam que sou pessimista e culpa-me pelos meus argumentos em defender a lógica do mercado. Não é o mercado o causador das crises. É só fazer um esforço e avaliarão que o inimigo é outro: O ESTADO.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Artigo publicado

Prezados amigos,

Escrevi um artigo sobre o impacto de políticas macroeconômicas na economia local do Distrito Federal.

O artigo foi aceito pelos editores e encaminho o link para quem quiser ler.


Obrigado a todos que me apoiam!
Sérgio Ricardo

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Se os preços das passagens de ônibus fossem flexíveis, melhoraria o sistema?

Muitas pessoas discutem o motivo do transporte público urbano das grandes cidades serem de péssima qualidade. Esse tema é instigante e chamou a minha atenção hoje por várias razões que revelarei aos meus amigos leitores logo abaixo.

Assistindo ao Bom Dia Brasil, deparei-me com o comentário da “sapiência” na área econômica, Miriam Leitão, comentando reportagem que tratava de empreendedorismo e que acabará de apresentar a vida de uma mulher que utiliza três ônibus para ir de sua casa ao trabalho, acordando todos os dias às 03:30 hs da madrugada para chegar ao serviço às 06:00 hs. A conclusão proposta pela jornalista é que o governo melhore a oferta de ônibus para suportar a demanda de trabalhadores que utilizam rotineiramente esse serviço público.

Sendo o transporte público rodoviário uma concessão do estado à iniciativa privada, o governo deveria fiscalizar os serviços e cobrar das empresas que operam no setor a ampliação das frotas e a melhora na qualidade dos serviços.

Olhando pela ótica da teoria econômica, o que acontece com este mercado para ele ser tão ineficiente? É o que pretendo responder ao utilizar a visão ortodoxa da economia clássica.

A questão intrigante é que os preços desse mercado não são flexíveis. Mas, de quem é a culpa? Do governo. Por quê? Porque ele transmite a concessão à iniciativa privada e define as estratégias desse mercado, com a ameaça de intervenção quando o setor não é eficiente para a população. Duas formas de coação são o controle de preços e a pressão sobre a produtividade dos trabalhadores nessa economia.

Se o governo abrisse processo licitatório para contratar empresas que ofertam melhores ônibus e retirasse o monopólio das organizações que atuam há mais tempo no mercado e já se “acostumaram” com os ganhos em um mercado fechado com poucas empresas atuando, diminuindo a oferta de bens e serviços, resolveria parte do problema.

Se os preços fossem determinados pelo mercado e o governo fosse mais ágil no processo licitatório, o que ocorreria? Inicialmente os preços aumentariam, afetando diretamente os rendimentos do trabalhador. Como preço é um fator atrativo de mercado, outras empresas se interessarão por participar do processo licitatório e ofertarão novos ônibus. Com a demanda reduzida e com uma oferta maior de transporte rodoviário, os preços tenderão a reduzir para atrair consumidor, elencando então a uma trajetória de equilíbrio entre oferta e demanda.

Recapitulando: o governo flexibiliza o preço da passagem de ônibus e abre processo licitatório para novas empresas atuarem nesse mercado. Os preços inicialmente aumentarão, elevando as expectativas de novos empreendedores nessa economia. Dessa forma, as empresas que estão no mercado melhorarão a oferta de bens e serviços (aumentando a quantidade e a qualidade dos ônibus com melhores tecnologias para operarem no mercado), reduzindo-se os preços, por fim, para buscar a demanda perdida com o aumento inicial nos preços das passagens.

No final das contas, o mercado estaria com uma oferta melhor de ônibus qualificados e aprovados pela população e em um nível de preço equilibrado, de acordo com a oferta e demanda de bens e serviços rodoviários.

Outra forma de diminuir a demanda por transporte público é descentralizar os grandes centros urbanos, que contratam trabalhadores em toda a cidade e em suas regiões periféricas. Se ampliarmos a oferta de bons empregos em cidades circunvizinhas às grandes metrópoles, diminuiríamos a quantidade de mão de obra nos grandes centros urbanos e descentralizaríamos a produção, pois a maioria da população de uma metrópole é residente de regiões distantes. O resultado desse contexto é a geração de renda e emprego à população como um todo.

