quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Qual o custo dos incentivos?

Pode parecer um tema chato ou de pouca sensatez de minha parte, mas existe um custo em algumas leis tidas como sociais que são impostos que a maioria aceita sem saber o quanto custa e o direito que lhe é retirado. Aqui não definirei se estamos certos ou errados em adotarmos tal postura, mas o que pretendo é explicar os impostos que estão lançados à sociedade brasileira e que aceitamos como um costume.

A definição de imposto não é de alguma coisa que pagamos somente, mas também de algumas coisas que somos obrigados a cumprir, senão seremos duramente penalizados, e isto se acaba tornando uma questão moral.

Alguns exemplos desses impostos são: obrigatoriedade de jovens do sexo masculino, ao completar 18 anos, de alistarem nas forças armadas; pagamento de meia entrada em ingressos culturais para estudantes e idosos; acento preferencial em transportes públicos para pessoas com deficiência, idosos, gestantes, etc.; vagas exclusivas em estacionamentos para autoridades, idosos e deficientes; dentre outras leis que são direcionadas para organizar a sociedade de cima para baixo.

Algumas perguntas surgem ao senso comum e a maioria não entende porque não se abaixa os preços das passagens de ônibus, do ingresso do cinema, das vagas dos estacionamentos, etc. Em todos esses preços estão inseridos os custos que o empresário terá para arcar com o custo da lei, ou seja, do imposto social.

Se uma passagem de metrô custa R$ 3,00 tenha certeza que você pagou a passagem de um idoso e a cadeira dele que estará disponível no trem e nas estações. O custo de sua viagem é carregada de pessoas que você não conhece, mas que arca com os seus deveres sociais.

Existe uma solução para este impasse? Sim. Mas eu não acho interessante tecer qualquer comentário contrário preciso em relação a lei nesse exato momento, já que estou em ambiente democrático e a maioria da sociedade aceita esses métodos justamente por causa da questão moral e me torno um voto vencido.

Será que você deixaria um idoso em pé dentro do metrô ou ônibus? Nossa questão humana já indica que partiremos para uma premissa instintivamente de deixá-lo ocupar nosso espaço por ser a parte mais frágil e não é necessário imputarmos uma ordem de cima para baixo, como se vivêssemos em um pasto e necessitássemos de ser guiado por um caminho definido pelo pastor.

Questões como essa são polêmicas. Mas pensemos um pouco melhor antes de reclamarmos das passagens de ônibus, do ingresso do teatro ou cinema, do metrô e das horas caras pagas em estacionamentos privados.

Entender como se constitui uma sociedade também é um dever de justiça. Dependendo da crença do povo e da pouca vontade para o trabalho, teremos com certeza uma enorme escalada em penosos impostos provenientes de custos visando o “bem-estar” social.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Reverência a melhor!

Uma pausa para celebrar a melhor banda de metal de todos os tempos. Valeu Metallica, valeu Rio!!

Depois eu volto com meus artigos de economia.

 

Será que os burocratas não tem o que fazer em Brasília?

Eu fico pensando se Brasília tivesse praia. Tiraram a capital do Rio de Janeiro com a desculpa que não se olhava para o interior do Brasil, mas estou vendo que isto pouco importa.

Agora a vez do governo é intervir contra um comercial de lingerie. É o cúmulo do absurdo o quanto o estado inventa para criar um clima de pânico na sociedade.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Praxeologia

O primeiro caminho para assumirmos o capitalismo é defendermos nossas ações. A Praxeologia é o estudo que define a ação humana na transformação do mundo.

Esta aula é fantástica e também não posso deixar de dizer que a apresentadora é bonita. Uma mulher linda e inteligente é o somatório que resulta em excelente conteúdo. Bom vídeo e que ele seja útil para você ver o mundo por outra ótica.

 

Putz! A política outra vez que mandar na economia!

É impossível pensar que tem gente que não usa o cérebro. Não precisa fazer um esforço mental para perceber a quanto enviesada é a mente de um burocrata. Olhando para duas medidas políticas recentemente você entenderá onde eu quero chegar. A primeira é a elevação do IPI sobre carros importados, aqui no Brasil, e a outra é a elevação da alíquota de imposto para os afortunados, nos Estados Unidos. Com certeza a brasileira é a pior, mas a segunda não merece comentários decentes.

