quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coisa que não dá para entender!

O governo criou o programa “Minha Casa, Minha Vida” para aquecer a economia, visando à demanda agregada para fugir da crise de 2008, e inseriu famílias de baixa renda com elevação dos créditos bancário para financiamento da casa própria.

Você, leitor, sabe de onde vem os recursos para financiamento da casa própria? Da poupança. Ou seja, o próprio pobre financia sua casa ao investir em títulos de baixa rentabilidade e alto grau de segurança. Por que então o governo controla a poupança quando ela se torna mais atrativa? Devido à migração de grandes investidores, caso esse investimento seja mais rentável do que outros títulos de renda fixa, como por exemplo, os Certificados de Depósitos Interbancários (CDB’s), o governo então inibe que a taxa de retorno do investimento em poupança seja mais atrativo e o investidor, detentor de capital, não se sente atraído nessa transação. Uma forma de controle é inserindo alíquotas de imposto de renda antes não praticada nesse tipo de investimento em canais acima de R$ 50 mil.

Para quem não sabe, a poupança é paga por uma taxa referencial, conhecida como TR, mais disponibilidade interna, perfazendo por mês uma taxa de juros algo em torno de 0,55%, totalizando ao ano 6,80% de rentabilidade.

Agora eu que não entendo. O governo incentiva as famílias a comprarem casa e reduzem a fonte que financia o maior projeto de moradia vendido pelo governo. Vai entender essa conta. Esse é só mais um dos vários problemas que teremos pela frente. Quem acaba sofrendo muito é o pobre que investe e recorre aos mesmos recursos de seu investimento (e mais caro do que está recebendo) para comprar a tão sonhada casa. É assim que começam as bolhas. Que coisa não!

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