Resumindo: é fácil resolver o problema. Para isso acontecer, a vontade política tem que existir e a população aceitar o desafio. No primeiro momento haverá uma piora no bem-estar social, mas os retornos futuros serão garantidos em médio e longo prazo. O lance que o governo não joga limpo e condena os empresários, como se eles fossem os únicos culpados pela ineficiência no sistema.

sábado, 13 de novembro de 2010

Falta de competitividade gera prejuízos sociais

Muitas pessoas acreditam que uma grande empresa resolve as distorções sociais ao gerar empregos em grande escala. Esta afirmativa distorce a verdade dos fatos. Uma grande empresa se existir no mercado sem competição tenderá ao monopólio e reduzirá a eficiência econômica.

Até aqui não existe novidade. A motivação para escrever este artigo foi dada por um motivo real: a falta de competitividade eleva os preços e aumenta a pobreza. A lógica para isso é analisarmos os supermercados existentes em Samambaia, local de minha moradia.

Existem atualmente duas grandes redes varejistas nessa cidade: Tatico e Caíque; e três médias varejistas: Super Bom, Super Cei e Comper. Para deslocar à concorrente você tem que ir de carro, pois não estão tão próximas. O que se entende dessa análise? Além dos preços tenderem para uma cartelização, o custo com combustível, deslocamento e tempo de espera para encontrar um bom lugar para estacionar o carro, dificultam a minimização dos custos, maximizando o estresse temporal.

Não só essa análise tem que ser levada em conta, mas o custo logístico também é um fator que inibe a redução dos custos operacionais. Pelo grande deslocamento de uma rede a outra, as empresas fornecedoras repassam uma planilha de gastos altíssimos de transportes que comporão a definição do preço final do produto ao consumidor.

Utilizando a Teoria dos Jogos para entender este mercado, notamos que os preços são determinados pelas principais redes, ou seja, Tatico e Caíque. As outras acompanharão o mercado e buscarão o lucro de sobrevivência. Fato que é transposto as redes menores distribuídas nos comércios locais de cada quadra.

Como a planilha de custos das grandes redes são menores devido os fornecedores repassarem descontos de fornecimentos a essas redes devido a quantidade de produtos na formação do estoque e que elas protegem os fornecimentos das outras empresas, pois não teria lógica atuarem em um mercado tão pequeno, elas controlam os preços e recomendam ao mercado a garantia de lucro. Se reduzirem o preço elas se manterão, enquanto as menores serão eliminadas devido as baixas lucratividades, repassando seus produtos ao preço de custo.

A população de Samambaia acredita que está ganhando com os preços abaixo do mercado em ofertas de marcas desconhecidas e de pior qualidade que são vendidas nessas redes, sendo que na verdade o bem-estar delas são reduzidos e a lucratividade das grandes redes ampliadas.

Como resolver essas distorções? Abrindo o mercado. Como o governo pode ajudar e resolver essa distorção? Reduzindo os custos logísticos ao resolver os problemas de infraestrutura, diminuindo os tributos para o setor produtivo, investindo em subestações da rede elétrica em Samambaia para não ficar na dependência e sobrecarregando a subestação de Taguatinga (problema seria resolvido se a CEB fosse privatizada) e incentivando a formação de novos negócios eliminando a burocracia e os custos cartoriais.

Como não existe competição e os preços são controlados pelas maiores redes, a população de Samambaia não percebe o quanto está sendo enganada e acredita que os preços baixos de marcas desconhecidas é uma vantagem comparativa em relação, por exemplo, ao Plano Piloto, que vende o papel higiênico Neve ao mesmo preço que é ofertado no Tatico e que a população de Samambaia acredita que estará sendo compensada ao comprar o papel higiênico Soft Blanc, extremamente mais barato e de qualidade inferior, cujo tempo de consumo é menor do que teria se comprasse o Neve, compensando seu preço maior ao tempo de duração.

A situação utilizada acima é hipotética e não estou fazendo propaganda de nenhuma marca. Foi apenas ilustrativo para o leitor perceber o quanto é enganado pelo sistema oligopolizado implantado nessa cidade.