Não tem como olhar para essas medidas dos governos brasileiro e americano e não ficar indignado. Ambas reduzem o bem estar e empobrece a economia como todo.

Quando se eleva o IPI para carros importados, reduz o poder de decisão do consumidor em optar por um carro com maior valor agregado e melhor custo benefício em detrimento dos Pálios, Fiat Unos, Celtas, Gols, etc., que são carros montados e que só atende ao público interno brasileiro. O mundo não quer esses carros de menor valor agregado!

Existem três artigos excelentes que tratam do assunto. Os links seguem abaixo, mas eu não posso deixar de informar que essa medida é uma VERGONHA NACIONAL. Quem defendê-la gosta de ser chamado de otário.

A outra medida trata da elevação da alíquota de imposto paga pelos ricos americanos como forma de desmerecer a meritocracia. Para este assunto, eu indico o artigo do Adolfo que trata com parcimônia a questão (clique aqui para ler).

Voltarei para meu jogo de paciência, pois o governo já está me deixando puto com tantas medidas politicamente “corretas”. Com tantas ações ruins é preferível continuar ao meu modo politicamente “incorreto” a defender tanta sandice.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Por que a SELIC interfere tanto nas finanças de dona Maria?

Muitas pessoas devem ser perguntar o motivo do alarde de especialistas com a taxa de juro da economia, a famosa SELIC. Muitas perguntas surgem do tipo: se o juro subir ou cair, por que tenho que preocupar? Por que os bancos gostam de uma SELIC alta? Por que a política de esquerda brasileira pede tanto a queda dos juros induzindo que quem ganha com ela alta são os banqueiros? Estas e outras perguntas surgem direto ao mainstream econômico.

Para entendermos as taxas de juros, primeiro precisamos saber o que é juro? Definindo de uma forma sucinta, juro é o preço pago em determinado período de tempo. Se o momento for curto a taxa tende a ser alta e o contrário ocorre em longo prazo.

Imagine o seguinte: você investe um capital para resgatá-lo em um, dois ou três anos. A sua meta é adquirir R$ 100,00. Se a taxa de juro for de 10%, para que no primeiro ano você atinja sua meta, você aplicará o valor de R$ 90,91; se decidir pelo segundo ano, você investirá R$ 82,64; e para o terceiro ano o valor seria de R$ 75,13. Agora imagine que a taxa é de 8%, os valores então seriam, respectivamente: R$ 92,59; R$ 85,73; e R$ 79,38. Perceba que o valor presente do capital subiu quando teve uma redução na taxa de juro. A diferença no primeiro ano foi de 1,85%, no segundo de 3,74% e no terceiro de 5,66%. O que essa situação demonstra é que o valor presente é maior quando a taxa de juros é mais baixa, revelando que as grandezas são inversamente proporcionais.

Se você é um investidor, qual a situação é escolhida? Se a taxa de juros for alta é melhor aplicar o dinheiro e consumir no futuro e se ela é baixa é melhor consumir no presente. Ou seja, a taxa de juros nada mais é do que uma variável que calcula o quanto você paga pela sua impaciência ou recebe pela paciência.

