quinta-feira, 21 de junho de 2012

Minha tréplica para uma bela discussão que começou hoje no facebook

Hoje escrevi em minha linha do tempo no facebook o seguinte comentário sobre o que eu acho do Congresso Rio+20.

O final do Congresso Rio+20 é conhecido. Um bando de burocratas que aumentarão a regulamentação da economia, com vistas ao desenvolvimento "verde" do mundo, uma pobreza intelectual tamanha e, após esse evento, pensarão em fazer outro daqui a vinte anos porque nada mudou. Sabe qual a solução na defesa de um mundo ecologicamente sustentável? A verdadeira expansão de liberdade capitalista. Os pen drives (que salvam várias árvores ao arquivar documentos que seriam impressos) salvaram muito mais o mundo do que os burocratas do estado juntos! E isto só feito porque homens que pensaram no lucro desenvolveram uma ferramenta de troca capaz de proporcionar este bem estar.”
 
Este debate rendeu e prometi a uma das participantes, uma amiga minha, que faria a replica em meu blog e aqui estou fazendo.

Vou tecer meu comentário baseado no último comentário dela, que segue abaixo:
 
“Impossível ajustar o desenvolvimento sustentável com o sistema capitalista, uma vez que o objetivo principal deste sistema é obter lucro, não importa os meios aos quais utilizam pra isso. Você acha que toda essa discussão de Rio+20 está sendo feita por quê? Ou melhor, toda essa discussão de desenvolvimento sustentável, toda essa modinha? Justamente é o preço que todos estão pagando pela busca de sempre alcançar o objetivo central dessa bandeira que você levanta, a competitividade irracional é um dos fatores que levaram ao uso desenfreado e irresponsável dos recursos naturais. Vocês neoliberais ainda por cima tenta ganhar vantagem com o “marketing verde” dizendo ser favoráveis a economia verde e blá blá blá. Exemplos? São vários, desde as usinas e afins até o novo código florestal.”
 
Comecemos por separar capitalismo de estado do capitalismo que eu defendo. O que eu defendo é o capitalismo puro e de mercado. No meu modelo não tem governo a defender capitalistas, já que muitos deles gostam de, quanto mais governo, melhor. Exemplo: Eike Batista

No modelo de capitalismo governamental, os burocratas criaram o conceito de social democracia. Este conceito defende a regulamentação governamental e um capitalismo controlado pelo estado e dão guaritas para ações de ideias de esquerda. Quanto mais centrais sindicais melhor neste tipo de modelo. Vejamos o exemplo da união da FIESP e da Força Sindical nas comemorações do 1º de maio deste ano, quando eles defenderam mais protecionismo na economia.

Olhando por essa ótica, a minha amiga defende este modelo sem perceber. Ela ataca o sistema capitalista, sendo que os principais capitalistas de estado gostam deste tipo de debate e defendem ideais voltados ao protecionismo e o controle estatal da economia. Quanto mais sindicatos, movimentos estudantis e entidades de esquerda existir neste sistema, mais os burocratas aceitarão em seus gabinetes os capitalistas de estados, que rezam pela defesa de menos liberdade econômica, com a simples ameaça que os estrangeiros estão querendo acabar com os empregos nacionais, por exemplo.

O meu capitalismo é baseado na meritocracia, onde o mais preparado, em um ambiente competitivo, tem os louros da recompensa. Não defendo empresas que estão falindo, pois elas devem aprender com a crise e com os erros de suas escolhas. O poder neste meu capitalismo é dado pelo consumidor, ou seja, eu, a dona Maria, o seu Joaquim, etc. Somos NÓS que decidimos quem deve prosperar pela eficiência produtiva e não o estado a nos governar.

No meu capitalismo, quem deve decidir o que devemos consumir, produzir e comprar são os consumidores, que determinam se o produto é sustentável ou não. Os empreendedores devem, neste modelo, inovar para prosperar. 

