quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Até Fidel Castro assumiu. A era comunista não serve mais!

O comunismo nunca foi e nunca será o melhor modelo de nação. O desenvolvimento nunca será atingido quando mantiver todo o poder somente nas mãos de um agente econômico, ou seja, o estado. Visto assim, todos irão falar que escrevo porque sou liberal e acredito em um mercado competitivo dinamizando a economia. Mas não, isto foi um reconhecimento do maior líder e defensor cubano do modelo comunista da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS. Eu falo de Fidel Castro e sua entrevista ao jornalista Jeffrey Goldberg da revista americana The Atlantic.

Por que no Brasil ainda teimamos com este assunto? Eu reflito direto quando vejo programas no horário eleitoral de partidos como PSTU, PCO, PCB e PSOL que defendem o comunismo como a melhor vertente social ante o liberalismo. O programa do PCB chegou a defender o modelo cubano, quando o líder maior reconhece seu fracasso.

Mas por que o modelo cubano foi considerado um fracasso por Fidel? Primeiramente ele reconheceu que não existe dinâmica econômica. Portanto, não existe democracia.

Como sabemos, os modelos clássicos de teoria econômica indicam que os agentes respondem a estímulos. Logo, se você estuda e não tem estímulo, qual foi a real necessidade de vossa capacitação? Pois bem, falam-se muito da saúde cubana, mas será que ela é melhor do que a saúde francesa? Acredito que não. Na França reconstituíram até rosto de pessoas que foram desfalecidas. Em Cuba eu vejo muita medicina preventiva. Não que seja ruim ter a prevenção, ela é a mais importante porque evita doenças mais preocupantes, mas será que na evolução médica os especialistas da área aprenderam a reconstituir um rosto humano totalmente esfacelado como na França? Este é um exemplo de que os agentes não evoluirão os estudos pela simples falta de incentivo.

Desta forma eu reporto ao que defendo na maioria de meus artigos. Abertura da economia é o principal cerne que deve se sobressair em que deseja desenvolvimento, progresso e crescimento econômico. As multinacionais não são um problema social e sim uma solução. Vi um dias desses no programa do PSTU o ataque frontal contra este modelo de abertura comercial incriminando a entrada de multinacionais no Brasil. Estes tipos de partidos falam que elevarão o emprego, mas não diz como.

Veja como é simples o modelo que defendo. No exemplo utilizarei as redes de hipermercados Wallmerk e Grupo Pão de Mel¹. As duas atuam no varejo alimentício e bens de consumos domésticos, mas a primeira é americana e a segunda nacional. Concorrentes entre si. Vamos ao exemplo: o Wallmerk abrirá lojas no Brasil, quem será contra e solicitará a proteção ao governo com a justificativa em defesa do mercado nacional será o grupo Pão de Mel. Mas quem perderá com esta solicitação? Todos, até o grupo Pão de Mel. E por que todos perderão? Por uma explicação simples. O grupo Pão de Mel quer monopolizar o mercado e desta forma controlar preço. Como sabemos, a oferta em um mercado monopolista é aquela que o custo marginal coincide com a curva de custo médio total, mas os preços nesta economia será a receita marginal, ou seja, o preço. Não se leva em conta a quantidade ofertada, o preço é determinado dentro do próprio monopólio. Diante disso temos uma concorrência imperfeita, já que ninguém conhece o real valor dos bens ofertados, gerando lucro apenas ao monopólio. Com a entrada do Wallmerk teremos a competitividade, já que as estratégias de mercado existirão. Os clientes melhoram suas escolhas e, assim, o grupo Pão de Mel aperfeiçoará seu portfólio com novas tecnologias melhorando o poder da marca. Desta forma, os agentes reconhecerão seu valor e aumentarão seu poder de mercado. Lembro que estou utilizando uma economia com dois agentes em um setor econômico. Portanto, quando existir abertura comercial, mais agentes atuarão, aprimorando a oferta econômica, reduzindo os preços e indo de encontro ao mercado de concorrência perfeita.


Logo, vejamos como o modelo cubano foi um fracasso considerado até pelo seu líder maior. Diante disso, impugnemos modelos defendidos por partidos como PCO, PSTU, PSOL e PCB porque eles não darão certo.

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¹Nomes fictícios que não fazem referência diretamente a nenhuma empresa ou decisão tomada pelos seus conselhos administrativos

6 comentários:

Anônimo disse...

