quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Matérias jornalistas que chamaram atenção

Nas últimas semanas do mês de janeiro (já que estou de férias cuidando de minha filha, vendo jornais, principalmente a Globo News, e finalizando a leitura do excelente livro “A Revolta de Atlas” de Ayn Rand), notei algumas matérias que chamaram a minha atenção, dos quais elencarei abaixo:

1) Entrevista do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, economista e professor licenciado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) à Miriam Leitão no programa Espaço Aberto. Nesse programa, o ministério no qual o ministro é titular tem como subordinado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido por Luciano Coutinho. O banco atualmente sorteia as empresas que receberão créditos subsidiados para se tornarem player mundial, como a JBS Friboi ao comprar a americana Pilgrim’s Pride Corporation, e ao responder à jornalista sobre uma pergunta que ela tinha feito ao considerar que este tipo de operação especifico não criava os empregos desejados no Brasil, ele disse que uma coisa é a compra e depois eles pensam na criação de empregos.

Ele deixou claro que a função de produção tão estudada na graduação em economia como a de Coob-Douglas, que não dissocia emprego do capital investido, no Brasil percorre um caminho adverso das grandes economias mundiais. Aqui sorteamos alguns empresários “de sorte” para serem players mundial com recursos do tesouro nacional e o nobre ministro é ainda professor universitário. Imagine o que os alunos dele pensam sobre economia.

2) A segunda matéria que me chamou a atenção é que mais uma vez o governo federal, para burlar o resultado primário brasileiro mudou a contabilidade pública. O governo utiliza muito o artifício dos restos a pagar para diminuir despesas de um ano fiscal o colocando para o ano subsequente, como se não existisse a dívida em 2010, mas como em um truque de mágica essa dívida fosse reconhecida em 2011.

Mas uma mostra que o governo gasta mal e tem visão míope quando mantém o Guido Mantega como ministro da Fazenda. Este mesmo que troca despesa com custeio, que possui Grau de Natureza de Despesa (GND) do tipo 3, é só observarmos no Orçamento Geral da União (OGU), migrando-os para o tipo 4, que é considerado investimento. Uma maquiagem contábil para elevar o resultado primário do governo que pelo segundo ano consecutivo não atingiu a meta de superávit primário prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

3) O “Fantástico Congresso Nacional” iniciou seus trabalhos ontem com o Sarney como seu presidente novamente. Com uma turma assim liderada por Tiriricas, Romários e cia, estamos cada dia que passa indo para algum lugar distante do desenvolvimento econômico e social de fato.

4) O Egito que não conhece uma democracia é um estado defendido por judeus e ianques. Será que temos realmente os valores democráticos reconhecidos no mundo?

São estas matérias que me chamaram a atenção nesses últimos dias. Deixo aqui para que alguém complemente, opine e apresente uma visão diferente das minhas para os assuntos elencados.

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