Agora voltemos à SELIC. Ela é a taxa de juros que os bancos emprestam um ao outro para fechar o seu caixa de um dia. Sérgio, como assim? Os bancos possuem títulos públicos em sua posse e esses títulos são negociados entre os bancos, mas de que forma? Toda vez que você realiza um depósito, o banco recolhe o depósito compulsório que vai direto para o cofre do Banco Central do Brasil definido por decreto. Para ilustrar melhor, vamos imaginar uma taxa de depósito compulsório em torno de 20% e que você acabou de depositar R$ 100,00 no banco A, ou seja, o banco remeterá ao Banco Central do Brasil R$ 20,00 desse depósito ao final do dia. Desse dinheiro o banco A só pode emprestar R$ 80,00, mas aparece o seu Luiz e pede emprestado R$ 90,00. O banco não quer perder negócio e empresta os R$ 90,00 ao seu Luiz. Então seu Luiz vai ao banco B e depósita os R$ 90,00 que pegou emprestado no banco A. Dessa forma, o banco B só poderá emprestar R$ 72,00 e recolherá R$ 18,00 que vai para o Banco Central. O banco B empresta R$ 62,00 à dona Ana e a história continua. Perceba que o banco B ainda tem R$ 10,00 para ser emprestado e esse dinheiro vai para… o banco A, que está devendo o Banco Central em R$ 10,00. Qual a garantia que o banco A dá para o banco B? Os títulos públicos que estão em sua posse pelo valor de mercado, ou seja, corrigidos pela SELIC (Sistema de Liquidação e Custódia). Então, quanto maior for a taxa de juros, menor é o valor presente e maior o valor futuro de face.

Agora imaginemos com números. Os títulos públicos são cheques pré datados que o governo vende para ser resgatado pelo agente que está de posse deles no dia do vencimento. Como é um cheque influiremos que o valor de face do título público negociado é de R$ 1.000,00. Se a SELIC for alta, o valor presente é menor, como no exemplo detalhado acima, e é melhor resgatar o título no futuro; se ela for baixa, o valor presente é maior e, portanto, é melhor consumir no presente. Vamos voltar no exemplo acima e imaginar as taxas de 8 e 10%.

Quando a SELIC vale 8%, o valor do título negociado é de: R$ 1.000,00/(1 + 8%) = R$ 925,93. Quando a taxa é de 10%, o título é negociado em: R$ 1.000,00/(1 + 10%) = R$ 909,09. Perceba que a diferença paga por um título negociado com uma taxa de juros menor tem uma rentabilidade menor do que àquele negociado a uma taxa de juros maior. Na taxa menor o agente detentor do título ganhará R$ 74,07, enquanto na taxa maior ele receberá R$ 90,91 de rendimentos.

Agora, meu amigo, você percebe claramente que uma taxa de juros alta aumenta o poder de barganha de quem possui títulos públicos a negociar taxas de juros mais alta em empréstimos interbancários e essa taxa ajuda a forma a CDI e, por conseguinte, os CDBs dos bancos que recolhe empréstimos de correntistas, etc, etc, etc.

O que o Banco Central faz com os depósito compulsórios? Política Monetária. Quando a economia está ruim, o Banco Central compra os títulos dos bancos, reduzindo a taxa de juro, ou seja, a SELIC, e devolve os depósitos compulsórios que ele retirou dos bancos. Como a taxa de juros reduziu, os bancos perdem o incentivo de negociar com outros bancos e negociam com… a dona Maria.

Pois é, agora aparecem as finanças da dona Maria. Com mais dinheiro em caixa, os bancos são estímulados a emprestar aos seus correntistas, já que provoca receita pela quantidade de empréstimos e não pelo preço do título (que no caso é a SELIC).

Quando a dona Maria recebe o dinheiro emprestado, ela compra as verduras do seu Zé, que compra carne do seu Antônio, que vai ao cinema com a namorada, e assim sucessivamente.

Agora, meu amigo, o Banco Central tem que ficar de olho é na inflação. Não tem ser vivo que aguente o dragão, principalmente quando ele está incontrolável. Vou parando por aqui, pois meu artigo está longo e cansativo. Voltarei em outros para explorarmos melhor o assunto!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Emprego x Salário Mínimo

Este artigo foi escrito por um amigo economista e leitor do blog, Edvaldo Frazão. Ele me enviou por e-mail e posto para que meus amigos leitores apreciem suas ideias. Obrigado Frazão pelo artigo.

Abraço!

Emprego x Salário Mínimo

Por Edvaldo Frazão

Com a elevação do salário mínimo, o que muda no cenário econômico? Existe uma ideia amplamente propagada de que o aumento do salário mínimo é eficaz para reduzir a pobreza na sociedade. Será isso uma verdade?