No meu capitalismo todos têm o direito ao enriquecimento, se inovarem e continuarem desenvolvendo um excelente serviço aos seus clientes. O meio de troca: pode ser um beijo, um abraço ou dinheiro. Quem define a relação contratual é o empreendedor e o comprador. A partir deste ato o contrato está estabelecido. 

Logo, tudo que foi colocado pela minha amiga está fora de cogitação em meu modelo. Ela ataca o mesmo modelo que eu ataco, ou seja, o capitalismo de estado. Sou defensor da liberdade econômica, civil e que o poder emana de quem consome e de quem produz, pela liberdade de escolhas entre consumir e produzir. 

Eu defendo a poupança, pois só ela garantirá os investimentos futuros que reduzira os preços e elevara a oferta dos bens e serviços a toda sociedade. Neste meu modelo, os empreendedores são os especialistas e trabalham para isso. Melhorar a produtividade, gerando empregos, e a tão sonhada distribuição de renda que a minha amiga e eu defendemos. 

No meu capitalismo eu defendo o direito a propriedade privada, sendo ela intelectual, vida ou de posse, e a justiça tem que se basear nesta premissa.  

Perceba que nosso inimigo é o mesmo, só que o antídoto que ela defende é diferente do meu. Eu recomendo a ela e aos meus amigos leitores assistirem o vídeo abaixo, pois, da mesma forma que Frierich Hayek ganhou o debate contra John Maynard Keynes, os burocratas premiaram Keynes como o vencedor do debate por ele defender os capitalistas de estado e, infelizmente, vivemos a bagunça que vemos todos os dias pela televisão. 

Pensem melhor após ver este vídeo!

2 comentários:

Marcos Paulo disse...

Ótimo texto Sergio!!!

Reproduzi aqui o meu comentário do face:

Marcos Paulo Ribeiro Outro bom exemplo e a educação virtual que tem evitado a queima de combustíveis fosseis num simples deslocameno a universidade. O Wikipédia o Google o YouTube o e-mail que evitou também o corte de árvores (entre outros insumos para fabricação de lápis e canetas). Esse capitalismo é mesmo uma droga??? Acho que é porque vivemos num democracia-capitalista chinfrim; por não termos experimentado algo parecido com o vivenciado nos EUA é que faz com que a maioria dos brasileiros (infelizmente) seja contra. Alem disso, creio que os seus colegas acima nunca ouviram falar de Hayek, Misses, Bastiat, Mill, Tocqueville. Eu li O Capital e posso garantir que a clareza das idéias liberais superou e muito a proposta do barbudo...

Marcos Paulo disse...

"André Luiz disse: Marcos Paulo Ribeiro não caia nessa falacia de que derrubam árvores para a produção de papel e lápis, pois a árvore utilizada para isso é o Eucalipto e Pinus, portanto é produzido para isso... Não tente desvirtuar com conceitos que pelo visto vejo que desconhece... Tecnologia existe tb na área ambiental, exemplo Manejo Florestal Sustentável..."

Minha resposta ao comentário do André Luiz:

Marcos Paulo Ribeiro disse: André Luiz o mérito da questão não e esse, sei muito bem que um dos insumos para fabricação do papel é o Eucalipto, apesar de que antes de virar uma floresta dessa espécie, tinha outro ecossistema no lugar. alem disso é utilizado uma grande quantidade de água, energia elétrica; e fóssil nas entregas. Produtos químicos... Enfim e o preço que pagamos!!! Em economia temos um conceito chamado Custo de Oportunidade. Ou seja é aquilo que se abre mão para ter alguma coisa. Penso que a externalidade negativa da produção de pen driver compensa a da fabricação de papeis resultante da economia que o pen driver proporcionou... Esse é apenas um ponto entre os diversos que a tecnologia pode contribuir positivamente na questão ambiental!!! Pense quando dominarmos o uso do hidrogênio para a substituição a petróleo???