Há um princípio básico no mantimento de uma boa
administrativa que diz: a melhor forma de resolver um conflito está na
capacidade rápida de resolvê-lo. Olhando para esta regra é fácil reconhecer as
empresas que são prosperas daquelas que a qualquer momento poderão fechar as portas
por total falta de competência. Vale destacar que esta regra também vale para
os governos.
O que aconteceu no Paraguai, aos olhos da cultura
brasileira, foi um “crime” devido a rápida solução que foi dada ao conflito, no
qual resultou no impeachment do presidente Fernando Lugo. O tempo da solução?
30 horas. Ora, 30 horas é muito pouco tempo, diriam os brasileiros mais céticos.
O Paraguai deu uma aula de administração ao povo brasileiro
e, principalmente, aos líderes governamentais. Para entender melhor a questão é
só buscarmos as respostas para algumas premissas básicas.
- Quanto tempo se leva para julgar os envolvidos no "mensalão" do Lulão?
- Há quanto tempo temos a CPI do Carlinhos Cachoeira? Neste mesmo tempo, o que já foi decidido?
- Quanto tempo se leva para destituir do cargo um parlamentar envolvido em escândalo?
- O que acontece com os ministros que estão envolvidos em corrupção?
- Onde foi parar o caso do DNIT e dos amigos de Luiz Pagot?
Estes são apenas alguns dos questionamentos que existem nas
mentes de nós brasileiros e não encontramos a resposta adequada porque não
temos em nossa natureza a capacidade de solução rápida para um conflito.
Vamos aos fatos que aconteceram no Paraguai. Fernando Lugo
deu cobertura a um grupo de sem-terras (infelizmente este tipo de grupo manda
em nosso país), que cometeram crime ao invadir propriedades privadas e mataram
fazendeiros que estavam a trabalhar por suas famílias em suas propriedades.
O presidente não respeitou a noção de justiça, que reza que
todo bem privado é de quem o adquiriu, e tomou partido de criminosos que mataram
fazendeiros para tomar suas propriedades com uso da força bruta. Qual a
sensação geral de uma sociedade ao saber disso? Que o país rasgou o direito a
liberdade de seus cidadãos em possuir bens privados e que o governo, ou o grupo
que ele apóia, poderá destituí-los de suas propriedades.
Em nossa constituição reza que o poder emana do povo e, com
base nessa premissa, a população paraguaia, representada pelo parlamento,
solucionou o conflito em 30 horas de debate. Utilizou da máxima da boa
administração para solucionar o conflito.
O que fizeram os “cérebros” governamentais da América do
Sul? Ignoraram a vontade da maioria paraguaia e declararam voto de censura e
reclusão ao novo presidente paraguaio Frederico Franco.
Ora, quem são Cristina Kirchner, Hugo Chávez, Evo Morales e
companhia para falarem de ética? Eles mudam os preceitos constitucionais a todo
o momento para satisfazerem o ego próprio e rasgam a cultura social, regida
pela constituição, de seus concidadãos.
Triste é ver o brasileiro aceitar o que o governo brasileiro
nos impõe e nossa imprensa considerar isso uma anormalidade. Anormalidade está
em aceitarmos tanta corrupção a passar pelos nossos olhos e aceitarmos isto de
forma natural.
Justiça se faz assim, com grande premissa administrativa e lealdade ética com seus compatriotas. O presidente não é maior e nem menor do que os cidadãos e sim regido pela mesma norma jurídica que o ladrão de galinha que, mesmo sem justificativa, a roubou para alimentar os filhos.
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