O professor Marco Aurélio, da Universidade Católica de Brasília, costuma dizer o seguinte: se você quer saber como o mundo está, dê uma olhada em sua janela. Olhando através dela percebemos que muitos trabalhadores que ganham salário mínimo têm certo grau mínimo de estudo ou estão iniciando a vida profissional.

A questão do salário mínimo está na geração de pesos mortos na economia. Quem tem uma cultura reduzida não melhora sua situação com o salário mínimo e ele ainda serve como baliza na busca de emprego, já que a pessoa não apresenta a capacitação necessária para gerar o produto que arcará com seus custos. Nesse caso, o custo do trabalho é maior do que o lucro do captalista, logo a relação de trocas é negativa e como o empreendedor é um agente privado e racional, não arcará com o dispêndio de uma economia sem trocas (o empreendedor e o trabalhador ficam pobres ao longo do tempo).

Bem da verdade que o Brasil continua a bola da vez no cenário mundial. Os americanos e europeus vivem uma crise e suas taxas de desemprego dão mostras que não irão diminuir em curto prazo. Mas o Brasil tem que se precaver, pois o quadro está mudando com os sinais de desaceleração divulgados em pesquisas realizadas pela CNI. De julho a agosto de 2011, os estoques indesejáveis subiram de 6,5 para 9,5%, segundo informa fontes do setor. É intrigante ver que muitas das empresas que concederam aumentos generosos, como no caso das montadoras, são motivadas a conceder folgas e férias aos seus funcionários devido às quedas nas vendas.

As notícias já refletem o drama que vive a indústria brasileira. O crescimento do emprego perde fôlego no segundo trimestre de 2011. Nos últimos dois meses foram gerados cerca de 340 mil empregos, ante 430 mil no mesmo período de 2010 – 26% a menos. Para se ter uma ideia, só no setor manufatureiro a redução do ritmo foi de 40%. Estima-se que o emprego industrial em 2011 crescerá apenas 0,5%, bem abaixo dos 3,5% observados em 2010.

Com quadro apresentado acima é difícil entender a razão de reajustes tão elevados nas negociações coletivas, principalmente quando o governo indexa o salário mínimo a variação do PIB dos últimos dois anos mais a taxa de inflação oficial (IPCA). Teriam essas empresas uma margem de lucro tão grande que lhes permite aumentar as remunerações? Ou estariam elas num beco sem saída por causa da forte escassez de mão de obra? Em ambos os casos a indústria perde, já que a rentabilidade diminui e o empresário não tem os incentivos necessários para investir e contratar.

Vejamos um exemplo: você tem uma empresa e tem como meta alcançar o percentual de lucro mínimo que fique por volta de 3 a 5% ao mês do capital investido na empresa. Se os custos aumentam o lucro decresce, a não ser que você parta para demissão. É justamente isso que você fará! Essa lógica impede que a economia gire organicamente, pois sem emprego, não existe consumo, e sem consumo, não existe empreendimento, e isto impede a atuação do fluxo circular econômico.

Tudo isso é uma sugestão para termos realismo nas negociações salariais, pois 2011 já compromete as finanças pública e privada do ano de 2012.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um exemplo de vida e sucesso

Engraçado como alguns estudantes, profissionais e até professores não compreendem que a ciência foi descoberta como meio de aperfeiçoar o trabalho e estimular a competitividade. Muita gente acredita que ter um curso superior ou capacitação é colecionar diplomas no mural da sala de estar.

Algumas pessoas não sabem o motivo de estarem estudando e vão para o mercado de trabalho tão despreparada quanto o tamanho da arrogância em ter um certificado plastificado e limpo, mas sem o conteúdo necessário.

Fico imaginando o motivo porque a maioria das pessoas demoniza o capitalismo dizendo que o motivo do mundo não ser cor de rosa é devido à ganância de vários empresários FDP que exploram os trabalhadores e só visam lucros. Só que essas pessoas não desfazem do tênis que calçam, das calças e camisas de marca que vestem e ainda esboçam um lindo relógio no braço e um celular no ouvido.

