sábado, 3 de setembro de 2011

Uma falácia difícil de ser quebrada

Hoje em dia é fácil falar que tudo que dá errado na economia é culpa de um modelo “neoliberal”. Será mesmo que é problema desse modelo definido principalmente por “intelectuais” de esquerda? Vamos aos fatos.

Essa expressão surgiu para contrapor as ideias econômicas da Escola Austríaca de Economia, principalmente do debate entre Keynes e Hayek. Keynes, um emérito economista (não posso deixar de conhecer seus méritos mesmo discordando de muitas ideias), defendia a intervenção do estado na economia para curar a depressão de 1929. A atitude de Keynes foi estimular a demanda agregada em curto prazo que ela oxigenaria a economia e alimentaria o “espírito animal” dos capitalistas. Baseado nesse conceito foi constituído o New Deal pelo presidente americano Roosevelt e uma série de regulações foi criada para induzir a economia dentro de um modelo de estado indutor. Para Hayek, a economia deveria ser livre para os agentes a organizarem de uma forma orgânica, respeitando as perdas e os lucros adquiridos dentro de um fluxo de preços reais. Resumindo, Hayek defendia uma economia de mercado, ou seja, uma economia livre de ações governamentais.

Este debate se alastrou durante o século XX e o mundo absorveu as ideias keynesianas e os modelos foram baseados na criação de estados indutores e interventores que regulava os agentes econômicos.

No início da década de 80, a premier britânica Margareth Thatcher, conhecida como Dama de Ferro, e Ronald Reagan, presidente americano à época, inspirados nos estudos de Friedrich Hayek, incentivaram uma série de desregulação na economia estatal inglesa e americana, dando mais liberdade econômica para os agentes privados. Esse feito foi intitulado pelos idealistas da esquerda de modelo “neoliberal”, já que, na visão esquerdista, o modelo clássico liberal tinha sido extinto com a política do New Deal.

O problema dessa discussão é a esquerda brasileira distorce a verdade dos fatos. De fato o Brasil viveu um período complicado com a ditadura militar, que nada teve de liberal e muito menos de neoliberal. Nenhum liberal que se preze defende a ditadura como muitas ideias de esquerda defendem.

O Brasil vive mais uma política de esquerda do que uma estrutura neoliberal. Alguns fatos justificam minha afirmativa. Vamos a cinco deles.

  1. A política do Banco Central de regulação da economia por intermédio da taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) leva a crer que seus princípios são mais de esquerda do que ideais liberais, já que se cria moeda e monetiza a dívida. Moeda sem lastro é a ração que alimenta a inflação;
  2. O governo regula a economia impedindo a competitividade, de que forma: criando agências reguladoras que criam barreiras de entrada e determinam como se aplicam as concessões públicas, dando garantia a alguns poucos empresários (sendo alguns casos empresas de políticos);
  3. Elevar a dívida pública para criar mecanismos de controle e protecionismo, advindos de subsídios, só faz determinar uma economia que não mira no consumidor, apenas nos produtores amigos dos burocratas do estado. A desculpa do governo é a criação de players mundial, inibindo o mérito privado;
  4. Controle de bens típicos privados com a criação de empresas monopolistas que negam a verdade dos fatos e são pouco transparente com a sociedade e que no final das contas servem para fazer troca de base política com a desculpa de governabilidade;
  5. Uma alta carga tributária com a promessa de melhorar os serviços públicos sendo que na verdade os serviços são de péssima qualidade e o brasileiro tem que pagar por uma saúde e educação privada. Quanto mais o imposto aumenta, mais os servidores e políticos estão com o bolso recheado e ainda reclamam da atuação do estado.

Antes de difamarem os liberais, os pensadores de esquerda deveriam refletir se é justo receber dinheiro público para manter blogs (exemplo de um, clique aqui) que não são vistos por mim usualmente porque seus ideais não são de meus interesses privados e que se tornam públicos devidos aos incentivos do estado para alimentar as falácias vendidas à sociedade.

Os jovens de hoje em dia são maquetes na mão dessas pessoas. O idealismo de esquerda é de um romance sem realidade, que fala de um coletivismo sendo que existe, obscuramente, o interesse privado de quem escreve o romance.

Pare para analisar, meu amigo! O governo não lhe ajuda como você imagina. O seu dinheiro escoa pelo ralo do dia para noite e você reclama do empresário¹, que está com a corda no pescoço para manter em dia seu negócio devido ao excesso de taxação tributária imposta pelo estado.

Não vou me prolongar neste texto, pois fiz o blog para dividir minhas ideias em vários artigos. Espero com o tempo compartilhar as ideias das mentes livres e que possam pensar melhor sobre o status quo que o estado lhe impõe todos os dias com a promessa que sua vida irá mudar como se fácil fosse girar os ponteiros das horas.

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¹ Quando eu trato de empresário, pense em um homem sério, justo e honesto e não muito picaretas que se dizem empresários, tem acordo com o estado e, principalmente, não respeita trabalhador.

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