Portanto, ao escolher um representante, a população deve reivindicar que as liberdades individuais sejam respeitadas. O cidadão deve entender o que é melhor para ele e para a sociedade como um todo e não acreditar em políticas públicas falsas e empresários forasteiros que pretendem reduzir o nível de bem-estar social para elevar os lucros.

Ignorância não significa falta de titulações

Muitos creditam ignorância as pessoas que não possuem uma titulação. Mas afinal, por que as pessoas para se valorizarem correm atrás de títulos? Se pegarmos alguns exemplos de sucesso, não encontraremos nenhum título que fazem delas grandes pessoas.

Sílvio Santos é um exemplo. Ele não tem curso superior e confiou em pessoas com títulos e reconhecimento em mercado para tocar os seus negócios. Deu no que deu! Existe um velho ditado que diz que o boi só engorda aos olhos do dono e ele foi aplicado nesse caso. Recorri ao Silvio Santos porque ele é a notícia do momento devido ao insucesso do banco PanAmericano, mas não é só a ele que aplico o meu questionamento. Poderia aqui citar o presidente Lula e o vice Alencar, alguns bons jornalistas, como Marília Gabriela e Jô Soares, Paulo Skaf, presidente da FIESP, dentre outros.

Não sou aqui a verdade e não tenho grandes títulos. Sou apenas um pensador que formula ideia e que tem coragem de escreve-lá, que posso ser pior até do que você leitor. Mas, o que me chamou atenção nesses últimos dias é perceber que pessoas melhores do que eu e que possuem mais títulos se mostram mais ignorantes do que as que não têm, ao expelirem ódio e preconceitos. Tenho como exemplo, o caso da estudante de direito do interior de São Paulo contra os nordestinos por não aceitar a vontade da maioria na democracia.

Eu discuto política no campo das ideias e não em contextos de baixo calão, que prejudicam a honra de quem não é ideologicamente partidário da minha linha de raciocínio.

Eu leio vários blogs, artigos, jornais e assisto vários programas televisivos que tratam dos interesses republicano para uma nação desenvolvida, e vejo pessoas apreciáveis perdidas quando rebaixam o debate e desprendem ódio contra os iguais.

Não estou aqui para julgar quem quer que seja. Eu aprecio a democracia pela liberdade que temos para escrever aquilo que achamos interessante e que pode de alguma forma ajudar para formação de uma sociedade justa, ética e desenvolvida. Não sou partidário das ofensas e preconceitos, como o próprio nome diz: PRECONCEITO. Ou seja, conceito pré formado, sem base nenhuma investigativa.

É apenas um desabafo. Nada mais que isso! Acredito que para empreender, inovar e transformar não são necessários títulos – eles são importantes, mas não significam que as pessoas que os têm são melhores das que não têm – e sim grandes ideias e soluções práticas, sempre com respeito a ética e bons costumes. A vida é o maior laboratório em que todos têm os mesmos direitos ao buscar dias melhores.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Principais problemas econômicos enfrentados pelo Brasil

Muitos acompanham pelos jornais que o Brasil vive uma guerra cambial e na reunião do G20 – que reuni as principais economias do mundo – o governo brasileiro defende que os Estados Unidos e a China não provoquem distorções no comércio internacional ao desvalorizar suas moedas, tornando seus produtos mais competitivos em relação ao resto do mundo, e dominem o mercado.

Antes de entrar nessa seara, vale entender o que ocorre na atual conjuntura econômica mundial, mas especificamente o que pressiona a valorização do Real. Disso, imagine o que pensam os Estados Unidos e a China para compreendermos o atual cenário.