A verdadeira aula que todos os estudantes, do ensino básico ao superior, não podem deixar de assistir. Quem fez este homem foi o capitalismo e ele não foi escolhido por ser bonito ou porque caiu de pára-quedas. Ele é fruto da sua disposição para o trabalho e a sua praticidade em saber que na largada todos saem ao mesmo tempo só que para ser um Usain Bolt ou até mesmo Steve Jobs a mente tem que funcionar. Boa aula!

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O meu amigo, a prosa e a economia da deflação

Quando adolescente, conversava com meu amigo Wesley sobre uma nota de R$ 1,00 que ele mantinha na carteira (para se ter uma ideia do tempo, não existia naquela época a nota de R$ 2,00). Eu estava no terceiro ano do segundo grau e ele no segundo. Naquela época eu nem pensava em economia e nem sabia como o mercado agia. Tinha 17 e ele 16 anos.

Daquela prosa o Wesley me disse: – eu gosto da nota de R$ 1,00… Éramos apenas estudantes, conquistar uma nova nota de R$ 1,00 demandaria boas notas e o orgulho do pai para nos contemplar com uma nova mesada de R$ 10,00 (que valia muito para época: 1998). E ele completou a frase dizendo: – eu sei que guardar nota na carteira gera inflação. Foi pelo menos o que me falaram.

Hoje eu parei para pensar que daquela prosa existia um conceito econômico que pode gerar dois efeitos: a inflação ou deflação. Inflação será se, à medida que algumas pessoas não empregam o capital a casa da moeda coloca a máquina para girar e imprime moeda. Se existir uma demanda menor que a oferta monetária os preços se elevarão e a inflação estará concretizada. Mas o oposto pode ocorrer que é a deflação.

Os americanos vivem um exemplo como esse. Não adianta o FED (Banco Central Americano que na sigla em inglês significa Federal Reserve Bank) implantar quantos facilitadores quantitativos quiser na crença que a economia reagirá como se espera de uma curva de Phillips. O problema é justamente esse. As pessoas não creem nesse mecanismo econômico e preferem manter o dinheiro ancorado na carteira ao fazer sua circulação.

Muitas pessoas devem pensar que a deflação é melhor que a inflação, já que há uma redução nos preços, mas não é! Uma deflação é tão ruim quanto uma inflação. A desvantagem de uma deflação é que as dívidas, por exemplo, crescem na soma de uma PG infinita. Isso cria um circulo “eterno” entre credor e devedor. Fora que o devedor não amortiza a dívida e o credor mantém ativos circulantes por muito tempo em seus balanços, que não é ruim por um lado, mas por outro diminui o apetite pelo risco que impede o investimento e o crescimento empresarial. A economia tende ao fracasso.

Outra variante é que os preços caindo rapidamente expulsa muitos empreendedores marginais, diminuindo o nível de competitividade e fazendo com que as empresas demitam seus trabalhadores, reduzindo o nível de consumo da economia. Os passivos circulantes ficam comprometidos, principalmente o trabalho remunerado, já que os custos ficam maiores do que a receita. Essa é uma das justificativas que a Constituição Brasileira apóia a redução de salários em período de crises de ciclos econômicos.

Então, da próxima vez que você ver alguém defender a deflação lembre-se que economia sadia é àquela ordenada pelos preços reais de mercado. O resto é crise financeira!

sábado, 3 de setembro de 2011

Uma falácia difícil de ser quebrada

Hoje em dia é fácil falar que tudo que dá errado na economia é culpa de um modelo “neoliberal”. Será mesmo que é problema desse modelo definido principalmente por “intelectuais” de esquerda? Vamos aos fatos.

Essa expressão surgiu para contrapor as ideias econômicas da Escola Austríaca de Economia, principalmente do debate entre Keynes e Hayek. Keynes, um emérito economista (não posso deixar de conhecer seus méritos mesmo discordando de muitas ideias), defendia a intervenção do estado na economia para curar a depressão de 1929. A atitude de Keynes foi estimular a demanda agregada em curto prazo que ela oxigenaria a economia e alimentaria o “espírito animal” dos capitalistas. Baseado nesse conceito foi constituído o New Deal pelo presidente americano Roosevelt e uma série de regulações foi criada para induzir a economia dentro de um modelo de estado indutor. Para Hayek, a economia deveria ser livre para os agentes a organizarem de uma forma orgânica, respeitando as perdas e os lucros adquiridos dentro de um fluxo de preços reais. Resumindo, Hayek defendia uma economia de mercado, ou seja, uma economia livre de ações governamentais.

