quarta-feira, 6 de julho de 2011

Por que o Brasil é corrupto?

Para responder a esta pergunta, muitos vão falar que é devido ao povo que não sabe votar, ou que os políticos não inventaram nada e aprenderam tais atos por intermédio da cultura brasileira, etc. Todas essas e demais explicações são do senso comum, mas poucas pessoas percebem tão claramente o problema estrutural que estimula o brasileiro à corrupção.

O Brasil é um país que credita ao estado a formação de seu povo. Para citar um exemplo, todos deveram tornar servidores para que elevar o “desenvolvimento” social, ou receber bolsas porque somos incapazes de andarmos com as nossas próprias pernas.

A verdade é que quanto mais estado, mais cara se torna a vida do cidadão comum e, conseqüentemente, o direito a liberdade individual reduzirá com passar do tempo.

Não digo que devemos eliminar o estado, mas que precisamos colocar certos limite e que ele responderá nos bens que são tipificados como públicos, ou seja, que não rivaliza e não excluem nenhum cidadão. Agora, as oportunidades são privadas e a escolha de seus destinos deve a cada um por direito.

Hoje em dia é fácil falarmos que o melhor dos mundos é o socialismo, já que muitos “intelectuais” escrevem que as crises são frutos do modelo capitalista. Só que a pergunta que não adoça a boca é do tipo de capitalismo: o idealizado pela escola austríaca, mas propriamente por Hayek, que rezou pelo mercado livre, ou por Keynes, o pai da macroeconomia, que elevou a ação de controle do estado?

O capitalismo que domina o mundo é do controle estatal, que monopoliza a estatística e cria mecanismos para defender ações de políticas que ordena a sociedade do pico da pirâmide à base social.

Os jovens brasileiros não se preparam para pensar o futuro, porque o governo promete algumas garantias, criando linhas de incentivos que reduzem a produtividade, que é a fonte propulsora de geração da riqueza, e elevam os custos de entrada no mercado de trabalho com a política de salário mínimo, penalizando justamente quem pretende ganhar um espaço no mercado de trabalho.

Tudo na vida é um trade off entre escolhas. Exemplo: imagine que eu tenha a opção de escolher o carro A, que tem ar condicionado, banco de couro, mas que gaste o dobro de gasolina que o carro B, que não tem ar condicionado e o motor é bastante inferior ao do carro A. Se eu escolho o carro A, posso ter mais conforto e prazer em dirigir e isso pesará muito em escolher o carro A, se observarmos somente uma avaliação fria sobre a arquitetura e estrutura dos carros. Agora, se eu morro a 45 km de meu local de trabalho e o melhor transporte para minha locomoção é o carro, qual dos dois eu levarei? Creio que fiz você pensar um pouco na resposta, já que o carro B é muito mais econômico que o carro A, ainda mais com uma gasolina na casa de R$ 3,00 e que carro é carro. Os dois levaram o portador ao destino. Desta forma, percebemos que cada escolha gera uma renúncia. Não podemos ter tudo que queremos!

O trade off mais famoso é referente ao trabalho e lazer. Com certeza, se perguntarmos para toda população, 99,9% dirão que preferem o lazer ao trabalho. Dessa forma, tenderão maximizar o lazer e minimizar o trabalho. O trabalho gera dor e o lazer gera prazer. Só que existe uma diferença: você ter prazer com os seus recursos ou ter com o de terceiros? Com certeza com o de terceiros é bem mais proveitoso, já que eu não precisarei passar pela dor para alcançar meu prazer. É o custo da oportunidade, só que fere a questão ética de não respeitar o direito alheio. Se eu trabalhei, eu adquiro o direito ao lazer e não gostaria que ninguém me furtasse tal direito.

Como no Brasil sempre exportamos nosso prazer aos outros, que nos prometem o paraíso em um quadro e na realidade vivemos o inferno. Nosso voto é o bem valorizado por àqueles que a maioria escolhe para tomar conta do que a maioria acredita que deverá ser melhor para todos. Mas, como o esforço para alcançar a pirâmide social não é maior do que o trabalho laboral em atividades privadas, que cobram resultados e criam indicadores de produtividade para conhecer do ferramental braçal que a empresa possui, muitos endereçam para este caminho.

Um exemplo claro é dos “tiriricas” que existem no Congresso Nacional. Temos uma eleição nivelada por baixo e que as escolhas, dentre os piores, deverá ser extraída sobre o melhor “qualificado” para que transforme algo ruim em alguma coisa pouco melhor.

Não podemos culpar apenas a antropologia social, a formação do povo, ou algo do tipo, sem analisarmos o modelo que é posto à população brasileira e que a maioria referenda.

As liberdades individuais não são respeitadas e vivemos um coletivismo sem igual, diminuindo o campo do debate a defesa de grupos organizados para punir quem pensa o contrário. Não precisamos ir longe para analisar a pobreza de ideias que vive o povo brasileiro, principalmente nos temas mais polêmicos existentes, como a lei da homofobia, do código florestal, entre outras, que quem se põe contrário ao que esses grupos impõem merece ser execrado da sociedade. Hoje em dia não podemos ser contra o homossexualismo, pois seremos tachados de homofóbicos, sendo que eu posso respeitar o direito do outro em fazer o que bem entender de seu corpo e não achar certo que eles se achem superior a quem pensar diferente e partir para imposição.

Antes de condenarmos a corrupção simplesmente, avaliemos o modelo que está sendo referendado no Brasil e as “bondades” que a população recebe sem ter gerado a riqueza necessária para curtir o “lazer” sem atividade laboral real.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns,muito bom o artigo que você fez sobre a corrupção concordo plenamente com você!