É meu amigo, eu sempre fui contra o comunismo porque sempre achei esse modelo uma utopia. É lindo no papel mas na prática nunca funcionou. O poder fica todo concentrado no Estado. Ele dita o que deve ou não ser feito. Não há democracia, não há estimulo ao crescimento. Lembro dos nossos fervorosos debates sobre esse tema. Lembro que eu dizia que não sentiria motivado em estudar 20 anos para no final ter o mesmo reconhecimento de quem não estudou. Não fui um visionário e muito menos um gênio na época por ter analisado de forma racional que esse modelo já nasceu ultrapassado. Sempre fui um defensor do capitalismo, um capitalismo justo que dê oportunidade a todos e esse seria o papel do Estado como agente regulador: garantir uma disputa justa e propiciar meios para que todos tenham condições de ter uma vida digna. Sempre achei e continuo achando um absurdo ainda hoje discutir a implantação de um modelo desses. A elogiada medicina cubana funciona bem para Cuba mas será que funcionaria bem em um país de dimensões continentais como o Brasil? Assisto o horário eleitoral gratuito e vejo o total despreparo e desinformação desses candidatos "comunistas". Para citar um exemplo tem um candidato prometendo um salário mínimo de R$ 2500,00. Será que ele realmente acha que é possível conceder um salário desses a todas as classes de trabalhadores sem afetar drasticamente outros setores da economia? Já te adianto, sem fazer estudo de caso, que isso geraria muito desemprego, pois hoje um salário de R$2500 seria praticamente o salário de 5 trabalhadores que recebem um salário mínimo. Teríamos várias empresas fechando as portas e uma desaceleração da economia. Será que foi feito um estudo de todos os impactos que acarretariam com um aumento de salários dessa magnitude? Diante disso eu continuo encarando esses candidatos como utópicos assim como o próprio comunismo. Funcionam maravilhosamente no papel mas na prática...

Leonardo Mendes de Araújo.

Unknown disse...

Leo, brilhante argumento. Um candidato que promete um salário de R$ 2.500,00 é tão demagogo quanto o Roriz, que promete moradias até em área ambiental. Não tem diferença. Parece-me que quem faz essas promessas não conhece a diferença entre salário real e salário nominal. Aumentar em R$ 2.500,00 o salário mínimo seria em termos nominais, mas não reais, já que a inflação comeria o valor real com os ajustes de preços nessa nova economia. Remontaríamos o Brasil da década perdida, ou seja, dos anos 80. Complicado escutar isso no horário eleitoral e procurar opções reais para nos representar pelos próximos quatro anos.

Obrigado pelo comentário. Excelente por sinal.
Forte abraço, meu amigo.
Sérgio Ricardo

Anônimo disse...

Off Topic:

http://www.imil.org.br/artigos/sem-doutorado-entao-fora-2/

"Na Universidade de Chicago, a maior ganhadora de prêmios Nobel (79 ao todo, 27 em Física e 25 em economia), é possível entrar sem jamais ter ido para a escola, qualquer escola. Lá, o principal critério para contratação de um professor de economia é o potencial para um prêmio Nobel. A universidade sabe que cada prêmio Nobel é um pote de mel para atrair alunos, doações e outros bons professores."

Serjão,

Estive lendo alguns artigos no IE/Ordem Livre e, esse que postei um trecho acima, me chamou muito a atenção. Gostaria de sua opinião, se possível em um post, sob a idea central do mesmo.

Abraço!
Marcos

Unknown disse...

Marcão,

Bom artigo que você me encaminhou.
Criarei um texto para publicar em meu blog com os argumentos utilizados.
Adianto que sou a favor do artigo.
Obrigado pela dica e a utilizarei com toda a certeza.
Acredito que até segunda-feira eu publicarei o meu pensamento sobre o assunto.

Forte abraço e continue participando!
Sérgio Ricardo

Marcio disse...

Sérgio, parabéns pelo Blog. Fico muito feliz em ver que existem algumas cabeças pensantes num país que foi lobotomizado.

Unknown disse...

Obrigado Marcio.
Temos que somar forças para impulsionarmos informações e conhecimentos às mentes brasileiras.
Portanto, a soma das grandes ideias e as pessoas de bem se unindo, estaremos realizando transformações estruturais na sociedade como um todo.
Continue participando. Sua opinião é importante para ampliarmos o processo da verdadeira democracia.

Abraço e obrigado pelo comentário.
Sérgio Ricardo