Este debate se alastrou durante o século XX e o mundo absorveu as ideias keynesianas e os modelos foram baseados na criação de estados indutores e interventores que regulava os agentes econômicos.

No início da década de 80, a premier britânica Margareth Thatcher, conhecida como Dama de Ferro, e Ronald Reagan, presidente americano à época, inspirados nos estudos de Friedrich Hayek, incentivaram uma série de desregulação na economia estatal inglesa e americana, dando mais liberdade econômica para os agentes privados. Esse feito foi intitulado pelos idealistas da esquerda de modelo “neoliberal”, já que, na visão esquerdista, o modelo clássico liberal tinha sido extinto com a política do New Deal.

O problema dessa discussão é a esquerda brasileira distorce a verdade dos fatos. De fato o Brasil viveu um período complicado com a ditadura militar, que nada teve de liberal e muito menos de neoliberal. Nenhum liberal que se preze defende a ditadura como muitas ideias de esquerda defendem.

O Brasil vive mais uma política de esquerda do que uma estrutura neoliberal. Alguns fatos justificam minha afirmativa. Vamos a cinco deles.

  1. A política do Banco Central de regulação da economia por intermédio da taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) leva a crer que seus princípios são mais de esquerda do que ideais liberais, já que se cria moeda e monetiza a dívida. Moeda sem lastro é a ração que alimenta a inflação;
  2. O governo regula a economia impedindo a competitividade, de que forma: criando agências reguladoras que criam barreiras de entrada e determinam como se aplicam as concessões públicas, dando garantia a alguns poucos empresários (sendo alguns casos empresas de políticos);
  3. Elevar a dívida pública para criar mecanismos de controle e protecionismo, advindos de subsídios, só faz determinar uma economia que não mira no consumidor, apenas nos produtores amigos dos burocratas do estado. A desculpa do governo é a criação de players mundial, inibindo o mérito privado;
  4. Controle de bens típicos privados com a criação de empresas monopolistas que negam a verdade dos fatos e são pouco transparente com a sociedade e que no final das contas servem para fazer troca de base política com a desculpa de governabilidade;
  5. Uma alta carga tributária com a promessa de melhorar os serviços públicos sendo que na verdade os serviços são de péssima qualidade e o brasileiro tem que pagar por uma saúde e educação privada. Quanto mais o imposto aumenta, mais os servidores e políticos estão com o bolso recheado e ainda reclamam da atuação do estado.

Antes de difamarem os liberais, os pensadores de esquerda deveriam refletir se é justo receber dinheiro público para manter blogs (exemplo de um, clique aqui) que não são vistos por mim usualmente porque seus ideais não são de meus interesses privados e que se tornam públicos devidos aos incentivos do estado para alimentar as falácias vendidas à sociedade.

Os jovens de hoje em dia são maquetes na mão dessas pessoas. O idealismo de esquerda é de um romance sem realidade, que fala de um coletivismo sendo que existe, obscuramente, o interesse privado de quem escreve o romance.

Pare para analisar, meu amigo! O governo não lhe ajuda como você imagina. O seu dinheiro escoa pelo ralo do dia para noite e você reclama do empresário¹, que está com a corda no pescoço para manter em dia seu negócio devido ao excesso de taxação tributária imposta pelo estado.

Não vou me prolongar neste texto, pois fiz o blog para dividir minhas ideias em vários artigos. Espero com o tempo compartilhar as ideias das mentes livres e que possam pensar melhor sobre o status quo que o estado lhe impõe todos os dias com a promessa que sua vida irá mudar como se fácil fosse girar os ponteiros das horas.

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¹ Quando eu trato de empresário, pense em um homem sério, justo e honesto e não muito picaretas que se dizem empresários, tem acordo com o estado e, principalmente, não respeita trabalhador.