quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por que o desenvolvimento sustentável é difícil de explicar?

O excelente economista britânico Thomas Robert Malthus descreveu, com uma lógica matemática de progressão geométrica e aritmética, o desenvolvimento social da humanidade. Ele detalhou que a população cresce a uma taxa geométrica enquanto a quantidade de recursos cresce em progressão aritmética. Sou partidário dessa ideia, veja por que.

Muitas pessoas não entendem a lógica da vida. Para cada ser que nasce, necessita de terras plantáveis que ofertem alimentos que atenderá a demanda dos homens e animais, já que o alimento é a energia que os mantém vivos. Caso a demanda seja maior do que a oferta de alimentos, a alimentação se tornará um bem escasso e será mais caro à população adquiri-lo.

Retirando-se o homem da natureza, o preço dos alimentos não é medido em relação monetária, já que os animais não possuem moeda como meio de troca, e sim pela oferta de alimentos. Caso eles estejam escassos, a cadeia não prolifera e teremos espécies em extinção. Em relação aos homens, devido a racionalidade, a moeda aparece como o meio de troca. Desta forma, o equilíbrio se dará quando os preços alocar a quantidade ofertada com a demandada.

Só que dessa relação de equilíbrio surge alguns pormenores. Como a moeda também tem determinada escassez e o homem labuta para adquirir capital, determinada quantidade de trabalho gerará outra quantidade de moeda. Para garantir mais moedas, o homem tem que se especializar, transformando o seu trabalho em um bem necessário, já que na medida em que o homem se especializa e outro não o acompanha, tornará seu trabalho um bem escasso e, consequentemente, mais valorizado.

Nessa medida, o homem mais valorizado demandará mais alimentos, já que tem capital que garanta o termo de troca, e reduzirá o bem estar do outro, ao menos que a economia esteja em equilíbrio e os agentes aceitam que a sua melhora piora o bem estar alheio influenciado assim os termos de troca.

Por que então existem muitas pessoas que passam fome? Detalhei nos parágrafos anteriores o meio de troca em uma economia de equilíbrio, onde todos os agentes aceitam sua posição e sabem que qualquer melhora ou piora fora do mecanismo de equilíbrio influenciará toda a economia e deixará os agentes sem o bem estar ora pretendido, justamente o que ocorre no mundo atual.

Como um processo de seleção natural, já que o crescimento populacional é maior do que a oferta de alimentos, as pessoas morrem para acompanhar o ciclo de nascimento. E quem mais expande a densidade demográfica no mundo? Justamente quem não tem capital para bancar a alimentação, ou seja, a população pobre.

Desta forma, com baixa especialidade laboral e com uma família populosa, aumentam os graves problemas sociais que são revelados no mundo. Vários modelos explicam essa correlação entre acumulação de capital e crescimento populacional. O mais usual é o modelo de Solow.

Então, não precisamos acreditar em forças do além para explicar porque a natureza tem um ciclo de renovação ou porque os anjos ou santos tratou de nos levar daqui para a melhor. Todos os dias têm revelação da vida que nosso ciclo é renovado e que os recursos têm um limite e que nós, seres vivos e humanos, devemos entender e realizarmos o dever de casa.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Ele detalhou que a população cresce a uma taxa geométrica enquanto a quantidade de recursos cresce em progressão aritmética. Sou partidário dessa ideia, veja por que."

Essa eu acho que a história refutou meu amigo. Não se sustentou...

Abraço!
Marcos Paulo