domingo, 17 de outubro de 2010

Por que a economia brasileira cresceu em curto prazo?

Muitos me consideram chato ao questionar alguns resultados apresentados pelo governo federal em relação à economia atual. Mas, os resultados foram atingidos pela forte intervenção do estado na economia brasileira e eu explicarei o método utilizado pelo governo.

A teoria adotada pelo estado para resultados em curto prazo são as premissas keynesianas. Um aumento no gasto público ou uma redução de impostos, em âmbito de política fiscal, ou uma redução de depósitos compulsórios elevando a oferta de moeda, política monetária, à economia alcança objetivo de curto prazo, e isso foi feito pelo governo brasileiro.

Até aqui tudo bem. O lado ruim desta moeda é o aumento da dívida pública. O governo brasileiro adotou a política fiscal como o norte para sair da crise financeira detectada no ano de 2008 e a considerou uma “marolinha”. De fato foi, em curto prazo, mas por quê? O estado brasileiro consome muito da riqueza nacional e abdicar disso eleva o nível de poupança das famílias e das empresas, que reflete no consumo.

Mas, se o governo tem contratos com os outros agentes econômicos e ele abdica em curto prazo, o que ocorre então? Elevação da dívida pública brasileira, que reflete na alta da taxa de juros, já que o governo se obriga a constituir superávits primários e controla o índice de inflação, necessitando também se financiar para cumprir os acordos. O gráfico abaixo reflete justamente o que estou escrevendo.


Fonte: Ministério da Fazenda

Então, meu caro leitor, não se espante quando o próximo presidente, seja quem for, realizar ajustes fiscais nas contas públicas, diminuir gastos correntes do governo (são necessários e mais que urgentes) e ver programas sociais minguarem.

Serra promete elevação do salário mínimo, décimo terceiro no programa bolsa família e aumento de 10% nas aposentadorias com essa conta pública provocada pelo governo Lula, que agora quer controlar câmbio. São promessas que se transformam em demagogia. Dilma promete ampliar o programa bolsa família, continuar com o estado indutor da economia, elevando os créditos do BNDES a sorteio das empresas que oligopolizam o mercado, reduzindo a eficiência e a concorrência e com certeza manterá essa política que só reflete resultados no curto prazo. Sei não. Está difícil com as duas caras que são apresentadas para a população.

Enquanto isso! Continuo sendo o chato da história. O governo Lula eleva a dívida, gasta mal e aumenta o tamanho do estado, reduzindo eficiência econômica mais tem uma aprovação recorde pelo motivo de programas sociais que poderão minguar em um futuro próximo. É esperar pra ver no que vai dá!

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