Semana passada, observamos pela televisão uma idosa revelar que sacou a sua arma (herança de família) e matou um criminoso conhecido da polícia rio-grandense por uma série de crimes. Antes de qualquer análise, ela não saiu de sua casa para matar alguém que estava passando pela rua e, sim, alguém que invadiu sua casa quando ela estava a descansar em seu quarto. A questão colocada na mesa é: a senhora acertou por agir assim? Ela cometeu qual tipificação criminal ao defender sua propriedade e, principalmente, a sua vida?
Ao analisar a questão, perceberemos que a atitude desta senhora nos revela que vivemos um grande problema de conflito social encarado pela nossa sociedade, induzido pelas regras do “politicamente correto”.
Pensemos logicamente nesta questão da seguinte forma: se a senhora não matasse o bandido, ela estaria morta, deixando dor e saudades aos familiares, e o bandido estaria a solta, continuando o seu processo de crimes, e fazendo, quem sabe, novas famílias tristes. Agora, como a senhora o matou, a única perda foi a vida de uma pessoa que era uma ameaça social. Então, o que ela fez foi um grande serviço a sociedade como um todo.
A liberdade de escolha dela, entre viver e morrer, fez com que o bem-estar social de toda a sociedade fosse elevado. Aqui a máxima da frase “bandido bom é bandido morto” prevaleceu!
Caso ela tivesse entregado sua arma na Campanha do Desarmamento, qual o debate nós estaríamos vendo agora? Nenhum! Apenas a revolta da família clamando às autoridades públicas por justiça. E este tipo de manchete já recheia os televisores de todos os brasileiros todos os dias no período da tarde e, infelizmente, não damos a mínima por isto nos poluir a mente e nos sentirmos inertes por total falta de segurança.
O que essa senhora nos deu de presente foi um grande debate em torno da proibição do porte e uso de armas de fogo por parte dos cidadãos de bem que querem apenas defender a sua propriedade de vândalos e primar pelo direito de escolha a própria vida.
O “politicamente correto” transformaria isso em uma calamidade pública, pois, dizem eles, isto gera mais violência e a sociedade estaria menos protegida. Pela questão lógica da ação de dona Odete, a senhora corajosa, esta ação elevou – e não reduziu – o bem-estar de toda a sociedade, já que é um bandido a menos estuprando as nossas filhas, esposas, mães, roubando nossos filhos quando vão à escola, matando pais de família, que acordam cedo para trabalhar, etc.
O que devemos agora é discutir esta ação em esfera federal e revogar a lei que trata o porte de arma pelo cidadão comum um crime e reduzir a burocracia para se ter acesso a uma arma de forma legalizada. Os bandidos não seguem essas regras e estão bem armados.
Por que teimamos em inverter nossos valores sociais como se isso fosse exemplo de prosperidade? Para se ter crescimento, a premissa básica é o direito a liberdade de escolhas e propriedades. O excesso de leis nos desprotege ao invés do discurso que vendem de proteção.
3 comentários:
E ainda há quem chame de estupidez negligenciar leis por "pura comoção social". Parabéns à senhora e parabéns ainda à promotora Sílvia Becker Pinto que, apesar da pressão social que deverá enfrentar (DH, Igreja etc), declarou abertamente a defesa do arquivamento do caso, o que prova que ainda existem pessoas sensatas na justiça brasileira.
Adriana,
Fico feliz em saber que tenho a presença em meu blog de uma pessoa de tão grande valor.
Obrigado pelo seu comentário.
Beijo.
Sérgio Ricardo
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