quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Falácias, falácias, falácias...

Os keynesianos do governo não se cansam de falácias. O caminho agora é controlar o câmbio elevando a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros. Será se é o câmbio o problema? Claro que não. O problema é o governo interventor conduzido pela Vossa Excelência, Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Assistindo as pérolas jornalísticas que analisam política econômica, por exemplo: George Vidor, do Globo News, e Miriam Leitão, do Bom Dia Brasil, propagando essas falácias, fico entristecido porque vendem uma inverdade para população brasileira.

Assisto todos os dias ao jornal Conta Corrente, do Globo News, conduzido pelo jornalista Guto Abrantes e analisado pelo George Vidor (citado acima), contando sempre com a presença de um convidado para avaliar a economia nacional. Na maioria das vezes, os convidados são economistas-chefes de bancos privados brasileiros e, claro, defenderão esta política economia do estado brasileiro. Por quê? Porque são os bancos os maiores ganhadores.

Vamos ao fato. O governo brasileiro é deficitário, ineficiente e gasta mal os recursos públicos que são gerados na economia de carga tributária altíssima para manter três níveis de governos sustentados pelo povo: municipal, estadual e central (união). Como é deficitário recorre a títulos públicos para se financiar (critério abaixo da linha) e eles estão em sua maioria compondo patrimônio dos bancos. Para isso o governo tem que elevar a taxa de juros atrativa que garanta rendimentos futuros a esses agentes. Este é o primeiro ponto.

O segundo fato é que taxa de juros não atraem apenas os bancos e sim investimento externo especulativo. Com o real valorizado e um estado deficitário que paga um valor maior que o resto do mundo pela emissão de seus títulos, os agentes são racionais e buscam otimizar recursos, injetam divisas no Brasil. Como o governo não faz o dever de casa, quer controlar a entrada dessa divisas com elevação da alíquota de IOF. Câmbio é uma medida de preço que controla entrada e saída de divisas, só isso. Ele não é o problema!

Essas contestações geram instabilidade de investimento, elevação do endividamento público e piora na eficiência econômica. Quando o câmbio está valorizado, outras economias ganham com as importações, ampliando a indústria nacional de geração de tecnologia, expande a oferta de bens e serviços, reduzindo os preços e gerando empregos. E não os eliminando, como falou a “sábia” Miriam Leitão está manhã ao telejornal Bom Dia Brasil.

O lance que esses jornalecos só usam a cabeça porque está acima do corpo, mas não pensam holisticamente em ciências economia. Se o mercado de sapatos perde concorrência com os sapatos chineses (exemplo usado pela jornalista), o mercado de tecnologia da informação ganha com a importação de ferramentas de software (para citar um exemplo). Ou seja, novos empregos estão sendo gerados. Para isso a indústria demandará outro nível de qualificação técnica para suportar esta nova economia, com a contratação de engenheiros, analistas de sistemas, etc. O que falta no Brasil é melhorar o nível do processo educacional.

Os agentes são racionais e otimizam suas expectativas. Logo, nada é perdido. O PIB é a apuração da riqueza produzida em um país. Se um mercado está em expansão e outro em crise, o mercado se ajustará, mas não influenciará em curto prazo de tal forma o PIB como o governo e os jornalecos produzem diariamente devido as adaptações normais da economia.

Uma economia de mercado defende o efeito substituição. Vou citar, por exemplo, a indústria do frango e da carne de porco. Quando teve a gripe aviária, o governo tentou por tudo garantir a expectativa das pessoas para consumir frango, mas se esqueceu que a carne de porco gerou os empregos e cresceu quando o mercado de frango passava pela crise. Para efeito no PIB há impactos normais de curto prazo, porque os trabalhadores migraram para outro mercado e passaram por um período de adaptação. Isto se deve ao efeito substituição. Mas em longo prazo a economia se estabiliza.

A oferta e demanda é uma mesma moeda de troca. Os agentes são racionais e só produzirão na medida em que são geradas as demandas. Mas o que vemos no Brasil são ineficiências econômicas geridas pelo governo e não pelos agentes. Se o câmbio está valorizado, os preços nacionalmente tendem a reduzir, e no Brasil ocorre o contrário. Mais uma vez os keynesianos atrapalham a economia de mercado. Que acabem as falácias...

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