Brasileiro gosta de uma poupança, muito mais quando a genética feminina ajuda. Mas, não é só essa poupança que atrai o brasileiro, mas o restinho do dinheiro que sobrou do mês para guardar um pouquinho para os projetos futuros ou uma emergência.
O problema está na armação econômica errada dos planejadores central. Mudar as regras de rendimento da poupança é um problema para uma economia que enfrenta grandes obstáculos e que precisa dá resultados em longo prazo.
O governo pretende estimular o investimento executando, dentre os principais programas, o “Minha Casa, Minha Vida”. Só que a fonte de recursos desse programa vem com o advento da poupança (a pobre coitada) e de recursos do FGTS (no caso da Caixa Econômica Federal).
Se o governo desestimula o investimento em poupança, a regra de ouro nos diz que a taxa de juro nas linhas de crédito que são fomentadas pela dita cuja tem que subir. Mas, se o governo intervém no spread (composição do preço final que formará a taxa de juro para empréstimo), forçando a sua queda, os recursos necessários serão abastecidos por endividamento interbancário, como um entesouramento do dinheiro, ou vias tesouro nacional, com endividamento público.
É possível elevar a dívida pública na situação acima? Sim. Devido ao volume atual de divisas nos cofres do Banco Central. Isto pode nos levar a ter grandes problemas econômicos no futuro próximo.
O que deveríamos ter feito no momento é o dever de casa, já que muitos recursos externos estão ancorando no Brasil, principalmente pelo IED (Investimento Estrangeiro Direto). Esse dever é a elevação da poupança doméstica, que pode vir com uma reforma tributária que desonere o peso fiscal para empreender no país e uma redução organizada e constitucionalmente respeitada dos gastos do estado para uma elevação maior do superávit primário.
O que me espanta disso tudo é que estamos pasmos com uma poupança muito famosa de uma atriz global. Não se fala em outro assunto. Mas, será que ela é mais relevante do que a proposta do governo ao mexer na nossa? Valores invertidos esses nossos!
2 comentários:
Prezado Sergio,
Concordo com o seu argumento de que seja preciso aumentarmos a poupança domestica. Isso possibilitaria, entre outras coisas, financiarmos a nossa divida a uma Tx mais civilizada e por conseguinte, diminuirmos a despesa com o pagamento dos juros. Veja o ótimo artigo do Alexandre: (http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/05/europa-entre-querer-e-poder.html).1
Por outro lado, o meu medo e que mesmo com uma reforma tributária, que desonere o peso dos impostos para as empresas, (que já esta mimada demais para o meu gosto) ainda assim, o consumidor final não seja beneficiado com preços menores e produtos de maior qualidade.
Falta espirito animal a nossa indústria!!!
Grande Marcão.
Estive out esses dias, com uma pilha de coisas para fazer e não tive tempo de escrever e passar pelo blog.
Boa observação a sua. Mas acredito que o problema possa ser resolvido se tiver uma maior competição entre as empresas.
Com a elevação da oferta, naturalmente os preços tendem a cair, já que a demanda é esperada.
Este é meu ponto de vista!
Abraço.
Sérgio Ricardo
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