Os Estados Unidos da América não sanou sua crise doméstica e divide com o mundo o erro de uma política monetária adotada no governo Obama, que elevou a oferta monetária, emprestou dinheiro para bancos e seguradoras falidos, além da indústria automobilística americana com a promessa da garantia de emprego, quando os americanos demandam mais carros com tecnologia japonesa. Agora compreenda meu caro leitor, os agentes econômicos ianques adotam as expectativas racionais, até porque toda a população conhece o mercado de ações e tendem a estudar o assunto, principalmente os fundos de pensões, compartilhando que as agências de classificação de risco de respeitabilidade internacional elevaram o grau de segurança para se investir no Brasil, ou seja, minimizou o Risco Brasil. Diante deste cenário, com uma oferta maior de dólares naquele país, resultando na diminuição de sua taxa de juros, os títulos brasileiros se tornaram mais atrativos, já que nossa taxa de juros real é uma das maiores do mundo e somos um país emergente. O que fará então um americano para alavancar sua poupança? Este é um dos pontos da guerra cambial.

Agora encaremos a visão da China. Os principais clientes internacionais dos chineses são justamente os Estados Unidos e a União Européia. O americano vive uma crise de desconfiança, não acreditando em seu PIB potencial para expandir seu crescimento, levando o país para o desemprego e consumo de bens importados, sendo a China o seu principal investidor  externo. A Europa também atravessa uma crise provocada na Zona do Euro pelas economias médias para os padrões europeus: Grécia, Espanha e Portugal. Um desequilíbrio na política fiscal desses países demandou poupança externa e, novamente, a China foi acionada. Por qual motivo então a China se tornou um agente relevante? Pela política de câmbio fixo. Portanto, com um mundo em crise, desvalorizando-se o Yuan aumentará a oferta de produtos chineses espalhados pelo mundo. Com uma mão de obra chinesa barata e o Yuan declinado, dilui-se o PIB per capita chinês em uma política expansionista, tornando a economia doméstica mais pobre.

Como eu digo sempre, o câmbio não é o problema. O problema são os governos que não deixam a economia atingir seu equilíbrio natural de oferta e demanda. Tanto os governos americano, chinês e brasileiro.

O problema do Brasil para o Real está tão valorizado se deve a participação maciça do estado na economia de mercado, onerando e burocratizando o setor produtivo, elevando o endividamento público justificado pela alta taxa de juros, encarecendo o crédito e o endividamento das famílias, com um BNDES tendencioso e oligopolizado, reduzindo assim as expectativas de crescimento em longo prazo.

Não sou contra o câmbio valorizado, desde que estejamos em uma economia de mercado. Mas não sou partidário dos CNA’s e FIESP’s da vida pressionando o governo para o controle cambial para aumentar as exportações brasileiras. Com o Real apreciado, temos maior oferta econômica, reduzindo-se os preços e melhorando o bem-estar social.

Se a lógica da teoria econômica está invertida no Brasil atualmente, principalmente pelos indicadores da inflação oficial, o IPCA, há algo de estranho no ar. Cadê a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) para nos explicar o ocorrido?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tributo ao meu pai!

Ultimamente eu tenho me esforçado a escrever ideias construtivas que elevem o debate de temas necessários ao desenvolvimento do povo brasileiro, mas ao lembrar do meu maior exemplo a saudade me consome e não tenho mais talento para escrever qualquer coisa que esconde o que sinto por dentro.

Desta forma, transmito um lindo filme que mantém vivo o que meu pai me ensinou e deixou de herança para mim. Obrigado a todos pelas mensagens e votos de carinho que tenho recebido constantemente.

Um abraço!
Sérgio Ricardo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Por que os economistas teimam em elevar a taxa de investimento?

A teoria economia reza que taxa de juros é uma função inversa da taxa de investimento. Também sabemos pela teoria econômica que a taxa de juros é a variável de equilíbrio que orienta a economia real com sua dinâmica monetária, de tal forma que a moeda garanta valor a economia para responder ao movimento de troca entre mercados.

Diante dessas premissas viabilizamos os debates econômicos quando os especialistas indicam que a taxa de juros está alta e impacta diretamente na linha produtiva de uma economia. Primeiro em relação ao câmbio, que é o preço de mercado que dinamiza a relação comercial com resto do mundo; segundo que ela interfere no setor produtivo, estagnando o crescimento da produção nacional; e, por último, na relação dívida pública pelo Produto Interno Bruto (PIB). Assim sendo, construiremos nosso modelo com essas variáveis macroeconômicas.

