terça-feira, 12 de abril de 2011

Uma relação social entre o futebol, a sociedade e o governo

Futebol! Esporte mágico e paixão brasileira. Digo a todos que conheço que é uma relação assim, livre e sem arbitrariedade que eu desejaria para sociedade. As relações de trocas entre os produtos são livres e fazem parte do acordo mútuo entre as partes (clube, jogadores e torcida), onde a moeda de troca é a vitória em conjunto de um time e sua mística com os torcedores.

Existem regras claras dentro de uma partida de futebol onde, democraticamente, é aceita entre todos. Às vezes existem as marcações erradas por parte da arbitragem, mas não se perde a beleza do espetáculo, já que é constituído pelos jogadores e torcedores e não pelo árbitro, que fazem o espetáculo acontecer.

Imaginemos agora um excesso da arbitragem, qual o clima transposto do campo à arquibancada? Violência. Os jogadores não se respeitam e o futebol perde seu brilho. A torcida não reconhece aquele espetáculo como verdadeiro e partem para ações primitivas de combate, que geram enormes custos ao evento.

Constituindo analogicamente uma partida de futebol com a sociedade, percebemos uma relação de igualdade. Em uma boa partida de futebol ganha o time mais preparado, que joga com mais eficiência e que tenha o melhor espírito de equipe, consagrando assim os melhores jogadores. Afirmo com certeza que essa partida só acontece quando o arbitro é coadjuvante e não o principal. Digo o mesmo da sociedade.

Só teremos uma sociedade justa quando os agentes forem reconhecidos pelos seus méritos e que não existam as guerras e sim as disputas, competições, como em uma partida de futebol. O principal deve ser os agentes e não o arbitro.

Na sociedade o arbitro é o estado (igrejas, instituições públicas, etc.) que onera a sociedade com a força de muitas leis e normas, muitas punitivas e que fogem do senso de justiça. Nela, o cidadão não é condigno de uma disputa justa entre os agentes para que respeitem regras claras e o direito do próximo. O jogo só pode ser vencido pelos seus agentes principais e cabe ao estado apenas cumprir com as regras e estabelecer os limites de cada um.

Boas leis só devem existir naquilo que há falhas. Nada é perfeito e cabe ao estado regular aquilo que é excesso de um e que retira direito de outro. Mas, quando os agentes jogam uma partida brilhante, cabe ao estado observar e não ser a principal estrela do espetáculo. Os méritos devem ser reconhecidos àqueles que fazem parte do evento.

Como em uma partida de futebol, onde todos saem agraciados por um excelente espetáculo, até mesmo o arbitro, a sociedade poderia colher o exemplo e agir respeitando os limites, reconhecer os talentos e aceitar que os mais preparados, produtivos e eficientes, serão os primeiros a serem reconhecidos. Todos têm um espaço. Afinal de contas, o campeonato e as conquistas são de ano a ano.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sérgio, Gostei da anologia. E o nosso juiz a muito tempo vem atrapalhando o jogo. Apintado falta onde não existiu falta alguma, dando penalti para os seus agraciados. E o jogo ja esta de uma forma que, os grandes times (empresas)já nem treno mais para fazer um grande jogo. Invés disso, combina com o juiz (governo),uma estratégia (BNDES) de jogo. Enfim o jogo só esta tendo graça para os torcedores de camorote reservado ( a corja politica, os sindicatos e seus apadrinhados...)

Edvaldo Frazão

André Luiz disse...

Edvaldo Frazão falou uma verdade, se existe isso é por que as empresas tem interesse que isso aconteça. Não sejamos ingenuos de acreditar que as empresas estão perdendo. Eles nunca perdem, nem mesmo quando a economia é dita como livre, como dos EUA. Quando fale um banco o governo entra com dinheiro publico e salva a economia deles. Para isso é que vcs estudaram economia, para o mercado ser livre no lucro e coletivo no prejuizo. Ou vcs acham que quem controla os governo é o coletivo (povo)? Não, o Estado, desde a revolução francesa, foi feito para servir a quem financia. É só estudar um pouco de historia e saberá que o que eu falo é verdade.