sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Joaquim Roriz: um péssimo exemplo de administração pública

Observando o debate dos candidatos ao governo do Distrito Federal ontem, na TV Bandeirantes, pude perceber que os anos passam, a tecnologia evoluiu e com ela a expansão da internet, novos conceitos surgem, as ciências e a história avançam, as pessoas passam por metamorfoses, mas apenas uma pessoa não muda: JOAQUIM DOMINGOS RORIZ.

Tenho críticas ao governo Arruda, pois sou contra a prática de governos que adota programas de financiamento com o dinheiro público para comprar partidos ditos “aliados” e temo que a coligação “Um Novo Caminho”, liderada por Agnelo Queiroz, agregando ao plano de governo onze partidos ideologicamente diversos possa sofrer do mesmo mal deflagrado pela Operação da Polícia Federal intitulada Caixa de Pandora, mas devo admitir que algumas mudanças existiram no governo Arruda que nada tem a ver com as “novas” e velhas propostas do então candidato, ex-governador, Joaquim Roriz.

Para fazer um comparativo, o governador Arruda eliminou novas invasões de áreas públicas no território do Distrito Federal, Roriz promete lotear ainda mais o DF. O ex-governador Arruda acabou com os transportes ditos “alternativos”, que mais pareciam piratas, e Roriz promete retomar essas práticas. Roriz promete criar a cidade da saúde, concentrando mais ainda os serviços públicos em uma área sem pensar que continuaremos sofrendo com engarrafamentos e distanciamentos dos bens públicos à população. Entre outras propostas que considero inócuas.

Quero deixar claro, antes de continuar, que não pactuo e não concordava com as práticas adotadas pela administração Arruda e também não tenho candidato definido para o pleito em outubro próximo. Este artigo trata-se de uma análise racional das práticas, ações e atitudes políticas que são praticadas pelos nossos aspirantes a governador e pelos que já foram ocupantes do Palácio do Buriti.

O ex-governador não nota que as propostas que ele trás apenas aumentará o caos do trânsito e do transporte público coletivo de Brasília que é de péssima qualidade e que pratica preço considerado o mais caro do Brasil inteiro, sendo que em algumas metrópoles eu pagaria menos pela passagem e rodaria o triplo do que rodo em Brasília.

Criar uma cidade da saúde, mais cidades e a promessa de novos loteamos só gerará os caos públicos, aumentando os recursos públicos para manter a calamidade gerada pelo governo, evoluindo o crime tanto ao meio ambiente, já que seriam ocupadas regiões de reserva, quanto o crime entre os homens, o fluxo populacional, diminuindo o bem-estar social, aumentando os engarrafamentos nas cidades.

A oferta de emprego não acompanhará o mesmo ritmo da demanda, pois mais pessoas competiriam um emprego no setor privado para cargos de baixa qualificação técnica, reduzindo salários e enforcando o orçamento público para garantir renda em programas governamentais.

Se eu fosse um eleitor que agisse com a emoção e não tivesse um nível considerável de conhecimento e de garantias de subsistência, acreditaria que este tipo de política é a melhor que tem, pois o meu bem-estar em curto prazo, ou seja, o momentâneo, seria alcançado já que eu participaria de todos os programas sociais do governo (vale gás, vale pão, bolsa família, bolsa escola, bolsa remédio – nova promessa do ex-governador, etc.).

Não sou prático desse tipo de governo e dessas propostas. O melhor governante será, em minha concepção, quem realmente mostrar e realizar os planos de governo que tratem dos seguintes temas:

a) Transporte público coletivo, com nova licitação para novas empresas operarem no GDF, pois hoje praticamente é um monopólio de linhas de ônibus, com abertura de mercado para novas concessões e com ônibus modernos, colocando empresas de outras regiões para participar do processo licitatório, diminuindo os preços das passagens, com aumento da oferta de ônibus, diferenciando uma das outras pela qualidade em que os serviços são prestados.

b) Aumento na oferta de serviços hospitalares e com um choque de gestão, como é praticado hoje no Hospital Sarah Kubitschek, com aumento de postos de saúde para atendimento de pronto socorro e educação para população se prevenir de pandemias geradas por falta de prevenções humanas.

c) Oferecer concessões públicas para a iniciativa privada de ensinos educacionais primário e médio, assim como são praticados no transporte coletivo, para não diferenciar a educação dos filhos das famílias que tem mais recursos daqueles que são proventos da escassez de recursos, com o governo concedendo subsídios educacionais para as crianças carentes estudarem em colégios conceituados, reduzindo o gasto corrente que temos para manter escolas públicas de péssima qualidade e professores mal pagos (sendo que os melhores pedem exoneração para trabalhar na iniciativa privada). Acredito que melhoraríamos a oferta de escolas, já que educação e saúde no conceito de finanças públicas são bens meritórios ou bens semi-públicos e reduziríamos os preços das mensalidades, já que ocorria um aumento de externalidade positiva na curva de oferta dos serviços educacionais. Para isso o governo tinha que ter uma excelente agência que acompanhasse este mercado.

d) Na área de segurança pública melhorar a educação dos agentes policiais e equipá-los, para diminuir o tempo de atendimento quando acionados.

Estas são algumas colocações que eu considero importante para debatermos. Sei que levarei muitas críticas com as propostas que eu apresento, mas não serei omisso, senão não constituiria este blog. Tenho várias outras ideias e pretendo compartilhar com cada leitor.

Por essas e por outras é que não voto em Joaquim Roriz. No mais, analisarei outros candidatos à medida que progredimos no debate.

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