Atualmente vemos as autoridades da área econômica do governo revelando que no mundo se vive uma guerra cambial, mas o câmbio é uma variável endógena. Em outras palavras, o câmbio não é resolvido por uma política de estado, já que ele responde as estratégias do governo. A única forma de controlar câmbio deu no que deu. Crises e mais crises no Brasil, principalmente na década perdida (anos 80). Então como resolver o problema que muitos especialistas dizem que impacta também na industrialização brasileira?

Analisando o gráfico abaixo, percebemos que a teoria econômica está mais que certa quando trata de funções inversas a taxa de juros e de investimento. As informações do gráfico foram extraídas do portal do IPEADATA e foram calculadas as variações de 1970 a 2009 da taxa de juros real e de investimento proporcional ao PIB.
 


Notemos pelo gráfico que a variação na taxa de investimento manteve-se mais estável ao longo do período, com uma tendência reduzida ano após ano. Salvo a década de 70 que o Brasil apresentou taxas chinesas no crescimento do PIB e o forte investimento público, que logrou o tão conhecido jargão do ex-ministro da Fazenda Delfim Neto de inchar o bolo para depois reparti-lo. Nessa década também temos o eminente ex-ministro da Fazenda do governo Geisel, Mário Henrique Simonsen, que controlava o câmbio com uma calculadora HP, sendo o Policymaker das diretrizes econômicas.

O que ressaltamos do gráfico é o descontrole que o país apresentava na taxa de juros real. Com o forte déficit em transações correntes, que geraram o famoso déficit gêmeo (déficit no setor público e na conta do setor externo), tivemos uma desestabilização da moeda, com fortes índices inflacionários, fato que desvirtuou a taxa de juros nos anos 80 e início dos 90, regularizado a partir do plano Real.

Também percebemos pelo gráfico que os aumentos em investimento acima da média estão nos anos que apresentam as menores taxas de juros reais, conforme constatado na teoria econômica.

A economia é uma ciência que estuda os comportamentos dos agentes econômicos (governo, famílias e empresas) e a administração dos recursos escassos. Mas quais são os recursos escassos do Brasil? A poupança doméstica é um desses fatores. Sem ela, o nível de investimento doméstico é reduzido, elevando os déficits em transações correntes para ampliar a oferta econômica e o crescimento das empresas residente no país.

Olhando pela conjuntura atual, os economistas do governo colocam no câmbio a culpa por este mal. É daí que nasce o erro. No Brasil, o estado é o maior propulsor da economia. Logo, para ampliarmos o crescimento econômico, elevaremos, por conseguinte, o endividamento público, principalmente das estatais.

Os recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) são direcionados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fomentar a economia de uma forma racional. Quando esses recursos estão escassos, o BNDES recorre ao Tesouro Nacional, ou seja, da arrecadação tributária, cuja finalidade é emprestar, com taxas subsidias, às empresas que necessitam ampliar o seu parque industrial. A ideia do banco deveria elevar o nível de competitividade à formação de novos negócios. Portanto, a realidade brasileira é outra. Nos últimos anos o banco foi utilizado para emprestar recursos para empresas incorporarem outras empresas de mesmo ramo, reduzindo a competitividade e aumentando o oligopólio.

Entendo que, após essas explicações, a futura Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, reduza os gastos correntes do governo, diminuindo a participação do estado na economia de mercado, ou seja, reduzir-se-á a dívida pública, cujo efeito refletirá na diminuição da taxa de juros, elevando a oferta monetária, gerando poupança para elevar o nível de investimento privado no país, aumentando a oferta de bens, reduzindo os preços devido à competitividade, avançando no progresso do bem-estar social e, por fim, com uma taxa de juros menor o câmbio se normalizará de acordo com a taxa internacional de juros do mercado, diminuindo a especulação nos títulos de renda fixa, por exemplo.

Este, portanto, é o dever de casa que o futuro governo deve realizar. Ampliar o nível de investimento privado, reduzir burocracia, estimular novos negócios com vista ao aumento da oferta, reduzindo então os preços, partindo assim para um estado próspero de uma economia pujante e os agentes logrando os verdadeiros benefícios sociais.