sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alguns motivos que a oposição não ataca o presidente Lula

Em meu tema anterior, eu explanei a dificuldade do candidato a presidente José Serra em se tornar oposição de fato ao governo do presidente Lula. Diante disso, trago alguns números que comprovam que é difícil fazer um discurso tão incisivo contra o presidente, fazendo com que o marketing da campanha de José Serra cole sua imagem a do presidente e esqueça o pano de fundo do petismo. Para oposição, as glórias do governo são de Lula e não do governo do PT e as miras devem ser apontadas para a candidata Dilma Rouseff e seus correligionários.

Indico duas ações do atual governo que rendem ao atual presidente do Brasil os autos índices de popularidade revelados em várias pesquisas de opinião, são eles: evolução da massa salarial (evolução do salário mínimo) e os recordes gerados pela economia brasileira na criação de empregos formais.

As fontes dos dados foram extraídas do Departamento Intersindical de Estudos Estatístico e Socioeconômico – DIEESE, Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e da Quest Brazil Investment Management Corporation. Assim sendo, demonstrarei em gráficos e analisarei cada tema separadamente.

Variação do Salário Mínimo (FHC x Lula), em dólares (US$)

Percebe-se pelo gráfico que ocorre um aumento significativo do salário mínimo nos anos governados pelo presidente Lula em relação ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Aumento de empregos formais gerados pela economia brasileira

1) O primeiro gráfico compara a dinâmica na criação de empregos formais no governo presidido pelo ex-presidente FHC em comparação com o atual governo do presidente Lula


O governo Lula acompanhou a dinâmica da economia mundial, rendendo aumentos significativos nos níveis de empregos formais na economia. Quando comparado ao governo FHC, o governo Lula conseguiu manter uma linha ascendente na criação de novas frentes de trabalho, em quanto no governo de Fernando Henrique Cardoso este gráfico foi mais instável.

2) O segundo gráfico revela a disposição do governo Lula na criação de emprego


Nota-se o boom econômico que o Brasil surfou junto à economia mundial no ano de 2007. Com as políticas de austeridade em termos de controle dos ajustes prudenciais nas finanças públicas advindas com a lei de responsabilidade fiscal, elevou o Brasil a garantir o grau de investimento (investiment grade) credenciado por duas agências internacional de risco: Moodys e Santandard & Poor’s. Desta forma, o Brasil absorveu capital privado de investidores pelo mundo, ampliando a entrada de capitais (muitos especulativos), mas que empregou novos recursos ao patrimônio líquido das empresas que puderam investir em novos projetos e ampliar a margem de lucro e, consequentemente, avançar na criação de novos postos de trabalho.

A discussão que eu quero com este artigo e reconhecer estes números, mas a segunda etapa que inicia este debate é:

a) Melhorar os índices de investimento em um país que está pronto para o crescimento que ainda não resolveu seus problemas estruturais, como por exemplo: aeroportos.

b) Elevar o grau de investimento devido à enorme demanda por um capital humano mais qualificado, investindo primeiramente na educação de base. Muitos políticos têm pautados seus projetos na educação integral, mas não diz como manterá a criança interessada em estudar. Manter a criança na escola o dia todo não é sinal de evolução e sim transferência de responsabilidades dos pais para o estado.

c) Abertura comercial com novos aportes financeiros para o micro e pequeno negócio que movimenta, segundo o SEBRAE, 80% da economia brasileira.

d) Realizar reformas básicas na estrutura econômica e social brasileira, como por exemplo: tributária, familiar, previdenciária, etc. 

Se o candidato da oposição não cair na real desses números e apresentar uma melhor alocação desses resultados para o povo brasileiro, ele será engolindo pelo formato atual do governo brasileiro. Dentre os quatro principais candidatos à presidência, não encontro um líder para discutir os temas básicos nacionais.

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